Moda/Beleza/SENIORES Perda de memória By Revista Spot | Outubro 1, 2019 Abril 20, 2020 Share Tweet Share Pin Email A perda de memória é um dos sintomas que mais frequentemente levam os doentes a procurar avaliação por Neurologia. Habitualmente as preocupações são sobretudo com perda de memória recente, não sendo infrequente a sua desvalorização pelo próprio, sendo as mesmas reportadas por familiar ou pessoa com contacto próximo do doente. Contudo a perda de memória nem sempre é sinónimo de patologia, podendo representar o processo natural de envelhecimento do cérebro. É normal esquecermo-nos do local onde colocamos algo, de um compromisso a que não demos a devida importância ou mesmo do nome de uma pessoa. Estes esquecimentos, com o envelhecimento natural podem tornar-se mais frequentes, mas sem traduzirem um impacto funcional para a pessoa. Assim, uma avaliação cuidadosa através de história clinica detalhada com entrevista quer do próprio quer de pessoa próxima é fundamental, assim como o exame neurológico e outros estudos que se considerem necessários, sejam analíticos, imagiológicos ou neuropsicológicos. Apenas desta forma é possível com alguma segurança diferenciar o envelhecimento natural de um processo patológico com afecção cognitiva. O envelhecimento da população em particular nos países desenvolvidos tem levado a um progressivo aumento do número de casos de demência ao longo dos anos, tornando-se um dos principais problemas de saúde pública. A demência resulta de múltiplos processos patológicos que podem afectar o sistema nervoso central. A doença de Alzheimer é responsável pela maioria dos casos de demência, seguida da demência vascular, existindo contudo uma longa lista de doenças a contribuir para os restantes casos. As formas mais comuns de demência são precedidas habitualmente de um estádio de declínio cognitivo ligeiro, podendo no início afectar sobretudo a memória, mas cuja evolução leva afeção de outros domínios cognitivos e a impacto funcional nas atividades de vida diária aquando do estádio de demência. Apesar do diagnóstico de demência em fases iniciais poder ser por vezes um desafio, apenas uma avaliação médica cuidada poderá ajudar a sua confirmação ou refutação. Assim, um declínio cognitivo de forma mais abrupta que o expectável para a idade do doente e acima de tudo que condicione impacto funcional merece avaliação. Sexualidade depois dos 65: realidade ou miragem? O exame Neuropsicológico como chave do diagnóstico da demência
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