CLÍNICAS DENTÁRIAS “A Medicina Dentária e a Harmonização Facial estão a mudar. As pessoas querem sentir-se bem consigo mesmas, sem parecerem artificiais” By Revista Spot | Junho 8, 2025 Junho 8, 2025 Share Tweet Share Pin Email Desde muito cedo, a Medicina Dentária não foi apenas uma escolha profissional para Diana Rodrigues, mas uma verdadeira paixão nascida de uma relação íntima com o próprio sorriso. A sua própria história pessoal fê-la perceber que o sorriso é muito mais do que uma questão estética: é a chave para a autoestima, a confiança e a forma como nos mostramos ao mundo. Este olhar sensível e humanizado levou-a a especializar-se em Harmonização Orofacial. Para Diana, cada rosto é uma obra única, carregada de histórias, emoções e identidade. “A harmonização facial é uma arte delicada que realça a beleza natural, respeita a singularidade de cada rosto e valoriza traços que contam histórias e expressam emoções. É um cuidado que reflete amor-próprio e bem-estar interior, mas, acima de tudo, um convite para nos olharmos com mais carinho ao espelho”, garante. O que é que a levou a escolher a Medicina Dentária como profissão e a especializar-se, posteriormente, em Harmonização Orofacial? Desde muito jovem, sonhava ser médica dentista. Tudo começou com um certo receio de ir a uma clínica dentária e não gostar dos meus dentes. Com o tempo, passei a cuidar deles com dedicação e, paradoxalmente, a adorar ir à clínica. Antes de cuidar dos sorrisos dos outros, precisei de cuidar do meu. Sei bem o que é não gostar do reflexo no espelho e o que significa adaptar a nossa expressão para esconder a dor ou a vergonha. Isso ensinou-me que um sorriso é muito mais do que estética: é autoestima, é confiança, é a nossa presença no mundo. Foi assim que nasceu a minha paixão pela Medicina Dentária, com um olhar que vai para lá da técnica, com a vontade de devolver segurança, leveza e identidade a quem se sente perdido de si próprio. Cresci a sentir que havia um caminho tradicional, uma forma já traçada de viver e cuidar, mas algo dentro de mim sabia que queria fazer diferente. Não queria apenas “tratar sintomas”, queria ajudar a transformar, a trazer equilíbrio, consciência e verdade ao cuidado com o corpo, a saúde e a vida. Esse foi o primeiro grande momento de viragem: perceber que a minha missão era romper com padrões antigos e criar uma nova forma de olhar para a saúde, mais humana, íntegra e pessoal. Ser mãe foi o meu segundo nascimento. Trouxe-me coragem para olhar a minha vida com mais verdade e perguntar-me: como quero realmente viver? A maternidade despertou em mim o desejo de liberdade, de tempo, de presença, de escolhas mais conscientes, e reforçou a minha base: construir uma vida com espaço para cuidar, criar e estar. A minha marca pessoal nasce também daí: do desejo de viver alinhada, para poder inspirar outras mulheres a fazerem o mesmo. O sorriso é muitas vezes associado à estética, mas tem impacto na saúde, na mastigação, na fala e no bem-estar emocional. De que forma um sorriso alinhado pode melhorar a qualidade de vida? A qualidade de vida está profundamente ligada ao aspeto dentofacial. Um sorriso bem alinhado facilita a higiene oral, prevenindo cáries, gengivites e outras doenças que, se não tratadas, podem afetar a saúde do corpo como um todo. Além disso, melhora a mastigação, o que ajuda na digestão e evita dores nos maxilares, muitas vezes associadas a desalinhamentos que nem sempre percebemos. Na fala, os dentes têm um papel fundamental. Sons como “s”, “f” ou “t” dependem da relação harmoniosa entre dentes, língua e lábios. Um desalinhamento pode prejudicar a pronúncia e causar insegurança ao comunicar. E, claro, há o impacto emocional. Sentir-se confortável com o próprio sorriso transforma a forma como a pessoa se vê e se apresenta ao mundo, aumentando a autoconfiança, melhorando as relações sociais e até elevando o humor. Por isso, cuidar do sorriso e da face é cuidar da saúde na sua globalidade. Existe realmente um “sorriso perfeito” ou estamos a caminhar para uma estética mais personalizada, que respeita o formato dos dentes, o contorno labial e a harmonia do rosto de cada pessoa? Acredito profundamente que a Medicina Dentária e a estética facial estão a passar por uma transformação muito positiva. Cada vez mais, caminhamos para um atendimento verdadeiramente individualizado. Hoje em dia, os pacientes procuram algo que vá para além dos “dentes perfeitos” ou dos “sorrisos padrão”. Querem