Saúde Infantil “A saúde oral da criança começa na grávida” By Revista Spot | Fevereiro 5, 2025 Fevereiro 5, 2025 Share Tweet Share Pin Email O papel do odontopediatra na saúde materno-infantil vai muito além do cuidado dentário. Segundo Fadinha Flor, conhecida odontopediatra, a orientação durante a gravidez é determinante para prevenir problemas orais, como a gengivite, que, se não tratada, pode resultar em complicações graves, como parto prematuro ou baixo peso ao nascer. Mas o impacto desse cuidado não para por aí. A especialista destaca que, desde os primeiros dias de vida, a atenção ao desenvolvimento oral do bebé – incluindo práticas de amamentação, o uso correto de chupetas e a adoção de hábitos saudáveis – é vital para um futuro saudável. “O cuidado odontológico precoce não é apenas uma medida preventiva, mas também um investimento num desenvolvimento oral harmonioso, criando as bases para uma vida inteira de saúde e bem-estar”, afirma. O papel do odontopediatra é determinante na saúde materno-infantil? O odontopediatra desempenha um papel fundamental na saúde materno-infantil, oferecendo cuidados especializados que abrangem desde a gestação à adolescência. O nosso trabalho começa ainda durante a gravidez, com a promoção da saúde oral da mãe. Durante este período, as mulheres são mais suscetíveis a alterações hormonais que podem afetar a saúde oral, como a gengivite gravídica, que, se não tratada, pode aumentar os riscos de parto prematuro e baixo peso ao nascer. O nosso papel é orientar as grávidas sobre a importância da saúde oral, destacando a forma como doenças como a doença periodontal podem afetar diretamente a saúde do bebé, e enfatizar a necessidade de cuidados preventivos, como visitas regulares ao consultório. Além disso, preparamos a mãe para cuidar da saúde oral do bebé, orientando-a sobre a amamentação, que é fundamental para o desenvolvimento da face e da arcada dentária da criança. Também é nossa missão alertar para o uso adequado de chupetas e biberões, que, se utilizados de forma inadequada, podem levar a problemas como a má oclusão. O acompanhamento odontopediátrico é essencial na deteção precoce de problemas dentários, como o atraso na erupção dos dentes ou anomalias no desenvolvimento da dentição, permitindo um tratamento precoce que evita complicações mais graves no futuro. A nossa atuação vai além do simples tratamento de dentes, abrangendo também o acompanhamento de crianças com condições de saúde sistémicas, que podem exigir cuidados dentários especializados. O trabalho é realizado de forma integrada com uma equipa multidisciplinar, composta por pediatras, otorrinolaringologistas, terapeutas da fala e outros profissionais de saúde, especialmente no que diz respeito a problemas como a respiração oral, alterações funcionais e hábitos alimentares. Este acompanhamento especializado ajuda a identificar e tratar condições sistémicas, como deficiências nutricionais ou alterações genéticas, que podem afetar a saúde oral da criança. Por que razão é essencial começar a cuidar da saúde oral da mãe desde a gravidez? Como já referido, cuidar da saúde oral da mãe durante a gravidez é fundamental, pois esta está diretamente relacionada com a saúde do bebé. Doenças como cáries e gengivite podem aumentar o risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer, uma vez que a presença de bactérias e inflamações pode afetar a saúde geral da mãe e do bebé. Durante a gravidez, as alterações hormonais tornam as grávidas mais vulneráveis a inflamações orais, o que pode levar ao desenvolvimento de problemas como a, já mencionada, gengivite gravídica. Além disso, as consultas regulares ao odontopediatra durante a gravidez permitem detetar e tratar de forma preventiva problemas orais antes que se tornem mais graves, evitando complicações que possam ser difíceis de tratar com medicação ou procedimentos invasivos. Ao priorizar a saúde oral durante a gravidez, a mãe não só contribui para a sua própria saúde, como também se prepara para implementar bons hábitos de higiene oral no bebé logo após o nascimento. Idealmente, o cuidado odontológico deve começar antes da gravidez. Realizar consultas de odontopediatria antes de engravidar ajuda a garantir que a mãe esteja em boas condições de saúde oral, o que beneficia tanto a mãe quanto o bebé. Qual a ligação entre a saúde oral materna e complicações como parto prematuro ou baixo peso ao nascer? As doenças periodontais, que envolvem