Pré - Natal/SAÚDE DA MULHER/Saúde Infantil “A minha experiência enquanto enfermeira no serviço de obstetrícia fez-me perceber que ainda existem muitas crenças ultrapassadas sobre a maternidade” By Revista Spot | Abril 11, 2025 Abril 18, 2025 Share Tweet Share Pin Email A saúde materno-infantil é um dos pilares mais importantes da sociedade e o cuidado adequado durante este período pode transformar vidas. Idealizada pela enfermeira Joana Teixeira, a Clínica Materna, nasce com uma proposta revolucionária: oferecer uma visão 360 que vai muito além do parto, com áreas essenciais como assessoria de lactação, fisioterapia do pavimento pélvico, osteopatia pediátrica, massagem infantil, terapia da fala, baby yoga e Atelier Montessori. Ao longo do tempo, tornou-se também um ponto de encontro e fortalecimento de comunidades, reunindo famílias e promovendo workshops que ampliam a literacia sobre cuidados essenciais. “Mais do que um conceito de saúde, a Clínica Materna é um lugar de empoderamento e apoio que cria raízes profundas para o futuro.”, salienta a responsável. O que é que a levou a fundar a Clínica Materna? O meu percurso começou no Hospital de Braga, em 2017, durante o meu estágio de integração à vida profissional, onde optei pela área da Obstetrícia, que sempre foi a minha grande paixão. Após concluir o curso, fui convidada a integrar o serviço de Obstetrícia do hospital, onde tive a oportunidade de trabalhar diretamente com as famílias. No entanto, uma das maiores dificuldades que encontrei na prática clínica foi a questão da amamentação. Durante os meus turnos, era comum passar bastante tempo com os pais tentando ajudar na amamentação, mas sentia que não conseguia resolver todas as questões, o que me gerava frustração. Foi aí que decidi investir em formações especializadas. Ao longo do tempo, e apesar de algumas mudanças de serviço no hospital, a minha vontade de continuar a trabalhar com a área da Obstetrícia não diminuiu. Fiz diversos cursos adicionais, como natação para bebés, laserterapia e assessoria de lactação. Esta última foi fundamental para me permitir continuar a minha ligação à amamentação e a fornecer um atendimento mais completo às famílias. O meu desejo de criar a Clínica Materna surgiu da necessidade de ter uma equipa multidisciplinar ao meu lado. Nos serviços hospitalares, era comum perceber que, para ajudar uma família de forma completa, era preciso contar com o apoio de uma equipa multidisciplinar que se complementava e por esse motivo trouxe essa ideologia para a clínica, de forma a trabalhar em cada caso de forma integrada. A minha missão passa, portanto, por proporcionar um acompanhamento integrado e especializado no apoio ao bebé e à família. Por que razão é essencial abordar a amamentação ainda durante a gravidez? A preparação antecipada permite que as mães façam escolhas informadas sobre a amamentação. Há uma base científica robusta que comprova que a abordagem à amamentação durante a gravidez aumenta as hipóteses de sucesso da amamentação após o parto. Além disso, a preparação prévia cria uma relação de confiança com os profissionais de saúde, o que facilita o acompanhamento pós-parto. Muitas vezes, as mães sentem-se sobrecarregadas e inseguras no pós-parto. Ter uma figura familiar para apoiar nesse momento pode fazer toda a diferença, proporcionando maior serenidade para lidar com as dificuldades. Em Portugal, o sistema de saúde não oferece um acompanhamento contínuo como em outros países e a Clínica Materna vem preencher essa lacuna, oferecendo suporte próximo e contínuo. Como funciona o acompanhamento em consultoria de amamentação? O acompanhamento em consultoria de amamentação é uma abordagem personalizada, que começa com uma entrevista à família. A minha abordagem não se foca apenas no bebé, mas na família como um todo, uma vez que o sucesso da amamentação depende do apoio e da saúde mental de todos os envolvidos, incluindo o pai. A saúde mental da mãe é uma das primeiras coisas que avalio, pois sabemos que, se a mãe não estiver bem emocionalmente, será difícil enfrentar os desafios da amamentação. O meu objetivo não é impor uma amamentação exclusiva, mas sim apoiar a mãe a tomar a melhor decisão para a sua situação. Isso inclui avaliar a postura da mãe durante a amamentação, identificar se há problemas no bebé, como um freio curto ou tónus muscular