Medicina Estética “A integração entre medicina estética e medicina integrativa mostra-nos que o healthy aging é o novo anti-aging” By Revista Spot | Outubro 5, 2025 Outubro 5, 2025 Share Tweet Share Pin Email A medicina estética do futuro já acontece no presente e Sofia Neves Domingues é um dos seus rostos. Segundo a médica, cada corpo carrega uma biografia única, e respeitá-la é o primeiro passo para qualquer intervenção. Na sua prática, a medicina estética e a medicina integrativa dialogam e revelam que a pele é um espelho daquilo que se passa no nosso corpo, da saúde hormonal ao sono, da microbiota intestinal ao stress, da nutrição ao estilo de vida. “Já não falamos em parar o tempo, mas em viver cada fase da vida com energia e equilíbrio. A beleza real nasce do equilíbrio global”, defende. A sua abordagem é disruptiva: valoriza o healthy aging, em vez do anti-aging, e defende que envelhecer com saúde e naturalidade é mais importante do que perseguir padrões artificiais. Ao dizer “não” a excessos, Sofia Neves Domingues lembra-nos que estética também é ética. Porque, no final, a maior conquista não é um rosto sem rugas, mas uma vida com presença, confiança e vitalidade, reflexo autêntico de quem somos em cada fase. Como é que a medicina estética e a medicina integrativa se encontram na sua prática diária e de que forma essa união lhe permite respeitar a história e o ritmo de cada corpo? Na minha prática, a medicina estética e a medicina integrativa não estão em lados opostos, são complementares. A estética permite-me intervir no visível, mas a integrativa dá-me as ferramentas para respeitar a história de cada corpo, o seu ritmo biológico e os fatores silenciosos que influenciam a pele e o envelhecimento. Não vejo o doente apenas como uma pele a tratar, mas como um todo, onde genética, hormonas, stress e estilo de vida marcam presença. Na sua avaliação inicial, que marcadores considera indispensáveis para personalizar um plano? Na primeira consulta, não consigo dissociar a pele da história de vida. Olho para marcadores cutâneos (textura, elasticidade, hidratação), mas também para hábitos de vida, padrões hormonais, qualidade do sono, historial estético entre outros. Estes dados são indispensáveis para desenhar um plano verdadeiramente personalizado e sustentável. Falamos muito de ‘anti-aging’, mas hoje discute-se mais ‘healthy aging’. Na sua visão, como é que a medicina estética pode ser parte de um envelhecimento saudável e não apenas de uma resposta estética? Mais do que ‘anti-aging’, acredito em ‘healthy aging’: não passa por parar o tempo, mas por envelhecer com saúde, energia e naturalidade. A medicina estética tem aqui um papel central, porque não só melhora a aparência, mas também previne fragilidades físicas e emocionais associadas ao envelhecimento. Cada vez mais se fala de tratamentos regenerativos. Qual é o papel destas abordagens na prevenção? Os tratamentos regenerativos, como os bioestimuladores, o PRP ou as terapias celulares, deixaram de ser apenas soluções corretivas. Hoje, são verdadeiros aliados da prevenção, porque estimulam o corpo a produzir colagénio, melhoram a vascularização e reativam funções celulares que tendem a abrandar com o tempo. Trata-se de medicina preventiva colocada ao serviço da estética, com impacto direto na saúde e no envelhecimento saudável. Estes procedimentos já não são apenas para “apagar rugas”. Que novas aplicações médicas e funcionais estão a surgir e como as integra na sua prática? Hoje a toxina botulínica e os preenchimentos ultrapassam o estigma do ‘apagar rugas’. Corrijo sorrisos gengivais, assimetrias subtis e até condições como hiperidrose. Estas aplicações devolvem conforto e confiança ao doente, indo muito além do aspeto estético. No caso da flacidez, quais são hoje as tecnologias não invasivas mais eficazes e como escolhe a mais adequada a cada corpo? Na flacidez, utilizo tecnologias como radiofrequência, ultrassons microfocados e laser. A escolha depende da idade, qualidade tecidular e do grau de flacidez. Cada corpo pede uma estratégia própria, não acredito em protocolos