Osteopatia “O parto deixa marcas na mãe e no recém-nascido e cuidar delas faz toda a diferença” By Revista Spot | Fevereiro 4, 2025 Fevereiro 4, 2025 Share Tweet Share Pin Email A gravidez é um momento de profunda transformação na vida de uma mulher, com o corpo a adaptar-se a um novo papel e a novos desafios físicos e emocionais. À medida que o bebé cresce, as tensões, as dores e os desconfortos tornam-se companheiros inevitáveis. É aqui que a osteopatia se apresenta como uma verdadeira aliada, não só aliviando as dores e ajudando o corpo a ajustar-se, mas também preparando a mulher para o parto de uma forma mais equilibrada e harmoniosa. No entanto, como nos explica a osteopata Margarida Castro, o cuidado não termina com o nascimento. O parto pode deixar marcas no recém-nascido, afetando a sua postura e bem-estar. É aí que entra a osteopatia pediátrica, ajudando a corrigir desequilíbrios precoces e proporcionando alívio para questões como cólicas, refluxo e dificuldades na amamentação. “A osteopatia não é apenas um tratamento, é uma forma de cuidar da saúde da mãe e do bebé desde o início, promovendo um desenvolvimento saudável, equilibrado e sem desconfortos.”, reforça a profissional. A osteopatia na gravidez: Prevenção, equilíbrio e bem-Estar Trabalhar com grávidas é, para Margarida Castro, uma paixão que vai além da profissão. É um compromisso com a saúde e o bem-estar da mãe e do bebé. Cada sessão é uma oportunidade de criar um vínculo de confiança, onde a osteopata se torna não apenas uma profissional de saúde, mas também uma guia durante esta etapa tão especial e única. “A gravidez é um período de profundas transformações físicas e emocionais para a mulher. O corpo adapta-se para acomodar o crescimento do bebé, e estas alterações podem gerar desconfortos, dores e tensões. A osteopatia surge como uma aliada fundamental nesse processo, promovendo o equilíbrio estrutural e funcional do organismo da grávida, ajudando-a a enfrentar esta fase de forma mais saudável e tranquila.”, explica. Preparar o corpo para a gravidez Segundo Margarida Castro, idealmente, o acompanhamento osteopático deve iniciar-se antes mesmo da conceção, como forma de prevenção e preparação do corpo para a gestação. “A avaliação estrutural permite identificar disfunções musculoesqueléticas e osteoarticulares que podem comprometer o bem-estar da futura mãe. O reequilíbrio corporal através de técnicas miofasciais, articulares e de relaxamento auxilia na mobilidade da coluna, do diafragma e da região pélvica, preparando o organismo para as alterações que virão.”, refere. O papel da osteopatia durante a gravidez De acordo com a profissional, com o avançar da gestação, é comum o surgimento de dores lombares, cervicais e pélvicas, devido à mudança do centro de gravidade e à adaptação dos tecidos corporais ao crescimento do bebé. “A osteopatia contribui para o alívio dessas dores, reduzindo tensões musculares e favorecendo a circulação sanguínea e linfática. Através de um olhar holístico, a osteopatia não só atua na componente física, mas também a nível emocional. A ansiedade e o stress podem intensificar as dores e tensões, e o trabalho osteopático, ao promover relaxamento e alívio das pressões no diafragma e na região torácica, melhora a respiração e favorece um estado de maior bem-estar e tranquilidade. Outro aspeto frequentemente desconhecido é a importância do trabalho osteopático na parte visceral. A compressão dos órgãos internos pelo crescimento do bebé pode causar desconforto digestivo e respiratório. A osteopatia pode ajudar a criar mais espaço para o útero e os órgãos internos, contribuindo para um melhor funcionamento intestinal e respiratório, beneficiando tanto a mãe como o bebé.”, sublinha. Prevenção e preparação para o parto A educação postural é outra vertente essencial do acompanhamento osteopático. “As futuras mães aprendem a adotar posturas corretas no dia-a-dia, seja ao sentarem-se, ao levantarem-se, ao dormir ou trabalhar, prevenindo dores e complicações. Além disso, a osteopatia auxilia na mobilidade da bacia e da região pélvica, preparando o corpo para um parto mais fluido e natural. Trabalhar a musculatura abdominal e perineal ajuda a evitar complicações como a diástase abdominal e prolapsos. Este trabalho pode ser complementado com fisioterapia pélvica, garantindo um cuidado mais completo e direcionado.”, evidencia Margarida. A osteopatia no pós-Parto Após o parto, a osteopatia continua a desempenhar um papel essencial na recuperação da mãe. “O reequilíbrio postural e estrutural ajuda na reorganização do corpo, especialmente na recuperação da diástase abdominal e na prevenção de incontinências. Além disso, pode contribuir para a regulação do sistema nervoso, minimizando sintomas de depressão pós-parto e ajudando a nova mãe a sentir-se mais confiante e com mais energia para cuidar do