inadequado, e fazer encaminhamentos para osteopatas ou outros profissionais quando necessário. Também avalio o ambiente familiar e, com base em todo esse contexto, ofereço soluções adaptadas à realidade da família. A minha abordagem é baseada em empatia e na individualização de cada caso. Cada família tem suas próprias necessidades e a nossa missão é apoiar com informações científicas e uma visão clínica atenta a todos os detalhes. O leite subiu… e agora? O que é fundamental a mãe saber neste momento? Quando o leite sobe após o parto, é importante que as mães compreendam que, se a subida for fisiológica, ela não deve provocar febre nem causar a mama endurecida e dolorosa. Este é um dos maiores mitos sobre a amamentação. Muitas mães sentem-se inseguras, a acharem que não têm leite, simplesmente porque não experienciam sintomas como febre ou mamas muito duras. Contudo, a ausência desses sintomas não significa que o leite não esteja presente. Se a subida do leite for fisiológica, ela ocorre sem complicações. No entanto, se a mama ficar muito cheia, dolorida e vermelha, com febre, isso pode indicar ingurgitamento mamário ou até mastite, que exige atenção médica. Para evitar essas complicações, é fundamental que a mãe conheça o seu corpo e saiba como gerir a amamentação desde a gravidez. Por isso, durante a gravidez, aconselho as futuras mães a aprenderem técnicas de extração manual do colostro. A educação pré-natal sobre o manejo da mama é crucial para que a mãe saiba como realizar a extração manual caso haja problemas de ingurgitamento ou mastite. A aplicação de compressas frias após as mamadas também pode ajudar a aliviar a dor e a tensão nas mamas. Outro ponto importante é a livre demanda, ou seja, oferecer a mama ao bebé sempre que ele demonstrar sinais de fome. A amamentação deve ocorrer em diferentes posições para garantir que todos os quadrantes da mama sejam drenados corretamente. No entanto, o uso de bombas está completamente contraindicado, pois isso pode aumentar a produção de leite, exacerbando o ingurgitamento e aumentando o risco de mastite. Como identificar os sinais de fome do bebé antes do choro? O choro do bebé é um sinal tardio de fome, ou seja, só aparece quando o bebé já está muito desconfortável e desregulado. Para evitar que isso aconteça, é importante que as mães comecem a perceber os primeiros sinais de fome logo no início, que incluem o reflexo de busca, quando o bebé mexe a cabeça de um lado para o outro, e o reflexo de sucção, que pode ocorrer mesmo sem o bebé estar a mamar. O segredo para evitar que o bebé chegue ao ponto de chorar é estar atenta a esses sinais precoces e agir de forma calma e imediata. Para isso, a técnica de babywearing (carregar o bebé em contacto direto com a pele da mãe) é extremamente útil. O contacto pele a pele mantém o bebé mais desperto e permite que ele sinalize as suas necessidades mais rapidamente. Este contacto também é essencial para o desenvolvimento neurológico do bebé, pois é um prolongamento do ambiente intrauterino, proporcionando-lhe segurança e conforto. Estudos neurocientíficos demonstram que o bebé, ao estar em contacto com a mãe, sente-se mais seguro e tem mais facilidade em regular os seus ritmos, incluindo os sinais de fome. Quais os sinais de uma pega correta e como corrigir eventuais dificuldades? Uma pega correta é fundamental para o sucesso da amamentação e para evitar desconforto tanto para a mãe como para o bebé. Os sinais de uma pega correta incluem a ausência de dor durante a amamentação, o que indica que o bebé está a abocanhar a mama de forma eficiente. Para garantir que a pega é correta, devem observar-se alguns aspetos importantes: o bebé deve estar com a barriguinha encostada à barriga da mãe, de forma a criar uma boa posição. A boca do bebé deve estar bem aberta, abocanhando uma grande parte da aréola e não apenas o mamilo. O queixo do bebé deve tocar na mama e as bochechas devem estar redondas e não afundadas, o que indica que está a fazer uma sucção eficaz. A posição da mãe também é importante, devendo estar confortável e relaxada, e o bebé deve estar alinhado com a mãe, sem esforço para alcançar a mama. Para corrigir eventuais dificuldades, a primeira coisa a fazer é ajustar a posição do bebé e da mãe. Em caso de dificuldades persistentes, pode ser necessário procurar orientação profissional. É