rígidos. Quando a gordura localizada resiste mesmo com bons hábitos, como conjuga a tecnologia estética com a leitura metabólica do doente? Quando a gordura localizada persiste, mesmo com bons hábitos, avalio se estamos perante uma questão puramente estética ou se há um desequilíbrio metabólico por trás. Muitas vezes cruzo tecnologia com investigação médica, porque só tratar a superfície não resolve se houver outra causa subjacente. Na queda de cabelo, hoje fala-se de múltiplas abordagens. Como define com cada paaciente a estratégia e os objetivos realistas de densidade e saúde capilar? Na queda de cabelo nunca há uma única resposta. Combino desde terapias tópicas e PRP até suplementação e terapia medicamentosa e correção de défices nutricionais ou hormonais. O mais importante é alinhar expectativas realistas com cada doente: não prometo milagres, mas sim evolução visível e sustentável da saúde capilar. Cada vez mais jovens procuram prevenção antes dos 40. Como atua sobre fatores ‘invisíveis’? Nos mais jovens, a prevenção não passa apenas por procedimentos estéticos. Olho para a inflamação silenciosa, glicação, stress oxidativo, saúde intestinal e hormonas. Controlar estes fatores invisíveis permite manter a pele saudável, tolerante e resiliente, muito antes de surgirem sinais visíveis de envelhecimento. Num cenário de “antes e depois” nas redes, como educa para evitar a o excesso de procedimentos e a dismorfia corporal? O ‘antes e depois’ das redes sociais distorce a perceção da beleza real. Na minha prática, digo ‘não’ sempre que um pedido colide com a naturalidade ou com a saúde do paciente. Trabalho com critérios objetivos: proporções, harmonia facial, qualidade da pele e nunca cedo a modas passageiras que possam gerar dismorfia ou arrependimento. De que forma a medicina estética Integrativa pode ajudar a promover autoestima e bem-estar emocional, sem alimentar padrões irrealistas? A estética pode ser uma porta para autoestima e bem-estar emocional, mas nunca deve alimentar padrões irrealistas. A abordagem integrativa permite-me ajudar a pessoa a sentir-se melhor consigo própria, sem a aprisionar em comparações. Estar confortável na sua própria pele é um ato pleno de saúde mental. Se tivesse de destacar apenas uma tendência que vai marcar o futuro da medicina estética nos próximos cinco anos, qual seria? E qual o papel da visão integrativa nesse futuro? Se tivesse de destacar uma tendência para os próximos cinco anos, apontaria a estética regenerativa. A visão integrativa será essencial aqui, porque não basta aplicar uma técnica, é preciso preparar o corpo internamente para responder. A estética do futuro será cada vez mais biológica e personalizada. Sabemos que a pele reflete o equilíbrio global do corpo. Que pilares integrativos têm maior impacto na longevidade da pele e na durabilidade dos resultados estéticos? São a base silenciosa de qualquer resultado estético. Sem sono reparador, nutrição equilibrada, gestão de stress, hormonas estáveis e movimento regular, nenhum procedimento terá resultados duradouros. Instagram: @dra.sofiadomingues “O ombro e o cotovelo são engenharia viva, cada cirurgia bem-sucedida devolve ao corpo a liberdade perdida” “Com a cirurgia metabólica passei de nutricionista a paciente e vivi na pele o peso dos estigmas da obesidade”
Medicina Estética Protegido: “Quiet Beauty”: a nova estética que está a redefinir o envelhecimento com naturalidade Não existe excerto porque se trata de um artigo protegido.
Medicina Estética / Medicina geral e Familiar “A ‘quiet beauty’ celebra a beleza autêntica e subtil, sustentada por hábitos saudáveis e bem-estar emocional” Cada pessoa tem um percurso único de envelhecimento, marcado pela sua genética, mas muito influenciado pelas suas escolhas de vida….
Medicina Estética “A Medicina Estética, a Medicina Integrativa, a Reposição Hormonal e a Medicina Capilar estarão cada vez mais interligadas, desenhando um novo paradigma de saúde” Durante décadas, a medicina estética prometeu juventude. Hoje, promete algo maior: vitalidade, equilíbrio e longevidade. Ana Isabel Leal, médica com…