Moda/Beleza/SAÚDE OS ROSTOS DO HOSPITAL DE BRAGA By Revista Spot | Setembro 28, 2018 Abril 20, 2020 Share Tweet Share Pin Email É considerado desde 2014 o melhor hospital do país, por obter a melhor classificação a nível nacional em Excelência Clínica no Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), desenvolvido pela Entidade Reguladora da Saúde. Falamos-lhe do Hospital de Braga, que conta atualmente com mais de 2800 colaboradores desde médicos, enfermeiros, assistentes técnicos, assistentes operacionais, técnicos de diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores de saúde, entre outros. Mas quisemos saber mais e conhecê-lo melhor, na sua essência, e por isso embrenhamo-nos pelos seus corredores em busca de histórias. Pelo percurso, descobrimos mais do que isso. Cruzámo-nos com profissionais, que através da sua ação, desenham diariamente novos rumos no futuro da saúde. Pessoas que acreditam que o cuidado mais humanizado aliado à prática clínica é, muitas das vezes, crucial em todo o processo terapêutico. Venha connosco, conhecer-lhes os rostos, vidas e percursos nas linhas que se seguem… MÚSICA E FISIOTERAPIA Ana Paula Gonçalves, Fisioterapeuta do Hospital de Braga São precisos dedos destros para desafiar as teclas de um piano. Os mesmos que percorrem a poesia complexa do corpo humano, na tentativa de moldar um músculo teimoso como uma nota musical aguda. As mãos delicadas de Ana Paula Gonçalves assim o sugerem. Fisioterapeuta há 30 anos no Hospital de Braga trocou as teclas pela anatomia, mas a sua sensibilidade artística fez com que estes dois mundos tão díspares coexistissem. Estudou piano e quis ser pianista, mas o destino levou-a a candidatar-se ao curso de Fisioterapia por influência de uma amiga. Como em todas as histórias de amor houve um enamoramento, quase à primeira vista, seguido de uma relação de descobertas que perdura até aos dias de hoje. Assinou com a Fisioterapia um pacto de fidelidade, que vai quebrando volta e meia com o piano que ainda permanece na sua vida, afinal de contas a paixão pela música não se apaga, na verdade nunca se apagará. Partilha-a com os seus doentes. Canta para eles e eles respondem-lhe em sorrisos. Em cada um, descobre novos sentimentos, enquanto lhes percorre o corpo e as histórias de vida. Nos bolsos da farda que se orgulha de ostentar, guarda emoções vestidas de histórias que lhe percorrem o olhar. Vemo-las muito antes de as contar. São nítidas como a manhã de neve, que entretanto nos narra. De repente, damos por nós a recuar 10 anos no tempo ao ritmo da sua história, e viajamos até a uma manhã fria de Fevereiro, como tantas outras. Ana Paula tentava conquistar o brilho no olhar de um pequeno rapaz, que devido a um tumor cerebral perdera parte das capacidades motoras. O estímulo que faltava para que voltasse a andar, chegou sob a forma de um grito de entusiasmo na varanda do ginásio onde se encontravam: “Está a nevar!”. Esta simples frase, teve a forma de um floco de neve perfeito na vida deste paciente e das profissionais que o rodeavam, uma delas Ana Paula, que ao assistir à corrida desenfreada do menino até à janela não conteve as lágrimas que entretanto teimavam em cair. Este não só conseguira finalmente andar, como deu por si a correr em direção à grande janela. Algo de especial aconteceu naquele dia. E em tantos outros que depois desse partilharam. O carinho que entretanto nasceu entre ambos, faz com que ainda hoje mantenham contacto frequente. Momentos e relações que a fisioterapeuta valoriza tanto quanto o seu percurso na instituição que a acarinhou e onde, ao longo destas três décadas construiu sólidas amizades. Há um ano integrou, juntamente com algumas delas, o coro de colaboradores do Hospital de Braga, porque a sua voz jamais se cansará de transmitir amor, seja de que forma for… COMO NUM JOGO DE XADREZ… Elisabete Pinheiro, Enfermeira Chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital de Braga Liderar várias equipas pode tornar-se algo tão complexo quanto o jogo de xadrez que Elisabete Pinheiro, Enfermeira Chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital de Braga, põe os seus pacientes a jogar, numa partida que, por momentos, faz com que a doença fique esquecida entre os lençóis das camas do hospital, mas já lá vamos a essa história. A enfermagem faz parte da sua vida desde que se lembra e tornou-se algo tão sério que lhe tomou o pulso, vestindo a farda da chefia como ninguém. Fascina-a a liderança, não pela necessidade de mandar, mas pelo facto de, através dela, conseguir superar dificuldades e tomar decisões que contribuam para o bem-estar de todos, nomeadamente dos seus doentes. Facilmente a encontramos rodeada por jovens promessas da enfermagem, a quem gosta de transmitir os valores humanos que há 27 anos pratica entre os corredores do hospital. Neste vaivém de pacientes que chegam e vão, há alguns que ficam e que marcam. Quando vão, levam consigo o apoio incondicional naquilo que muitas vezes se transforma no primeiro capítulo de uma nova vida, que nem sempre foi a idealizada. Mas deixam ficar um sentimento que o tempo não apaga. Aquele que une Elisabete Pinheiro aos seus pacientes. Na sua passagem pela Unidade de Cuidados Intensivos travou amizade com uma paciente a quem carinhosamente chama heroína e que ainda hoje, sete anos depois, visita regularmente. Confidencia-nos que dificilmente se separa a razão da emoção, enquanto nos conta a história