“A Taberna Belga tornou-se um propósito de vida”

By Revista Spot | Agosto 6, 2024 Agosto 6, 2024

Dizem que o tempo e o amor são os ingredientes-chave das melhores receitas. Sérgio Mota demorou seis meses para encontrar a sua, num exercício de dedicação, entrega, experimentação e arrojo, que hoje faz da Taberna Belga um dos maiores cartões de visita de Braga. Quando lhe perguntamos o segredo do sucesso, Sérgio não tem dúvidas em responder: “O sucesso alcança-se dando 200% de nós a cada dia.”. E assim se escrevem as grandes histórias de vida.

O início de tudo

Estávamos algures em 2008 e nada faria prever o boom que a Taberna Belga estava prestes a atingir. “Cada empresário enfrenta um mar de incertezas e riscos, mas é justamente essa incerteza que alimenta a criatividade e a inovação. A jornada começa com uma ideia, um sonho que, se for bem nutrido e estrategicamente dirigido, tem tudo para se transformar num empreendimento sólido e bem-sucedido.”, afirma Sérgio. E assim foi. Sérgio idealizou, acreditou e trabalhou incansavelmente para se superar. Diz, que depois do cume atingido, a máxima continua a ser a mesma. “São o foco e a consistência que nos levam mais longe.”, garante.

Descobrir um propósito de vida

Os desafios diários são multifacetados: desde a gestão de recursos humanos, à administração de stocks e toda a logística que uma marca desta dimensão acarreta. Num setor onde a rotatividade de funcionários pode ser alta e o ambiente competitivo, é crucial manter a equipa motivada e comprometida.

“Ser empresário é passar a viver para os outros e acreditar que é em equipa que os grandes resultados nascem. Mas um bom líder é aquele que incute nos outros um propósito. A Taberna Belga tornou-se um lema de vida para muitos. A certeza de que se dermos o melhor de nós a cada dia, passamos a ser um elo fundamental na construção de um bem maior. Dar o melhor de nós a quem nos visita é a nossa maior missão.”, assume.

O segredo da francesinha

Sérgio perdeu a conta à quantidade de vezes que lhe fizeram a mesma pergunta: mas afinal o que é torna esta francesinha tão especial?

Da cozinha, como um relógio suíço, a equipa vai fazendo chegar esta relíquia desenvolvida por Sérgio Mota há 16 anos, que o tempo foi apurando como um vintage que a cada ano parece melhor. “Para além do molho, claro, valorizamos a qualidade das matérias-primas, como a linguiça de porco preto alentejano e a carne da América Latina. O caminho mais fácil, e mais rentável, seria abdicar de qualquer um destes ingredientes para rentabilizar o negócio, mas são precisamente todos estes detalhes que dão nome à Taberna Belga.”, assegura.

Uma visão 360

O arrojo da Belga foi também saber arriscar para lá do produto-estrela. “Hoje as pessoas querem diversidade, precisam de sentir constantemente o fator novidade.”, salienta Sérgio.

Já é quase tradição ouvir-se um coro de gargalhadas e vozes animadas em tardes quentes e noites de verão. É caso para dizer que ir a Braga e provar a francesinha da Belga é um ritual quase tão certo como subir o Bom Jesus e espreitar a cidade por um canudo.

Mas desengane-se quem pense que a francesinha é a única protagonista deste lugar. Cervejaria orgulhosa na sua essência, a Taberna Belga podia ascender a museu de cervejas do mundo, vindas de mosteiros, caves secretas e cervejeiras artesanais, cada uma com a sua identidade.

Há dias em que apetece uma francesinha tradicional, com lombo de porco assado, ou uma rebelde em pão de cachorro, estilo poveira. Vale a pena provar também a legumes, que pode ser servida com o molho original ou com uma alternativa 100% vegetal, que preserva todo o sabor. Não falta a original Bifana em pão Chapata, para comer com as mãos, e o elegante Bife à Taberna de fazer tocar os sinos da Sé, um bife do vazio suculento e cuidadosamente temperado com azeite, alho, louro e vinagre, acompanhado com fiambre, ovo e uma rodela de ananás.

E eis que faltava a segunda pergunta mais popular: Sérgio, para quando a expansão da Taberna Belga. A resposta é firme e convicta: “Para que um restaurante floresça, o empresário não é apenas o responsável pelos números e estratégias, é o coração pulsante que dá vida à visão que o inspirou a iniciar o projeto. A sua presença é o fio invisível que liga a equipa, os clientes e a qualidade do serviço. É ele que, com seu olhar atento e apaixonado, garante que cada refeição seja mais do que uma simples combinação de ingredientes, mas uma experiência memorável.”, conclui.