“A Janes é, sobretudo, uma experiência”

Um exercício de sentidos

Dentro de portas já coexistem amigavelmente as coleções Primavera/Verão e Outono/Inverno. É um exercício simultâneo de racionalidade, intuição e emoção, aquele que precede a escolha de cada coleção. A lógica dita as primeiras regras do jogo, estabelecendo as bases sólidas sobre as quais a coleção será construída. Mas existe um sexto sentido, muitas vezes inexplicável, que leva à antecipação.

“A emoção liga o criador ao cliente final, criando uma experiência visceral e pessoal. É a emoção que faz com que uma peça de roupa se torne mais do que um objeto funcional, transformando-a numa extensão da identidade e uma expressão de quem somos. Procuramos trazer essa bonita soma de estados de espírito para cada coleção”, refere João.

Uma heterogeneidade de respostas

A moda é universal porque fala a todos nós. É uma celebração da diversidade e da unidade, uma área onde cada pessoa se pode encontrar e expressar livremente. “Todos partilhamos o desejo de sermos vistos, reconhecidos e, acima de tudo, compreendidos e a Janes abraça esse dogma. Sempre procuramos ser essa força transversal, que oferece a todos a oportunidade de expressarem a sua individualidade, seja um adolescente ou uma pessoa com 90 anos”, sublinha o responsável.

Escrever o que ainda não foi escrito

João nunca quis que este fosse um conceito comum. É loja de roupa, mas cada vez mais uma concept store que conquista quem a visita, mesmo quem vem do outro lado do mundo e está habituado a disrupção. Em breve, promete surpreender-nos de novo com uma futura reestruturação da loja de homem, que vai ser um elogio à arte e ao design, como a Janes já nos tem vindo a habituar. Uma verdadeira ‘pièce de résistance’ na cidade. “Mais do que uma loja, sempre quisemos ser um espaço onde a moda se reinventa e se entrelaça com a arte, a cultura e a inovação”, salienta João.

Um elogio ao slow fashion

Celebrar o slow fashion é valorizar a história por detrás de cada peça e reconhecer o esforço dos artesãos e designers que colocam o seu coração e a sua alma em cada criação. 

“Nos últimos anos, o conceito de sustentabilidade tem ganho uma importância crescente na alta costura. A alta costura ensina-nos que a verdadeira elegância é eterna e que, ao valorizar a qualidade e a sustentabilidade, também valorizamos o futuro. Guardar uma peça de alta costura é mais do que conservar um item de vestuário, é preservar uma parte da história da moda, uma peça que tem o poder de se tornar um legado”, evidencia.

Paixão. É essa a palavra que melhor define esta loja que já atravessa gerações. Um lugar de encontros onde, simultaneamente, temos a oportunidade de sermos nós livremente mas, também, de nos descobrirmos um pouco mais enquanto pessoas. “Em cada contacto, há um potencial para criar uma pequena, mas significativa, mudança na vida de alguém, refletindo a beleza intrínseca das relações que nos ligam”, conclui João Esteves da Silva. 

Podia ser em Paris, Milão, Londres, Nova Iorque, ou Tóquio, mas Braga teve a sorte de a descobrir. Uma Janes madura, intemporal, única e irrepetível, que nos ensina que uma determinada escolha só faz sentido se provocar uma boa mudança em nós.