Cafés & Tapas/ESPECIAL MULHER/Restaurantes “Quando a última luz se apaga ela ainda está lá, com a mesma energia da manhã. É desse amor que a Dona Petisca é feita” By Revista Spot | Maio 10, 2024 Maio 10, 2024 Share Tweet Share Pin Email Poucos projetos se podem orgulhar de serem amor do início ao fim, mas a Dona Petisca pode. Começa no carinho com que a D. Cristina escolhe as ervas aromáticas frescas que vão desenhar o prato de alguém, estende-se à alma dos pequenos produtores de queijos e enchidos artesanais, para terminar no sorriso de uma Lia líder por natureza, que contagia toda uma equipa que faz deste lugar um sentimento difícil de esquecer. Os ingredientes certos, na dose certa, que fazem da Dona Petisca a nossa casa. Fazer de um projeto uma missão de vida Cristina Carvalho fez deste projeto uma missão de vida, desde o primeiro dia, ao lado da irmã Susana, do filho Hugo, da nora Lia e de tantos outros rostos e nomes que se tornaram nossos também. É assim há nove anos, numa rotina apaixonada que começa todos os dias bem cedo, pela manhã e não tem horas para terminar. Há um olhar feminino atento desta dupla apaixonada pelo detalhe e pela organização rigorosa, para que nada falte na hora de contar histórias bonitas no prato. Cada criação que sai da cozinha é desenhada como um bom poema português a inspirar nostalgia, com estrofes que nos levam a pastagens transmontanas e lezírias ribatejanas. Não é apenas comida, porque se o fosse não nos despertaria tantas e tão diferentes sensações. Por ali, vive-se ao sabor de uma empresária que dedica o seu tempo livre a visitar diretamente feiras e produtores para que o melhor chegue à mesa. Como um relógio suíço, Cristina vive num verdadeiro laboratório de investigação, experimentação e disrupção. Cria, faz e refaz, para finalmente dar a provar algo que a sua criatividade decidiu acrescentar à ementa. Desafia-se de tal forma, que nos consegue sempre surpreender com a sua melhor versão de algo que, até podemos já ter provado noutro lugar, mas que ali ultrapassa todas as fronteiras. Tem o rigor das cozinhas dos grandes Chefs, mas é, ao mesmo tempo, livre, genuína, despretensiosa, emocional e, sobretudo, autêntica como nenhuma outra. De pessoas para pessoas Nestas paredes, quase porta com porta com a Rua Dom Gualdim Pais, onde nasceu, o olhar de Cristina brilha sempre que a nora Lia a vai chamar à cozinha para lhe mostrar o mar de gente que já não vive sem ela. “Ainda me recordo quando, no último verão, ela me puxou sorridente até à porta para me mostrar uma esplanada carregada de vozes alegres e uma fila de mais de 30 pessoas a aguardarem expectantes pela mesma experiência. É nesses momentos que sentimos que tudo vale a pena.”, lembra. Não é invulgar vê-la de mesa em mesa a recolher reações a um novo prato, ou a ajeitar aquela flor ou pedaço de fruta que farão toda a diferença quando o primeiro olhar de alguém mergulhar neles. Nada é ao acaso quando se sente de verdade aquilo que se faz. “É tão bonito perceber que quando a última luz se apaga ela ainda está lá, com a mesma energia da manhã.”, conta Lia. Vivem o negócio como ninguém, mesmo que isso implique fazer do negócio vida. “A minha formação é em Biologia e Bioquímica, na verdade, esta não era a minha área, mas aprendi a amá-la desde o primeiro dia. Acredito, essencialmente, na importância de estarmos presentes. De vivermos o dia-a-dia com entrega. Sentirmos as dores e alegrias do negócio que cresce como um filho que se vai tornando adulto. A Dona Petisca está sempre em primeiro lugar e todos nós vamos construindo as nossas vidas em torno dela.”, acrescenta. No inverno provam-se as Papas de Sarrabulho que parecem um hino à cozinha de todas as avós do Minho, numa dedicação incansável que um dia ousou criar sete tipos de bifanas que são uma homenagem sentida aos quatro cantos de Portugal. Há sopas caseiras, sorrisos escondidos atrás de frascos de compota, enquanto se desenha uma tábua de petiscos com o coração, e umas moelas que soam a um fado rouco e sentido quando o sol se põe. As referências estão todas lá, nessas memórias afetivas lusas de que todos somos feitos. E é por isso que mesmo quem chega e não fala a nossa língua consegue perceber e sentir a mensagem. Quando o vento sopra e nos traz o canto dos sinos da Sé, sentamo-nos na casa preparada por elas, a beber uma sangria fresca de um ananás escolhido para ser o melhor daquele dia, com a certeza de que nesta sucessão de horas, dias e meses, a Cristina, a Lia, e todos os outros, estarão lá para nos mostrarem a que sabe a felicidade. Morada: Rua Dom Paio Mendes, nº 32, Braga Contacto: 253 052 480 Facebook: Dona Petisca Instagram: @dona_petisca “Hoje em dia é comum vermos mulheres a cuidarem do acne aos 40 anos e jovens a prevenirem o envelhecimento aos 20” “A modulação hormonal procura otimizar a saúde através de mudanças no estilo de vida, a reposição aborda carências identificadas”
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