recente de um jovem de 22 anos que ficou tetraplégico devido a uma lesão cervical resultante de um acidente provocado por um condutor alcoolizado que embateu na sua viatura parada num semáforo. Estabeleceu com os pais uma ligação próxima, com os quais mantem contacto frequente, no sentido de saber como se encontra um paciente que, no fundo, nunca deixou de ser seu. Regressando ao xadrez, o trocadilho inicial tem uma razão de ser: realiza-se no internamento deste serviço, uma vez por mês, uma dinâmica de jogos de tabuleiro, em parceria com a Associação Nova Acrópole, que faz da sala de espera um espaço de alegre convívio, onde, em cerca de duas horas, doentes e famílias interagem, esquecendo o motivo que ali os retém. O brilho no olhar dos pacientes? Esse, Elisabete Pinheiro e a sua equipa guardam-no para si em segredo, com a certeza de que cada um destes momentos vale a pena… A FORÇA DOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA Almerinda Barroso Pereira, Diretora do Serviço de Pediatria do Hospital de Braga Descobrimos-lhe o sorriso entre as paredes que contam histórias, no Serviço de Pediatria do Hospital de Braga. Neste jogo do faz de conta, recuamos até ao “Era uma vez” que a fez trocar as leis, que eram tradição de família, pelos pequenos corações que hoje toca e que a tocam também. Encontrou na Pediatria o seu mundo, talvez por em criança ter descoberto a saúde pela mão da mãe enfermeira. Subespecializou-se em Neonatologia, depois de a especialidade em Pediatria lhe ter mostrado que seria esse o caminho. Ouvimo-la num tom de voz delicado que nos remete para o cenário com que todos os dias convive e depressa lhe adivinhamos o rasgo de quem supera o longo e tortuoso percurso da prematuridade. Juntamente com a sua equipa, fez nascer no Hospital de Braga um centro de referência com profissionais de exceção nesta área e é quando percorremos o mural de fotografias dos pequenos heróis que lhe passaram pelas mãos que percebemos as relações bonitas que aqui se cultivam. Não hesita em apontar um dos casos que lhe ficou na memória e que marcou o arranque da Unidade de Cuidados Especiais Neonatais, agora com 12 anos. Uma rutura de membranas às 22 semanas numa gravidez de risco fez com que as reservas relativamente à sobrevivência do feto fossem elevadas. No entanto, a resiliência da mãe em avançar e o profissionalismo das equipas fizeram com que o bebé acabasse por nascer às 25 semanas com 480 gramas. Seguiram-se meses de internamento, muitas complicações e um longo caminho percorrido, que resultou numa menina saudável, que aos 11 anos ainda visita o hospital e a equipa que a acompanhou. Este vínculo que une famílias e profissionais acabou por dar forma a um grupo, através do qual pais de ex prematuros prestam apoio àqueles que hoje passam pelo processo. De entre todas as iniciativas e reuniões que o serviço realiza, o Dia Mundial da Prematuridade, a 17 de Novembro é, sem dúvida, o mais especial de todos. Nessa data trocam-se histórias, testemunhos, experiências e sugestões e relembram-se nomes e rostos, porque esses, os que marcam os primeiros dias de vida, nunca se esquecem e o de Almerinda Barroso Pereira e da sua equipa vai ficar, sem dúvida, na memória de muitas pessoas… HISTÓRIAS COM CORAÇÃO Jorge Marques, Diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Braga Um coração pode bater até cem vezes por minuto, mas talvez o de Jorge Marques, Diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Braga bata um pouco mais. A frequência cardíaca desta história é elevada. A Cardiologia de Intervenção é o seu desígnio que ganhou força no Hospital de Braga, instituição onde ao longo de 16 anos garante ter crescido como profissional e enquanto ser humano. Quando lhe perguntamos se a relação com os doentes faz bem ao coração, sorri, assegurando que quando as coisas não correm bem os sentimentos saltam obviamente à flor da pele, mesmo que escondidos debaixo de uma bata branca que se orgulha de ostentar. Percebemos depressa que muitas decisões dependem dele. Quer na intervenção com os doentes, quer na gestão das suas equipas. A estas últimas procura incutir os valores do rigor, dedicação, capacidade de compreensão, sempre com o objetivo último de compreender melhor o contexto dos doentes e das suas doenças, procurando minimizar o impacto que estas têm no dia-a-dia e na vida das pessoas. Nesse olhar humano sobre a cadeira à sua frente, viaja até 2013, levando-nos consigo até à história de uma jovem que sofreu um enfarte agudo do miocárdio complicado com choque cardiogénico, que a sua equipa conseguiu tratar em fase aguda. Apesar do quadro complicado, a evolução foi muito positiva e sem sequelas graves e o acompanhamento dado à paciente foi sempre muito próximo, nomeadamente quando esta engravidou, o que lhe permitiu levar a gravidez até ao fim com sucesso. Voltando à pequena brincadeira inicial, podemos dizer na grande maioria das vezes os doentes saem deste serviço com um “coração novo” e com ensinamentos que lhes permitirão pôr em prática novos hábitos e estilos de vida decisivos para o futuro. É uma nova vida que ali começa. Uma vida que esta grande equipa de profissionais liderada por Jorge Marques acompanha de longe, como se fosse a sua… top O MAIOR LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VETERINÁRIAS DO PAÍS CHEF JOSÉ AVILLEZ EM ENTREVISTA À SPOT You Might Also Like... 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