naturalidade, equilíbrio e autenticidade. As pessoas querem sentir-se bem consigo próprias, sem parecer artificiais ou desconectadas da sua identidade. A estética dentária e facial atual respeita o formato único de cada rosto, o contorno natural dos lábios e a expressão individual de cada sorriso. Já não se trata de termos todos o mesmo tipo de sorriso, mas sim de realçar, de forma subtil e harmoniosa, aquilo que cada pessoa tem de mais bonito. Na minha prática clínica, foco-me em tratamentos que respeitam essa individualidade, desde o alinhamento dentário, passando pelo branqueamento, até à harmonização facial, sempre com o objetivo de valorizar a beleza natural e melhorar a função, sem exageros. A Medicina Estética Dentária evoluiu bastante. Hoje utilizamos técnicas minimamente invasivas, cada vez mais seguras, que se integram perfeitamente com a anatomia facial. Porque um sorriso bonito não é feito só de dentes brancos e alinhados, é o resultado da harmonia entre lábios, expressão, personalidade e autoestima. O branqueamento dentário continua a ser um dos tratamentos mais procurados. O que devemos ter em conta antes de fazer um branqueamento e como evitar danos no esmalte e sensibilidade? Vivemos numa era em que a imagem tem um impacto muito grande e o sorriso é, muitas vezes, o nosso primeiro cartão-de-visita. O branqueamento dentário oferece uma forma rápida, eficaz e segura (quando bem indicado) de melhorar a aparência do sorriso, sem recorrer a tratamentos invasivos. Muitas vezes é o toque final num plano de tratamento ou uma forma de renovar a autoestima. No entanto, existem alguns mitos associados ao branqueamento. Por exemplo, muita gente pensa que “o branqueamento enfraquece os dentes”. Isso não é verdade, desde que o tratamento seja realizado por um médico dentista, com supervisão profissional. O que pode acontecer, em alguns casos, é uma sensibilidade temporária, que é controlável e reversível. Outro mito comum é acreditar que as pastas branqueadoras têm o mesmo efeito. Na verdade, os produtos vendidos sem prescrição geralmente contêm uma concentração muito baixa de agentes branqueadores, o que limita os resultados. Além disso, algumas pastas contêm partículas abrasivas que, com uso prolongado, podem desgastar o esmalte. Antes de fazer um branqueamento, é fundamental realizar uma consulta de avaliação profissional. O médico dentista deve verificar a saúde geral da boca, a presença de cáries, gengivite, restaurações antigas ou sensibilidade pré-existente. Branquear dentes que apresentam problemas pode agravar a situação. Para evitar danos e sensibilidade excessiva, é essencial seguir os cuidados pós-tratamento recomendados, como evitar alimentos muito pigmentados nos primeiros dias e manter uma higiene oral rigorosa para prolongar os resultados. Só um médico dentista pode garantir o uso de produtos aprovados, com concentrações seguras, e aplicar as técnicas corretas. Evitar soluções caseiras ou “milagrosas” da internet é fundamental para não causar danos irreversíveis. A melhor forma de prevenir a sensibilidade excessiva passa por usar produtos com agentes dessensibilizantes durante e após o tratamento, respeitar os tempos recomendados de aplicação, optar por um acompanhamento personalizado que adapte o tratamento ao nível de sensibilidade de cada paciente e nunca repetir o branqueamento em intervalos curtos sem orientação profissional. O chamado “sorriso gengival” é um desconforto comum, mas pouco falado. Em que casos vale a pena corrigi-lo e que técnicas existem hoje para tratar este tipo de sorriso? O “sorriso gengival” acontece quando a gengiva fica demasiado visível ao sorrir, e embora seja uma condição bastante comum, ainda é pouco abordada. Na maior parte das vezes, não representa um problema de saúde, mas pode causar um grande desconforto a nível estético e afetar a autoestima de quem o tem. Vale a pena considerar a correção do sorriso gengival sobretudo quando este se torna uma fonte de insegurança, interfere na confiança pessoal ou no bem-estar emocional. Além disso, em algumas situações, pode estar associado a questões funcionais, como um crescimento excessivo da gengiva ou problemas na forma como os dentes encaixam ao fechar a boca. Atualmente, existem várias técnicas atuais e seguras que permitem tratar este tipo de sorriso de forma eficaz e minimamente invasiva. Entre elas, destaca-se a aplicação de toxina botulínica, mais conhecida como botox, que ajuda a controlar a