Diversão/FORMAÇÃO “O Motus Dance Project ensina-nos que a dança não tem limites” By Revista Spot | Setembro 3, 2024 Setembro 4, 2024 Share Tweet Share Pin Email O movimento torna-se uma ponte para mundos desconhecidos e cada passo é uma nova descoberta. No Motus Dance Project coreógrafos de referência em Portugal levam os alunos além dos limites da sua rotina. Uma experiência transformadora onde os futuros bailarinos aprendem novas formas de expressão e mergulham num universo de possibilidades infinitas. Segundo Diana Sá Carneiro, diretora da Ent’Artes, cada ensaio é uma celebração do potencial ilimitado. Os coreógrafos instigam um sentimento de pertença e propósito, encorajando os alunos a aventurarem-se além das expectativas convencionais e a encontrar a sua própria voz através da dança. “A magia acontece quando esses encontros inesperados entre o conhecido e o desconhecido geram novas formas de expressão e entendimento, quebrando barreiras e expandindo limites.”, garante. Um dos projetos mais queridos da Ent´Artes O Motus Dance Project, um dos projetos mais queridos da Ent’Artes, nasceu em agosto de 2020 pelas mãos de Diana Sá Carneiro. O Motus assume um papel essencial no panorama da dança em Portugal, oferecendo aos jovens talentos uma plataforma única para o desenvolvimento artístico em colaboração com alguns dos mais conceituados coreógrafos nacionais. A estreia do Motus Dance Project aconteceu em outubro de 2020 com “Beethoven Variations”, uma peça criada por Fernando Duarte. Em 2021, a companhia encantou o público com “Florilégio” de Margarida Belo Costa, seguido por “En Garde” de Bruno Duarte no ano seguinte. Mais recentemente, em maio de 2023, a coreógrafa Laura Àvila apresentou “Somnia Surrealismus”, uma obra que transforma a imaginação de Salvador Dalí numa experiência neoclássica inesquecível. Diana Sá Carneiro, Diretora da Ent’Artes e Criadora do Motus Dance Project “Quem acompanha a dança sabe o quanto este projeto proporciona novas experiências aos alunos em formação. Coloca-os em situações de trabalho em estúdio, residências artísticas e, posteriormente, em palco, com coreógrafos de referência. Cada um dos quatro coreógrafos que participaram trouxe algo de novo e distinto, enriquecendo os alunos com novas experiências e aprendizagens. É um constante acrescentar de bagagem, uma ampliação da perceção da dança e criação de memórias que moldam a forma como experienciam o mundo da dança. O Motus Dance Project é algo de que nos orgulhamos muito. Reconhecemos o desafio que representa, especialmente em Portugal, onde muitas vezes não é fácil conseguir financiamento. Estes projetos são inteiramente financiados pela Ent’Artes, refletindo um investimento sério nos alunos e no panorama da dança. Assumimos o risco e conseguimos mantê-lo ao longo de quatro temporadas. Celebrar a meia década do Motus, iniciado com o Fernando Duarte, que agora é diretor da Companhia Nacional de Bailado, é, sem dúvida, uma conquista significativa. A nível pessoal, sentir que estamos a fazer algo importante para os alunos, para a dança e para o público que a segue é extremamente gratificante. Contribuímos para a criação de novos públicos, novas abordagens e novos projetos na dança. Acreditamos que, mesmo sendo uma ‘agulha no palheiro’, estamos a contribuir para a cultura e identidade do nosso país. Comparando o panorama da dança em Braga de alguns anos atrás com o que temos agora, com a produção de espetáculos, galas, e masterclasses, vemos o impacto positivo do nosso trabalho. O reconhecimento que temos, tanto aqui como no exterior, em eventos e competições, é motivo de grande orgulho.” Bruno Duarte, Coreógrafo “Fui convidado pela Diana para ser coreógrafo no Motus Dance Project, e foi uma experiência incrível. Vivo em Lisboa e, durante alguns meses, viajei todos os fins-de-semana para Braga, onde realizávamos ensaios aos sábados e domingos. Foi uma experiência maravilhosa, especialmente por trabalhar com alunas extremamente motivadas e talentosas, que estavam genuinamente interessadas no que se propunha. Não