infeções e inflamações das gengivas e estruturas de suporte dos dentes, desempenham um papel determinante neste contexto. Essas condições causam inflamação crónica, que pode levar à libertação de substâncias inflamatórias, como prostaglandinas e citocinas, na corrente sanguínea. Estas substâncias são conhecidas por induzir o início do trabalho de parto precoce, aumentando assim o risco de parto prematuro. Além disso, as bactérias presentes na boca da gestante podem entrar na corrente sanguínea e migrar até o útero, gerando uma resposta imunológica que pode prejudicar o desenvolvimento do feto, contribuindo para o baixo peso ao nascer. Em casos mais graves, patologias como gengivite e periodontite podem provocar infeções que afetam todo o organismo, criando um ambiente desfavorável à gestação e comprometendo a saúde tanto da mãe e do bebé. Qual é o momento ideal para levar o bebé ao dentista pela primeira vez? O momento ideal para levar o bebé ao odontopediatra é logo após o aparecimento do primeiro dente de leite, geralmente entre os 6 e os 12 meses de idade, ou, no máximo, até completar o primeiro ano de vida. Esta consulta inicial é fundamental para garantir que o bebé tenha uma base sólida de cuidados orais e para prevenir problemas futuros, como cáries precoces ou dificuldades no desenvolvimento da dentição. Durante esta consulta, avaliamos o padrão de desenvolvimento orofacial do bebé, observando a erupção dos dentes, a saúde das gengivas e a posição dos dentes. Também são dadas orientações aos pais sobre cuidados essenciais, como a higiene oral, a introdução de hábitos saudáveis, o uso de chupetas e biberões e a importância da amamentação para o desenvolvimento da face e da dentição. O objetivo é assegurar que o bebé tenha um bom começo no que diz respeito à saúde oral, evitando complicações e garantindo que os pais saibam como acompanhar e cuidar da saúde oral da criança ao longo dos primeiros anos de vida. De que forma a amamentação contribui para o desenvolvimento estrutural da boca do bebé? A amamentação tem um impacto essencial no desenvolvimento orofacial do bebé, uma vez que promove a formação adequada dos músculos orais e das estruturas faciais. Durante a amamentação, o bebé realiza movimentos de sucção que exercitam os músculos da língua, bochechas e lábios. Este esforço não só fortalece os músculos envolvidos na alimentação, mas também é essencial para o desenvolvimento de funções vitais, como a mastigação, a fala e a respiração. Além disso, a amamentação estimula o crescimento da mandíbula, ajudando a posicioná-la de forma correta, o que favorece o alinhamento com o maxilar superior. Este processo contribui para o equilíbrio estrutural da face e para a formação de um arco dentário saudável. A pressão exercida pela sucção também ajuda na modelagem do palato (céu da boca), evitando que se estreite excessivamente e prevenindo futuros problemas no desenvolvimento das arcadas dentárias, maxilares e mandibulares. Dessa forma, a amamentação não só é importante para a nutrição do bebé, mas também para o seu desenvolvimento orofacial integral. Como devem os pais realizar a higiene oral dos recém-nascidos antes do surgimento dos dentes? Embora não seja necessário higienizar as gengivas e a língua do bebé enquanto não houver dentes na boca, é recomendado que, caso o bebé regurgite com frequência ou tenha vestígios de leite na língua, os pais façam uma limpeza suave. Para isso, podem utilizar uma gaze ou dedeira humedecida para limpar a língua e as gengivas do bebé, garantindo que não fiquem resíduos de leite ou outras substâncias que possam propiciar o crescimento de bactérias. Este cuidado precoce ajuda a manter a boca do bebé limpa e prepara o terreno para os cuidados orais à medida que os primeiros dentes começam a nascer. Que hábitos de higiene oral devem os pais incentivar desde cedo? Desde a erupção dos primeiros dentes, que normalmente ocorre entre os 6 e os 12 meses, é importante começar a escovar os dentes do bebé duas vezes por dia. Para isso, deve-se utilizar uma escova de dentes macia, com cabeça pequena e cabo longo, e uma quantidade de pasta com flúor equivalente ao tamanho de um grão de arroz ou à ponta da unha do dedo mindinho do bebé. Caso o bebé tenha dentes mais próximos, é recomendado o uso de fio dentário antes de realizar a escovagem, para garantir que os dentes e gengivas sejam completamente limpos. Mesmo que o bebé ainda não tenha capacidade para