elevação exagerada do lábio superior ao sorrir. Para quem apresenta um contorno gengival irregular ou em excesso, a gengivoplastia, que é uma pequena cirurgia para remodelar a gengiva, pode ser indicada. Nos casos mais complexos, onde há desarmonias ósseas, a cirurgia ortognática pode ser uma solução, corrigindo a estrutura facial que influencia o sorriso. Em alguns casos, o tratamento pode ainda incluir a colocação de restaurações estéticas ou facetas dentárias, que ajudam a equilibrar o conjunto do sorriso. Como cada sorriso é único, a avaliação personalizada é fundamental para definir qual a melhor abordagem para cada pessoa, sempre com o objetivo de preservar a naturalidade e a harmonia facial. O que é exatamente a Harmonização Orofacial? Para além da estética, que benefícios terapêuticos podem ser alcançados com estes procedimentos? A Harmonização Orofacial é um conjunto de procedimentos que combinam técnicas estéticas e terapêuticas para promover o equilíbrio e a valorização da harmonia do rosto, respeitando sempre a anatomia e as caraterísticas individuais de cada pessoa. Não se trata apenas de melhorar a aparência, mas também de oferecer benefícios que influenciam a função e o conforto do paciente no dia a dia. Por exemplo, a aplicação de toxina botulínica pode aliviar dores associadas à articulação temporomandibular (ATM), uma queixa comum que afeta muitas pessoas. Além disso, estes procedimentos podem ajudar a reduzir o bruxismo e o apertamento dentário, que são hábitos prejudiciais que, se não tratados, podem causar desgaste dentário e dores musculares. A harmonização pode também corrigir assimetrias faciais que prejudicam a mordida ou alteram a expressão do rosto, contribuindo para um equilíbrio funcional e estético. Outro benefício importante prende-se com a melhoria da função dos lábios, especialmente em casos de sorriso gengival ou quando há flacidez ao redor da boca, proporcionando um aspeto mais rejuvenescido e uma melhor expressão facial. Assim, a Harmonização Orofacial vai muito além da estética, integrando saúde, conforto e bem-estar num único tratamento pensado à medida de cada pessoa. A Harmonização Orofacial tem vindo a evoluir com técnicas cada vez mais sofisticadas e menos invasivas. Quais são, atualmente, os procedimentos mais procurados e que benefícios trazem? Na minha prática clínica, o procedimento que tem ganhado maior destaque e procura é, sem dúvida, o PRF/PRP, ou seja, o plasma rico em fatores de crescimento. Uma das suas grandes vantagens é o facto de ser um tratamento autólogo, retirado do próprio sangue do paciente, o que elimina qualquer risco de rejeição. Este plasma é aplicado imediatamente para regenerar os tecidos e revitalizar a pele, promovendo resultados muito naturais. Os benefícios são muitos, destacando-se uma pele mais saudável, com maior firmeza e uma aparência naturalmente revitalizada. Outro tratamento que tem sido bastante requisitado são os fios de PDO, que funcionam como um lifting facial não cirúrgico. Estes fios são absorvíveis e têm a capacidade de sustentar a pele enquanto estimulam a produção de colagénio. O resultado é um efeito lifting imediato, sem necessidade de cirurgia, com uma melhoria progressiva da firmeza e da textura da pele ao longo do tempo. O preenchimento labial tornou-se uma tendência popular, mas como garantir resultados harmoniosos, evitar riscos e perceber quando se ultrapassa o bom senso estético? Tudo começa numa avaliação cuidada e personalizada. Cada rosto é único e é essencial analisar o formato facial, a proporção dos lábios em relação ao restante rosto e o equilíbrio global dos traços. Um bom preenchimento labial não tem como objetivo transformar, mas sim realçar e valorizar o que já existe. Por isso, a escolha de um profissional qualificado é fundamental. O sucesso do procedimento depende muito da experiência, do conhecimento anatómico e do sentido estético do especialista, que devem garantir a segurança e a naturalidade do resultado. Além disso, a qualidade dos produtos usados é determinante. Utilizar ácido hialurónico de marcas reconhecidas e seguras minimiza riscos como rejeições, nódulos ou assimetrias. E, em termos de técnica, o princípio do “menos é mais” aplica-se na perfeição: o preenchimento deve ser feito de forma gradual, pois muitas vezes resultados discretos e bem equilibrados causam um impacto muito mais positivo do que grandes volumes aplicados de uma só vez. Sabemos que o limite do bom senso estético