eram apenas alunas que decoravam a coreografia; elas pesquisavam, davam ideias e eram muito generosas. Durante a semana, mantinham o processo a funcionar e o material no corpo, o que foi crucial para o sucesso final. A apresentação final foi impressionante, com as alunas a entregarem-se completamente em palco, resultando num trabalho brilhante a nível estético e conceptual. O Motus é único em Portugal, oferecendo a jovens bailarinos a oportunidade de trabalhar com coreógrafos profissionais em contextos profissionais, o que é essencial para a sua formação futura.” Margarida Belo Costa, Coreógrafa “Sou coreógrafa e, a convite da Diana, integrei a segunda temporada do Motus com a peça FLORILÉGIO, que estreou em dezembro de 2021 com dez bailarinos. O processo criativo foi desenvolvido em várias etapas, permitindo um contacto direto com os alunos através de exercícios de improvisação, para conhecer melhor o grupo e para eles me conhecerem também a mim. A partir de escrita criativa, momentos de diálogo e uma partilha de memórias nasceu o nome FLORILÉGIO. O Motus é realmente uma oportunidade maravilhosa para os alunos conhecerem vários artistas, coreógrafos, novas linguagens de movimento, metodologias e processos de criação diversos. Há várias formas de pensar a arte, a sociedade e o mundo e o Motus oferece precisamente este espaço de partilha e de aprendizagem entre os alunos intérpretes, os coreógrafos e, claro, também os professores. É uma experiência de trabalho em contexto pré-profissional, que ajuda a projetar também o lugar destes alunos num contexto profissional futuro que poderá ser o seu. O Motus estimula a criação artística jovem em Portugal, abre horizontes. Ou seja, os alunos, tendo este contacto com os criadores, também conhecem novos métodos e novas formas de criar. Estimula o pensamento artístico e ajuda os alunos a pensarem a dança não só como intérpretes, mas também como criadores. Sinto que o Motus é igualmente uma forma de mediação de públicos, ou seja, traz uma consciência da comunidade para uma maior envolvência com o meio artístico.” Afonso Ferreira, Bailarino “O que guardo com mais carinho é a experiência de criar coreografias em estúdio. Cada uma das três vezes em que participei foi única: cada pessoa e cada coreógrafo trouxe a sua própria história e a sua forma de transmitir essa história através do movimento. Toda a logística, os treinos, as aulas e os ensaios, além do convívio com os novos coreógrafos, foram extremamente enriquecedores. O convívio e a partilha de conhecimentos entre alunos e coreógrafos convidados são, a meu ver, o mais importante. O impacto deste projeto em Portugal é significativo, especialmente porque ao convidar coreógrafos e outros profissionais, e ao aprender com eles, estamos a promover o conhecimento e a visibilidade da dança, que ainda não é amplamente reconhecida no país. Reunir pessoas e trazer novos coreógrafos ajuda a divulgar e a valorizar a dança. O Motus Dance Project tem sido uma experiência maravilhosa e estou muito feliz por fazer parte dele.” Maria Borges, Professora, Bailarina e Organizadora do Motus Dance Project “O Motus Dance Project foi um projeto que me marcou profundamente. Na primeira temporada em que participei, ainda como bailarina e sem responsabilidades como professora, a experiência foi extremamente gratificante. O projeto fazia-nos sentir bailarinos profissionais. Recebíamos a visita de um coreógrafo convidado que não conhecíamos, que criava uma coreografia exclusivamente para o nosso grupo. Tínhamos um prazo de um a dois meses para preparar e apresentar a peça, o que incluía uma semana de residência com o coreógrafo. Ele conhecia-nos, criava para nós e, em pouco tempo, precisávamos de estar preparados para levar a peça ao palco. Foi uma dinâmica nova e desafiadora. Naquela época, não estávamos habituados a essa abordagem, que simulava a vida de um bailarino numa companhia profissional. Para mim, o Motus foi uma inovação inesperada que me motivou a evoluir no mundo da dança. Agora, com a experiência de ter organizado