escovar os dentes sozinho, os pais devem supervisionar e auxiliar a escovagem até que a criança desenvolva a coordenação necessária, o que geralmente ocorre entre os 6 e os 8 anos de idade. Além disso, é essencial que os pais ensinem o uso correto da pasta com flúor, colocando a quantidade adequada de pasta na escova e evitando que a criança ingira o flúor em excesso. Outro ponto importante é a limitação do consumo de açúcar até aos 3 anos, pois o açúcar é um dos principais fatores de risco para as cáries precoces. Nunca se deve deixar o bebé dormir com restos de leite ou outros alimentos na boca, após a toma do biberão, para evitar as temidas “cáries precoces da infância”. Por fim, é fundamental agendar visitas regulares ao odontopediatra para prevenir problemas e garantir que a saúde oral do bebé e da criança se desenvolva de forma adequada e saudável. De que forma a saúde oral impacta o desenvolvimento geral da criança, incluindo fala, mastigação e sono? A saúde oral tem um impacto profundo no desenvolvimento global da criança, afetando áreas cruciais como a fala, a mastigação e o sono. A qualidade da saúde oral pode, de facto, influenciar a capacidade de articulação e o desenvolvimento da dicção. Problemas dentários, como má oclusão (dentes desalinhados) ou a perda precoce de dentes de leite, podem dificultar a correta articulação dos fonemas, afetando a pronúncia de sons e palavras e, consequentemente, atrasando o desenvolvimento da fala. Na mastigação, dentes saudáveis são essenciais para uma função eficiente e para uma alimentação equilibrada. Quando há patologias orais, como cáries não tratadas, as dores associadas prejudicam a capacidade de mastigar corretamente, o que pode resultar em escolhas alimentares limitadas. A criança pode evitar alimentos mais duros ou fibrosos, o que pode afetar negativamente a nutrição e o crescimento geral. Além disso, o desenvolvimento da mandíbula e das arcadas dentárias pode ser comprometido, resultando em dificuldades alimentares a longo prazo. Relativamente ao sono, distúrbios respiratórios como a apneia obstrutiva do sono podem ser desencadeados por problemas orais, como o crescimento inadequado do palato ou amígdalas grandes. As cáries graves, por sua vez, podem causar dor intensa, dificultando o sono da criança e, em casos mais severos, até afetando a dicção se os dentes forem perdidos precocemente. Existem sinais precoces de problemas ortodônticos? Embora os sinais de problemas ortodônticos em crianças sejam muitas vezes subtis, é importante que os pais estejam atentos para identificar possíveis complicações que possam necessitar de intervenção precoce. Um dos primeiros sinais a ser observado é a mordida cruzada, quando os dentes superiores se encaixam por dentro dos dentes inferiores, ou a mordida aberta, que ocorre quando há um espaço entre os dentes superiores e inferiores quando a boca está fechada. Também é importante estar atento à mordida profunda, que é quando os dentes superiores cobrem excessivamente os inferiores, fazendo com que os dentes inferiores fiquem invisíveis ao sorrir. Dentes desalinhados ou apinhados, ou seja, dentes tortos ou sobrepostos, podem indicar problemas no crescimento das arcadas dentárias, o que exige acompanhamento ortodôntico. Além disso, dificuldades de mastigação, como dor ao mastigar ou dificuldade em mastigar de forma eficiente, podem ser um sinal claro de problemas dentários. Outro indicador importante é a respiração pela boca, em vez de pela narina, que pode sugerir anomalias no desenvolvimento do palato ou na posição da mandíbula. Hábitos como o uso prolongado de chupeta, a sucção do dedo ou até o roer das unhas podem afetar a posição dos dentes e a formação da mandíbula. Problemas na pronúncia de certos sons, como o “s” ou “ch”, também podem estar relacionados com a posição inadequada dos dentes. O bruxismo, ou ranger dos dentes, é outro sinal de alerta que pode indicar a necessidade de intervenção ortodôntica. Como ajudar as crianças a largar o hábito da chupeta ou de chupar o dedo sem causar traumas? Quando se trata de ajudar as crianças a largar a chupeta ou o hábito de chupar o dedo, o processo pode ser desafiador, mas com paciência e estratégias adequadas, é possível tornar essa transição tranquila e sem traumas. Uma abordagem que pode ser eficaz é estabelecer um “pacto” com a criança, explicando de forma simples e carinhosa que chegou o momento de crescer e deixar a chupeta ou o