A Tasca do Paiol é feita de um Minho que nunca perdeu a essência

Como bom minhoto tasqueiro que é, Tiago Carvalho nunca se esforçou para agradar a ninguém. Autêntico, espontâneo, sincero e de coração na boca, fala dos 11 anos da Tasca do Paiol como quem conta uma história de vida. A história de quem um dia juntou meia dúzia de amigos numa tasca improvisada e fez dela uma legião de pessoas que não hesitam em dizer que a Tasca é uma das maiores embaixadoras de Braga.

Uma comunidade de pessoas unidas pelo amor ao Minho

Hoje a Tasca já não é só do Tiago. É da Joana, da Cristina, do Zé e do Paulinho e de todos aqueles que se lhes quiserem juntar, neste refúgio com cheiro a Minho que nunca perdeu a essência.

Quem vem come o que há e o que há é cada vez melhor. É como uma relação que vai fluindo naturalmente, sem grandes floreados, nem clichés. Recebe-nos como um colo de avó, que não hesita em dar-nos um bom raspanete quando nos portamos mal. Tiago brinca e diz: “Não nos esforçamos por conquistar palavras bonitas no TripAdvisor. Ou amas, ou se não te identificas, não voltas, é assim que funciona.”, garante.

O desafio da gestão

Gerir um restaurante é ter 1000 preocupações a cada dia. Mas o Tasqueiro Tiago assegura que por ali todos conhecem bem as suas responsabilidades. “Costumo dizer à nossa cozinheira, a D. Ana, para gerir a nossa cozinha como se gerisse a cozinha da sua casa. Se sabe que vai ter pessoas para jantar, vai ter de dar o seu melhor.”, graceja. No Paiol há sempre o cálculo, rigor, empenho e dedicação de quem estende sempre a sua melhor toalha para nos servir.

A experiência? É o mais verdadeira possível. “Pessoas que entraram como clientes passaram a ser amigos e é quando isso acontece que percebemos que a missão está cumprida.”, conta.

Manter a essência

Quando lhe perguntamos sobre o futuro, Tiago não anseia pelo crescimento desmesurado. “Projetos como o Restaurante Kartilho, a Tasca do Paiol e a cantina da Cartonagem S. Tiago, estão bem consolidados e o caminho passa pela qualidade, em detrimento da quantidade. É por aí que o futuro vai evoluir.”, assegura.

Diz que ser empresário da restauração é como navegar em mar alto, entre crises e tempestades, mas com a certeza do rumo a seguir e do amor por aquilo que se faz. “Venha o que vier, estamos cá. Melhorámos a Tasca, superámos desafios e imprevistos e procuramos ser melhores a cada dia, sem nunca perder a essência do primeiro dia.”, assume.

“O esgar é de minhoto maldisposto, que, no minuto a seguir, nos lança o seu melhor sorriso e nos pisca o olho, enquanto põe os petiscos sem rodeios na mesa e nos serve o melhor que a garrafeira tem.

Nunca acreditou em fórmulas certas e por isso vai continuar a seguir aquele que diz ser o seu destino: “Uma vez tasqueiro, para sempre tasqueiro, mas sempre fiel às minhas origens.”, garante.

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