foi ultrapassado quando surgem lábios desproporcionais ao rosto, falta de mobilidade natural, contornos exagerados ou um aspeto artificial que elimina a expressão natural. Nesses casos, o objetivo inicial, realçar a beleza natural, é perdido. O papel do profissional passa também por educar e orientar o paciente, ajudando-o a manter a harmonia facial e evitando excessos. Quando planeado e executado com consciência e cuidado, o preenchimento labial realça a beleza de forma elegante e natural, complementando sem transformar. Muito se fala no Botox preventivo como forma de travar o envelhecimento. Em que situações recomenda a sua aplicação? E que outros usos terapêuticos pode o Botox ter, para além das rugas? O Botox preventivo tem vindo a ganhar muita atenção, e com razão. A toxina botulínica não serve apenas para atenuar rugas já instaladas, mas também para prevenir que linhas finas de expressão se tornem marcas profundas e permanentes, ajudando assim a manter a pele com um aspeto mais jovem por mais tempo. Recomendo a sua aplicação quando observo que o paciente, mesmo ainda jovem, começa a manifestar linhas dinâmicas, ou seja, aquelas que surgem com gestos como sorrir, franzir a testa ou apertar os olhos, mas que ainda não são visíveis em repouso. Nestas situações, uma aplicação controlada e personalizada reduz a contração muscular excessiva, prevenindo o agravamento dessas marcas. Não existe uma idade fixa para iniciar este tratamento, pois cada pessoa é única; contudo, geralmente começa-se a considerar o Botox preventivo a partir dos 25 ou 30 anos, quando os sinais de expressão se tornam mais evidentes. O objetivo nunca é “congelar” as expressões, mas sim preservar a naturalidade e retardar o envelhecimento precoce. Para além do seu uso estético, o Botox tem várias aplicações terapêuticas importantes. É eficaz no tratamento do bruxismo e do apertamento dentário, ajudando a reduzir a força dos músculos responsáveis pela mastigação, o que alivia dores e protege os dentes. Também é utilizado para tratar dores na articulação temporomandibular, enxaquecas e cefaleias tensionais, e pode corrigir o sorriso gengival, controlando a elevação excessiva do lábio superior. Estas aplicações demonstram como o Botox é uma ferramenta versátil que vai muito para além da estética. Vivemos numa era de filtros e redes sociais. Como orientar os pacientes que chegam com referências idealizadas a encontrar equilíbrio, beleza e autoestima sem perderem a sua identidade natural? De facto, vivemos numa época dominada pelos filtros e pela edição digital, onde a imagem perfeita, simétrica e altamente manipulada se tornou quase um padrão a seguir. Muitas vezes, os pacientes chegam ao consultório com expectativas baseadas em imagens idealizadas que não correspondem à realidade. O meu papel é ajudá-los a reconhecer e valorizar a sua beleza real, respeitando sempre a sua identidade, a sua expressão única e a naturalidade que os define. Para isso, começo por ouvir com atenção e empatia o que o paciente sente e deseja, porque só assim consigo oferecer uma resposta que seja genuinamente individualizada. Explico sempre a diferença entre a imagem filtrada que todos veem nas redes sociais e a realidade anatómica de cada rosto, pois a perfeição absoluta simplesmente não existe. A partir dessa análise detalhada, proponho planos personalizados e realistas, focados em valorizar os traços mais fortes de cada pessoa, com resultados subtis e harmoniosos que preservem a expressão natural. O meu foco está na autoestima, não apenas na aparência estética. Quando os tratamentos são feitos com consciência, o impacto vai muito além do espelho: promovem uma maior autoconfiança, bem-estar e uma relação mais positiva com a própria imagem, sem a necessidade de se tentar parecer com alguém. A verdadeira harmonização está em realçar o melhor de cada pessoa, sempre com equilíbrio, naturalidade e bom senso. É esta filosofia que sigo em cada consulta: cuidar da aparência com responsabilidade, mas também proteger e fortalecer a autoestima e a identidade de cada paciente. Instagram: @diana.rodriguesferreira “No nosso cólon vivem 100 mil vezes mais bactérias do que pessoas no planeta. Não somos só o que comemos, somos também o que as bactérias no nosso corpo fazem com os alimentos que consumimos” “A Terra Pura é o colo seguro que apoia física e emocionalmente as mães, base do bem-estar do bebé e da família”
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