comum as mães acreditarem que a dor ao amamentar é normal. O que pode estar por trás desse desconforto e como resolvê-lo? Este mito perpetua-se de geração em geração, mas é importante desmistificar. O desconforto pode, de facto, ocorrer nos primeiros dias após o nascimento, quando tanto a mãe como o bebé estão a aprender a amamentar. No entanto, se a dor persistir, pode estar a ocorrer um problema subjacente. Uma das causas mais comuns de dor é a tensão muscular no bebé, adquirida durante a gravidez e o parto. O bebé pode ter algumas tensões musculares, especialmente na área da mandíbula ou do pescoço, o que pode afetar a sua capacidade de fazer uma pega correta. Essas tensões podem ser corrigidas com ajuda da osteopatia pediátrica. Outra possível causa de desconforto é um freio lingual curto, que dificulta a sucção eficiente e pode causar dor à mãe. Nestes casos, o acompanhamento de um especialista em terapia da fala pode ser útil para realizar a avaliação e a intervenção necessária. Além disso, é fundamental garantir que o bebé tem uma pega correta e que a mãe está confortável e relaxada. Se houver dor persistente, é importante procurar ajuda de profissionais de saúde especializados para avaliar a situação e corrigir eventuais problemas. Como pode a laserterapia ajudar a tratar fissuras mamárias e outros problemas na amamentação? A laserterapia tem vindo a ser cada vez mais reconhecida como uma ferramenta eficaz no tratamento de fissuras mamárias e outros problemas relacionados com a amamentação. No Brasil, já é comum o seu uso em hospitais, e a sua implementação está a começar a ganhar força também em Portugal, especialmente na área da saúde materna. A laserterapia utiliza luz de baixa intensidade para acelerar a regeneração dos tecidos, promovendo uma cicatrização mais rápida das fissuras mamárias e ajudando a reduzir a inflamação. Além disso, proporciona um conforto imediato, aliviando a dor associada a esses problemas. Esta técnica, quando combinada com um acompanhamento especializado que aborda as causas subjacentes das fissuras, pode não apenas acelerar a recuperação, mas também ajudar na prevenção de recidivas. A laserterapia atua a nível celular, estimulando a regeneração dos tecidos e melhorando a circulação sanguínea na zona afetada, o que favorece a cura e o alívio de desconfortos. A Laserterapia pode ser um complemento a uma boa pega para alívio de dor. Que mitos ainda existem sobre a recuperação do pavimento pélvico após o parto? Um dos maiores mitos sobre a recuperação do pavimento pélvico após o parto é a ideia de que a fisioterapia pélvica só é necessária após a ocorrência de problemas. Na realidade, a prevenção e a preparação para o parto são cruciais para garantir uma recuperação adequada e evitar complicações a longo prazo. Infelizmente, em Portugal, a educação em saúde e a promoção da prevenção ainda estão muito aquém do que seria ideal. Apenas uma pequena parte dos recursos destinados à saúde é dedicada à educação e à prevenção, o que significa que muitas mães e futuros pais não têm acesso à informação necessária para se prepararem adequadamente para o parto e a recuperação pós-parto. A preparação do pavimento pélvico não deve ser relegada para o período pós-parto. Existem técnicas de fisioterapia pélvica que ajudam a fortalecer a musculatura pélvica antes do parto, o que pode reduzir a incidência de problemas como incontinência urinária e prolapsos após o parto. Além disso, é importante desmistificar práticas obsoletas, como o uso de cintas de compressão ou os exercícios de Kegel isolados, que muitas vezes são recomendados de forma inadequada. Profissionais da área, como a nossa fisioterapeuta pélvica Vanessa Pinheiro, têm vindo a promover uma abordagem mais atual e informada, baseada na fisiologia do corpo feminino e nas necessidades específicas de cada mulher. Outro grande mito é que, após o parto, as mulheres devem simplesmente “esperar” pela recuperação do pavimento pélvico sem intervenção. A dor durante as relações sexuais no pós-parto, por exemplo, é um problema frequentemente desvalorizado, mesmo pela comunidade médica. É fundamental que as mulheres que experienciem dor ou desconforto saibam que não é normal e que existem soluções para melhorar a sua qualidade de vida, como a fisioterapia pélvica, que é essencial para a recuperação e para evitar