a terceira temporada, compreendo melhor o valor do projeto. Organizar o desenvolvimento, desde a escolha do coreógrafo até à coordenação dos ensaios e a escolha dos figurinos, foi uma experiência muito gratificante. Ver o projeto crescer desde a conceção até à estreia no teatro é algo que aprecio imensamente. Cada temporada do Motus teve algo de especial. O projeto fascina-me porque, além de exigir resiliência e a capacidade de aprender rapidamente, também promove uma grande evolução. Cada coreógrafo traz um estilo único, e os bailarinos têm de se adaptar a essas novas abordagens. A diversidade dos estilos e coreógrafos enriquece a experiência e a formação dos bailarinos, o que é extremamente gratificante. A cada ano, o projeto desenvolve-se mais rapidamente e tem o potencial para evoluir ainda mais. O próximo ano marcará a quinta temporada, e estamos a planear um projeto ainda maior para comemorar esse marco. Recomendo a todos que assistam a, pelo menos, uma temporada, pois é uma oportunidade incrível de ver uma variedade de coreógrafos e estilos, além de conhecer melhor o trabalho da escola e dos convidados.” Diana Faria, Professora e Bailarina “O Motus é um projeto que nos oferece uma visão realista do futuro do mundo da dança. Durante o projeto, estamos profundamente focados e trabalhamos intensamente com o coreógrafo, que analisa o nosso trabalho corporal e cria uma coreografia com base nisso. Este processo pode ocorrer durante uma semana ou vários fins-de-semana ao longo da época programada. Acredito que este projeto teve um impacto significativo em mim, pois melhorou a minha capacidade de aprendizagem rápida e a minha disposição para enfrentar novos desafios. Agora, como estou numa companhia, percebo a importância de aprender rapidamente e de me lançar de forma decidida nos desafios. O projeto proporciona uma visão clara da vida de um bailarino numa companhia e ensina-nos a viver essa realidade. Quando terminamos as nossas apresentações em palco, é sempre um momento de grande alegria e satisfação. O impacto sobre nós e sobre o grupo inteiro é profundo, pois o trabalho desenvolvido é uma coreografia com mais tempo de preparação do que as que costumamos ensaiar ao longo do ano. Além disso, o fato de um coreógrafo externo à escola vir até nós e partilhar o seu trabalho, a sua paixão e o seu método de trabalho com os bailarinos é extremamente enriquecedor. No final, é maravilhoso ver o que conseguimos alcançar em tão pouco tempo. Este projeto é, sem dúvida, uma iniciativa excelente, feita com muita paixão. Transmite aos alunos e participantes uma visão clara e realista do futuro de um bailarino, e é isso que o torna tão valioso.” Ana Costeira, Bailarina “A diversidade das diferentes temporadas do Motus Dance Project foi muito positiva, pois permitiu-me explorar diferentes estilos de dança e trabalhar com vários coreógrafos. Essas experiências ajudaram-me imenso a expandir a minha compreensão do movimento e da coreografia. Explorei e desenvolvi mais a minha capacidade de me movimentar e dançar. Trabalhar em grupo, tanto com os meus colegas como com coreógrafos, foi um grande desafio. Criar uma coreografia longa exige muito empenho e dedicação para construir uma peça impactante. No entanto, no final de cada ensaio, saí sempre com um vasto conhecimento sobre o mundo da dança e da coreografia. Participar nestes projetos preparou-me bem para o futuro, ajudando-me a adaptar-me às diferentes éticas de trabalho e estilos de cada coreógrafo. Isto é fundamental para quem está a trabalhar em companhias, já que, futuramente, teremos de colaborar com coreógrafos desconhecidos.” Morada: Rua Dr. Manuel de Oliveira 23 R/C, Dume 4700-056 Braga Contacto: 964 693 247 Facebook: Ent’ Artes – Escola de Dança Instagram: @entartes_escoladedanca Contacto: 964 693 247 Youtube: Ent’Artes Escola de Dança Site: entartes.pt CUF regressa a Braga com novo hospital “Empresas financeiramente sustentáveis tendem a investir em práticas ambientais e sociais responsáveis”
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