dedo. Esse pacto pode ser uma promessa simbólica que ajuda a criança a entender e aceitar a mudança. É importante respeitar o tempo da criança, já que forçar a remoção abrupta pode causar ansiedade e resistência. Em vez disso, a transição deve ser gradual, respeitando o nível de apego da criança ao hábito. Para substituir o conforto que a chupeta ou o dedo oferecem, os pais podem introduzir alternativas que proporcionem a mesma sensação de segurança, como um brinquedo, uma manta ou momentos extra de carinho e atenção. O uso de reforços positivos também é fundamental; elogiar a criança sempre que ela ficar sem a chupeta ou deixar de chupar o dedo ajuda a reforçar o comportamento desejado. Criar uma despedida lúdica também pode tornar o processo mais agradável. Por exemplo, a criança pode “plantar” a chupeta para que ela se transforme em algo que ela deseje, como um peluche ou brinquedo, ou até enviar as chupetas para o céu com balões ou entregá-las ao Pai Natal. Caso a criança ainda sinta muita necessidade de usar a chupeta, pode ser útil criar horários específicos para o seu uso, permitindo um desmame gradual. Em casos mais difíceis, o uso de luvas durante a noite ou adesivos nos dedos pode ajudar a diminuir o impulso de chupar o dedo. Se a criança demonstrar dificuldades significativas ou sinais de ansiedade, é recomendável procurar a orientação de um psicólogo infantil, que poderá fornecer estratégias especializadas para lidar com o processo de forma saudável e sem causar traumas. Até que ponto o “biberão à noite” pode ser prejudicial, e como criar uma rotina que proteja a saúde oral? O uso do biberão à noite pode ter vários efeitos negativos na saúde oral das crianças, principalmente quando associado ao hábito de dormir com o biberão na boca. O risco maior é a cárie precoce, uma vez que, se a criança adormecer com o biberão, os restos de leite ficam acumulados nos dentes ao longo da noite. Isso favorece o crescimento de bactérias que podem causar cáries, especialmente na linha da gengiva. Além disso, o biberão durante a noite pode afetar o desenvolvimento oral, prejudicando o alinhamento dos dentes e o desenvolvimento dos músculos orais, o que pode resultar em problemas na mordida, ou seja, na oclusão dentária. Outro aspeto importante é que o uso do biberão pode criar uma dependência, fazendo com que a criança associe o biberão ao momento de adormecer. Isso pode causar dificuldades em adormecer sem o biberão e resultar em despertares noturnos frequentes. Para evitar esses problemas, é essencial estabelecer rotinas saudáveis desde cedo. A transição para o copo de transição, entre os 6 e os 12 meses, pode ser feita de forma gradual. A introdução do copo 360° é recomendada para evitar o uso prolongado do biberão. E, caso a criança ainda precise do biberão antes de dormir, pode substituir-se o leite por água, reduzindo a probabilidade de problemas dentários. Mais importante ainda, é começar a higiene oral assim que o primeiro dentinho aparecer, com uma escova macia e pasta com flúor, conforme orientação do médico dentista. Para ajudar na transição, deve criar-se uma rotina relaxante antes de dormir, como um banho, uma massagem ou até uma leitura, para que a criança não associe o biberão ao momento de adormecer. Caso persistam dificuldades ou sinais de problemas dentários, é importante procurar a orientação de um odontopediatra. O uso de selantes dentários em crianças é seguro e eficaz na prevenção de cáries? O uso de selantes dentários, é uma prática segura e altamente eficaz na prevenção de cáries, especialmente nos molares e pré-molares permanentes, que são mais vulneráveis devido às suas superfícies irregulares e fissuras. Os selantes dentários são uma solução preventiva não invasiva, que não exige anestesia nem desgaste dos dentes, e têm uma duração considerável, podendo proteger os dentes por vários anos. No entanto, é fundamental entender que os selantes não substituam a necessidade de consultas regulares ao dentista nem a escovagem diária. Como garantir que o uso de flúor é seguro para crianças pequenas e evitar excessos? Em relação ao uso de flúor em crianças pequenas, é importante garantir que a quantidade utilizada seja adequada para evitar excessos, que podem ser prejudiciais. Seguindo as diretrizes da Sociedade Portuguesa de Odontopediatria (SPOP), a quantidade de flúor deve ser ajustada conforme a idade e os hábitos de higiene da criança. Desde a erupção do primeiro