sequelas a longo prazo. A informação precisa e o acompanhamento especializado são fundamentais para que as mulheres possam desfrutar de uma recuperação saudável e sem mitos prejudiciais. A osteopatia pode ser benéfica tanto para a mãe como para o bebé? A osteopatia oferece uma abordagem integrativa que pode ser extremamente benéfica tanto para a mãe como para o bebé, especialmente após o parto. No caso da mãe, é comum acumular tensões durante a gestação e no momento do parto, o que pode resultar em desconfortos musculoesqueléticos, particularmente na região cervical e lombar. A osteopatia pode ajudar a aliviar essas tensões, melhorar a mobilidade da coluna e otimizar a postura, o que é essencial para a recuperação pós-parto. Muitas mães, durante a amamentação, focam-se exclusivamente no bebé, o que pode resultar em posturas incorretas e tensões musculares, especialmente na zona do pescoço e ombros. A osteopatia ajuda a restabelecer o equilíbrio do corpo, melhorando a postura da mãe e prevenindo problemas relacionados com o pavimento pélvico, que ainda está em recuperação. Para o bebé, a osteopatia tem um papel fundamental no alívio das cólicas e no tratamento de refluxo gástrico, que são condições muito comuns nos primeiros meses de vida. O toque suave e as técnicas osteopáticas ajudam a desbloquear tensões no sistema digestivo, promovendo um melhor funcionamento do trato gastrointestinal e aliviando o desconforto causado pelas cólicas. Além disso, a terapia da fala pode ajudar a tratar problemas relacionados com o freio de língua, que podem afetar a amamentação, prevenindo fissuras nas mamas da mãe e melhorando a pega do bebé. A massagem infantil pode contribuir para o bem-estar do bebé e para o fortalecimento do vínculo com os pais? A massagem infantil é uma prática com múltiplos benefícios para o bebé, especialmente no que diz respeito ao seu bem-estar físico e emocional. A massagem pode ajudar significativamente na redução das cólicas, um problema comum nos primeiros meses de vida, aliviando as tensões no sistema digestivo e melhorando o conforto do bebé. Estimula também o sistema nervoso, o que ajuda a melhorar a qualidade do sono do bebé e promove uma digestão mais eficiente. Além disso, a massagem infantil é uma excelente ferramenta para fortalecer o vínculo emocional entre o bebé e os pais. O toque suave e o momento dedicado à massagem proporcionam segurança e conforto emocional, criando um ambiente propício para o desenvolvimento da confiança. Este contacto físico regular também permite que os pais aprendam a reconhecer os sinais do bebé, como as suas necessidades e preferências, promovendo uma comunicação mais eficiente e um maior entendimento dos seus comportamentos. Outro benefício relevante é no que diz respeito à obstipação infantil, uma condição que muitas vezes leva os pais a recorrerem a métodos inadequados, como a estimulação retal. A massagem pode ser uma solução natural e eficaz para melhorar o trânsito intestinal do bebé, estimulando a flora intestinal e ajudando a evitar complicações futuras. A terapia da fala pode ser necessária desde os primeiros meses de vida? Sim, a terapia da fala pode ser muito relevante já nos primeiros meses de vida, especialmente quando há dificuldades associadas à amamentação. Em alguns casos, o bebé pode ter tensões na cavidade oral que dificultam a função do freio lingual, uma condição que tem sido cada vez mais reconhecida, mas que nem sempre necessita de intervenção cirúrgica. A terapia da fala pode ser essencial para libertar as tensões na área da boca, permitindo que o freio lingual funcione corretamente, facilitando a sucção do leite e a amamentação. Por exemplo, há casos em que, através de terapia da fala, conseguimos evitar a cirurgia de corte do freio, resolvendo a situação de forma eficaz, sem a necessidade de um procedimento invasivo. Além disso, as dificuldades no funcionamento do freio lingual podem levar a complicações a longo prazo. Que benefícios proporcionam o baby yoga e o Atelier Montessori ao desenvolvimento dos bebés e crianças pequenas? O baby yoga promove o desenvolvimento da flexibilidade e da coordenação motora, sendo especialmente importante nas primeiras fases de vida, quando o bebé está a desenvolver as suas habilidades motoras. Além disso, o baby yoga fortalece o vínculo entre pais e bebé, criando