seu bebé. A osteopatia também desempenha um papel essencial no apoio à amamentação. Muitas mães e bebés enfrentam desafios neste processo, como dificuldades na pega, desconforto ao amamentar ou assimetrias posturais do bebé que podem afetar a sucção. Através de técnicas suaves, a osteopatia pode ajudar a corrigir tensões musculares e desalinhamentos que interferem na amamentação, proporcionando um processo mais confortável para ambos.”, salienta a osteopata. A importância da osteopatia pediátrica: Um cuidado essencial desde os primeiros dias de vida A chegada de um bebé ao mundo é um momento de imensa alegria, mas também de grandes transformações. O parto, seja ele natural ou por cesariana, é um processo intenso e, muitas vezes, pode resultar em pequenos desequilíbrios no organismo do recém-nascido. É nesse contexto que a osteopatia pediátrica assume um papel essencial, promovendo um desenvolvimento mais harmonioso e prevenindo possíveis complicações futuras. Benefícios da Osteopatia Pediátrica A osteopatia pediátrica pode ser uma grande aliada no crescimento e desenvolvimento infantil desde os primeiros meses de vida. Esta abordagem terapêutica oferece diversos benefícios, ajudando a corrigir e prevenir disfunções que podem afetar o bem-estar do bebé. No entender de Margarida Casto, um dos principais benefícios da osteopatia pediátrica é a correção de assimetrias cranianas. “Durante o parto, especialmente em casos de partos instrumentalizados, como o uso de fórceps ou ventosa, ou mesmo em cesarianas, o crânio do bebé pode sofrer compressões que influenciam a sua formação. A osteopatia atua na correção dessas alterações, prevenindo condições como a plagiocefalia e outras complicações associadas. Outro benefício importante é o alívio de cólicas e do refluxo gastroesofágico. Muitas das queixas comuns nos primeiros meses de vida, como desconforto abdominal e regurgitação frequente, podem estar relacionadas com tensões viscerais e desequilíbrios no sistema digestivo. A osteopatia atua no reequilíbrio dessas funções, proporcionando maior conforto ao bebé. A regulação do sono e do comportamento também pode ser favorecida pela osteopatia. Bebés que apresentam dificuldades em dormir, despertares frequentes ou irritabilidade sem causa aparente podem estar a sofrer de tensões que a osteopatia ajuda a identificar e tratar, promovendo um sono mais tranquilo e um comportamento mais equilibrado. Além disso, a osteopatia tem um papel essencial na prevenção e tratamento de torcicolos congénitos. Restrições musculares e posturais podem limitar a liberdade de movimento do bebé, afetando o seu desenvolvimento motor. Com um acompanhamento adequado, é possível aliviar essas tensões e garantir uma maior mobilidade. Por fim, a melhoria da função respiratória é outro benefício relevante. Problemas como bronquite, asma e sinusite podem estar relacionados com disfunções posturais e restrições no movimento torácico. A osteopatia ajuda a libertar essas restrições, favorecendo uma respiração mais eficiente e saudável.”, exemplifica a osteopata. O papel da prevenção A osteopatia pediátrica não se limita ao tratamento de sintomas, mas também à prevenção de complicações futuras. “Muitos problemas posturais, como escolioses e desalinhamentos da coluna, podem ter origem em disfunções não corrigidas na infância. Ao atuar precocemente, evitam-se repercussões na adolescência e vida adulta.”, destaca Margarida. Quando procurar um osteopata pediátrico Mas afinal, quando devemos procurar um osteopata pediátrico? Margarida Castro responde: “Os pais devem estar atentos a certos sinais que podem indicar a necessidade de uma avaliação por um osteopata pediátrico. Entre eles, destacam-se a dificuldade na amamentação ou uma sucção fraca, comportamentos como arquear-se excessivamente para trás ou demonstrar preferência por um lado ao dormir, além de um sono agitado ou dificuldades em dormir. Choro excessivo sem causa aparente, refluxo e dificuldades na digestão também podem ser indícios importantes. Além disso, assimetrias na cabeça ou na postura merecem atenção, pois podem estar relacionadas com tensões ou desalinhamentos que a osteopatia pode ajudar a corrigir.”, esclarece. Mais do que tratar sintomas, a osteopatia previne, equilibra e melhora a qualidade de vida do bebé e da família. “Investir no bem-estar infantil desde cedo é um passo fundamental para um futuro mais saudável e feliz”, conclui Margarida Castro. Contacto: 962 977 495 (chamada para a rede móvel nacional) Facebook: Margarida Castro – Osteopatia Instagram: @osteopata.margarida “Uma massagem terapêutica, um cuidado estético ou uma consulta de nutrição são dos melhores investimentos que podemos fazer em nós” “A verdadeira nutrição não é apenas sobre o que comemos, mas sobre como isso se encaixa na nossa vida”
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