dentinho, a escovagem deve ser feita pelos pais duas vezes ao dia, com uma escova macia e uma quantidade de pasta fluoretada que não ultrapasse o tamanho de uma “única unha” do dedo mínimo para crianças até aos 3 anos. Entre os 3 e os 6 anos, a escovagem pode ser progressivamente realizada pela criança, mas sempre com a supervisão dos pais, utilizando uma quantidade de pasta fluoretada do tamanho de uma pequena ervilha. A partir dos 6 anos, a criança já pode escovar os dentes de forma mais independente, mas é fundamental que a quantidade de pasta ainda seja adequada (cerca de 1 cm). Essas medidas ajudam a prevenir a cárie dentária, minimizando o risco de fluorose. Os pais devem supervisionar a escovagem para garantir que a criança não ingira pasta em excesso, e evitar que a criança beba água após a escovagem, garantindo que a pasta permaneça nos dentes para uma ação mais eficaz. Como reduzir o medo ou a ansiedade das crianças em consultas dentárias? O medo ou a ansiedade das crianças durante as consultas dentárias é uma experiência comum, mas felizmente existem várias estratégias para tornar a visita ao dentista mais tranquila e até divertida. A primeira dica essencial é começar o acompanhamento dentário o mais cedo possível. Idealmente, a primeira consulta deve ocorrer mal o primeiro dente de leite erupcione, ou até antes de o bebé completar um ano. A visita precoce tem vários benefícios: além de ajudar a detetar problemas dentários de forma antecipada, permite que a criança crie uma ligação positiva com o profissional de saúde, sem associar o dentista à dor ou ao desconforto. Optar por um odontopediatra especializado é uma escolha inteligente, pois temos formação específica para lidar com as necessidades emocionais das crianças e adotamos abordagens lúdicas e amigáveis, que tornam a consulta mais divertida. Além disso, a linguagem dos pais é fundamental. Em vez de usar termos que podem assustar a criança, como “dor”, “injeção” ou “broca”, prefira uma linguagem simples e positiva, como: “O dentista vai contar quantos dentinhos tens e vai deixá-los bem branquinhos e brilhantes”. Uma outra estratégia eficaz é brincar ao dentista em casa. Através de brincadeiras, a criança vai familiarizar-se com o ambiente e as ferramentas do consultório de uma forma descontraída. Não vale a pena dizer que os pais também não gostam de ir ao dentista, pois é importante mostrar que a visita é algo natural e até positivo. Ser um bom exemplo é essencial: os pais são o espelho das crianças. Além disso, pode ser útil levar para a consulta um brinquedo ou peluche da criança, criando um objeto familiar que proporcione conforto e segurança. Por fim, evitar trocar constantemente de dentista ajuda a criança a estabelecer um vínculo de confiança com o profissional, criando uma relação mais estável e segura. Que conselhos daria a pais de primeira viagem sobre como priorizar a saúde oral dos filhos desde o nascimento? Para os pais de primeira viagem, a saúde oral dos filhos começa muito antes da erupção dos dentes. Uma visita ao odontopediatria antes do nascimento faz total sentido. Nessa consulta, os pais podem receber conselhos valiosos para evitar hábitos prejudiciais à saúde oral, como a ingestão excessiva de açúcar nos primeiros anos, e aprender como aplicar o fio dentário corretamente desde a primeira erupção dentária. Outra recomendação importante é usar pastas dentífricas com flúor de acordo com a concentração indicada, e nunca subestimar a importância de uma escovagem correta e regular. É igualmente essencial evitar o uso prolongado de hábitos de sucção não nutritiva, como a chupeta, chupar no dedo ou o biberão. Estes hábitos podem interferir no desenvolvimento orofacial, afetando a posição dos dentes e a musculatura oral. Um acompanhamento regular e precoce permite não só prevenir problemas dentários, mas também estabelecer as bases para uma saúde oral sólida no futuro. Com as orientações adequadas, é possível evitar tratamentos complexos mais tarde e garantir que as crianças cresçam com um sorriso saudável. Facebook: Fadinha Flor Instagram: @fadinha_flor Contacto: 925 346 062 www.fadinhaflor.com “A cultura do swipe e a ‘gamificação’ do amor, através de likes e matches, têm um impacto profundo na forma como vivemos e entendemos os relacionamentos” “O sono do bebé não depende de ‘treinos’ nem de fórmulas, é um processo natural e único para cada família”
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