momentos de conexão emocional através do toque e da interação, o que é fundamental para o bem-estar emocional da criança. A prática também pode ajudar a reduzir tensões musculares e melhorar a qualidade do sono do bebé, contribuindo para uma rotina mais tranquila. Por outro lado, o Atelier Montessori é uma metodologia que respeita o desenvolvimento natural de cada criança, focando-se em adaptar o ambiente de aprendizagem às necessidades e ritmos do bebé, em vez de forçar o desenvolvimento. A filosofia Montessori enfatiza a autonomia, a exploração e o respeito pela individualidade, permitindo que as crianças se tornem agentes ativos da sua própria aprendizagem. O Atelier Montessori proporciona um espaço onde os bebés podem explorar e aprender de forma lúdica, de acordo com o seu desenvolvimento motor, cognitivo e social. Além disso, o Atelier Montessori trabalha de forma multidisciplinar: os profissionais que acompanham os bebés, como a terapeuta da fala, a psicóloga e os especialistas em neurofeedback, colaboram para oferecer um acompanhamento completo e personalizado, identificando possíveis dificuldades na fala, comportamento ou desenvolvimento emocional, e encaminhando as famílias para o apoio adequado, garantindo uma abordagem holística e integrada. De que forma a Clínica Materna procura garantir um acompanhamento próximo da comunidade? Na Clínica Materna, entendemos que a quantidade de informações disponíveis na internet pode ser avassaladora e, por vezes, contraditória. Por isso, a nossa missão é proporcionar um acompanhamento humanizado, individualizado e sempre baseado nas melhores evidências científicas disponíveis. Além das consultas presenciais, trabalhamos de forma contínua na educação para a saúde, oferecendo workshops temáticos que abordam questões pertinentes para as mães, pais e famílias. Esses workshops são desenhados com base nas necessidades reais das famílias, que nos solicitam frequentemente temas específicos. Esta abordagem permite-nos estar sempre a par das preocupações e dúvidas mais atuais. Para além disso, criámos uma comunidade de apoio através de um grupo de WhatsApp, onde temos cerca de 100 mães da Póvoa de Lanhoso a partilhar experiências, dicas, dúvidas e a oferecer apoio. A nossa filosofia passa por criar uma rede de suporte genuína, onde as mães se podem apoiar umas às outras e também encontrar ajuda especializada quando necessário, sempre com empatia e personalização, num momento tão transformador e, por vezes, solitário como a maternidade. Que conselhos daria a uma mãe que se sente insegura na sua experiência com a amamentação e os primeiros meses do bebé? Primeiro de tudo, é importante que saiba que não está sozinha. A maternidade, especialmente nos primeiros meses, é um desafio para muitas mães, e sentir-se insegura é completamente normal. A amamentação, por exemplo, pode ser uma experiência complexa, e cada mãe e bebé têm as suas próprias necessidades. Ser mãe não é inato. Não se aprende tudo imediatamente, e a sociedade muitas vezes coloca uma pressão enorme sobre as mulheres, esperando que saibam tudo desde o início. Mas, na realidade, ser mãe é um processo de aprendizagem contínuo, e cada bebé tem um ritmo próprio. O meu principal conselho é não ter medo de pedir ajuda. Se houver dificuldades com a amamentação ou qualquer outra área da maternidade, há sempre soluções e, mais importante, há ajuda especializada disponível. Muitos problemas podem ser resolvidos com o acompanhamento adequado, seja de uma consultora de amamentação, de uma pediatra ou de uma terapeuta especializada. A ajuda deve ser sempre empática e adaptada às necessidades de cada mãe, sem julgamentos ou abordagens rígidas. E, acima de tudo, não se culpe. A maternidade é uma jornada única, com altos e baixos, e não existe uma forma certa ou errada de ser mãe. O importante é procurar apoio sempre que necessário e lembrar-se de que toda mãe precisa de ajuda, e isso é algo natural e positivo. Morada: Rua Paixão Bastos 293, 4830-551 Póvoa de Lanhoso Instagram: @aclinicamaterna “Sem o sabermos, já estamos a incutir bons hábitos no útero. O nível de atividade física da mãe influencia o desenvolvimento motor do bebé” “A forma como os pais se alimentam antes da conceção pode influenciar a genética do bebé e das gerações que se seguem”
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