Pastelarias/Restaurantes “O Natal na Luena é um tributo ao amor, à magia do reencontro e aos sabores de outros tempos” By Revista Spot | Dezembro 4, 2024 Dezembro 4, 2024 Share Tweet Share Pin Email As memórias de Natal de Deolinda e Branca Pimenta são uma janela para a beleza das coisas simples e para um afeto que atravessa gerações. Aqui, a magia não está nas luzes ou nos presentes, mas na alegria ao redor da mesa, na azáfama de uma cozinha que ainda resgata a tradição do bacalhau, do peru recheado e do bolo-rei feito com carinho artesanal. É como se cada ingrediente tivesse alma, do açúcar que carrega a doçura das memórias à farinha que guarda os segredos dos Natais passados. O ar polvilhado com canela, mel e vinho do Porto cheira a nostalgia. Num mundo que se move depressa, estas memórias lembram-nos que o essencial continua a ser a conexão genuína. A Luena é um tributo ao amor, à amizade e ao poder de criar momentos que resistem ao tempo, renovando a verdadeira essência do Natal. Quando o protagonista era o Menino Jesus Deolinda recorda com carinho os Natais de infância na freguesia de Mós, Vila Verde, onde a celebração era profundamente ligada à união familiar e ao significado religioso. O protagonista não era o Pai Natal, mas o Menino Jesus, que, com sua pureza e simplicidade, trazia as prendas, como a moeda de 10 escudos que a tia oferecia com amor. Para Deolinda, o Natal era um momento de profunda ligação com a família, onde todos participavam no ritual de montar o presépio, escolhendo o musgo mais bonito. Esse gesto simples unia as gerações, criando uma tradição que, com o tempo, Deolinda perpetuou, oferecendo presépios aos seus alunos, para que a magia e o simbolismo do Natal fossem vividos por todos. A celebração do Natal, para Deolinda, sempre foi associada aos sabores. A tradição de cozinhar manteve-se ao longo dos anos na sua casa. E, embora os tempos tenham mudado, o espírito de união à volta da mesa, o calor da cozinha e as conversas familiares permanecem imutáveis. O bacalhau, assado na brasa, no almoço de 24, ainda hoje é uma tradição na Luena. “A Luena sempre foi esse ponto de encontro no Natal. Recordo com carinho quando o meu marido oferecia um copo de vinho do Porto e uma fatia de Bolo Rei aos clientes que com os anos se tornavam amigos, tudo fazia parte da celebração. O Natal é também isso: ver a pastelaria sempre cheia de movimento, sempre cheia de vida.”, conta. Uma família que sempre valorizou a magia de um Natal à mesa Branca Pimenta, por sua vez, descreve o Natal como um conjunto de memórias de calor, carinho e dedicação. Lembra-se com um sorriso da avó paterna, que se desdobrava em esforços para garantir que cada neto tivesse o prato que mais gostava na ceia de Natal. “Não havia um detalhe deixado de lado: para um, batatas fritas feitas com azeite no tacho, para outro, o peru, e para mais um o arroz de frango. A minha avó fazia questão de mostrar o seu amor em cada prato preparado com tanto zelo.”, recorda. Numa família de empresários de pastelaria, havia sempre ‘uma prova cega’ que disputava o melhor bolo-rei. A tradição de trocar prendas, que começava com viagens a Vigo para comprar os brinquedos mais desejados, e a excitação de ver o que estava embrulhado, permanece viva no seu coração. Ela, os irmãos, e depois os filhos, viviam aquele Natal com uma intensidade especial, com as bicicletas coloridas, o carro de Fórmula 1 que descia as ruas de Pico Regalados e as aventuras da infância que hoje parecem impensáveis, mas que, naqueles tempos, eram o verdadeiro espírito da época. A cozinha era o ponto de encontro de todos. O bacalhau, o arroz de frango, e até a famosa roupa velha, ou mais tarde as papas de sarrabulho, tradição de natal da família do marido, são memórias que continuam vivas no coração de Branca. “Mas, na verdade, o Natal nunca era só sobre o que se comia, mas sobre estarmos todos juntos, ao redor da lareira, a partilhar histórias, gargalhadas e momentos especiais.”, partilha. A essência do Natal Luena Há algo de mágico nesse ritual, que já se tornou tradição, de ir à Luena reencontrar os amigos de sempre do lado de lá do balcão e encomendar os bolinhos de jerimu e os sonhos polvilhados com açúcar e canela, as bolachas de natal, os mexidos, as rabanadas mergulhadas na sua calda perfeita e o bolo-rei desenhado com tamanho amor, que até as frutas, como o famoso cidrão, são cristalizadas de forma artesanal com todo o carinho que uma mesa de Natal merece. Não falta o mítico tronco de Natal, o pudim Abade de Priscos e o bolo Pâte à Choux, assim como o imperdível bolo-rei de maçã, que divide todas as atenções com o de chila e o de chocolate. O bacalhau e o polvo são reis, nas suas diferentes versões e o peru recheado, principalmente o caseiro, tornou-se protagonista da mesa de muitas famílias. “Muitas famílias, especialmente nos dias 25 e 31 de dezembro, escolhem o nosso restaurante para levar a sua ceia de Natal completa. E é sempre bom ver aqueles que regressam, ano após ano, para levar esses pratos que fazem parte das suas tradições. Desde a seleção cuidada de vinhos às entradas, tudo é feito com esmero: as tábuas de presunto e queijos e os mariscos frescos alegram a mesa no Natal e na passagem de ano, assim como cabrito e o leitão, tudo preparado e pronto a ser servido, deixando apenas o prazer de decorar a casa e reunir amigos e família. Aqui, na Luena vende-se uma experiência, um pedaço de tradição e de afeto, onde cada produto é pensado para tornar as festas de todos mais especiais.”, revela Branca Pimenta. No Natal, o restaurante está aberto ao almoço e também no dia 1 de janeiro, para receber quem pretende celebrar esta época de forma especial. “É precisamente o espírito das nossas memórias de família que procuramos manter aqui no restaurante, com o calor da cozinha, das nossas especialidades e da tradição que passa de geração em geração. É de todo esse amor que a Luena é feita”, conclui Deolinda Pimenta. Morada: Praça da República, Nº 67 4730-732 Vila Verde Telefone: 253 311 432 Facebook: Vila Luena Instagram: @vilaluena @vilaluenarestaurante luenaeventos.pt “É fundamental cultivar uma cultura corporativa mais humana e próxima, não apenas no Natal, mas ao longo de todo o ano” “Cada elemento decorativo e cada presente oferecido contam uma história silenciosa sobre quem somos”
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