BELEZA/ESTÉTICA Joana Parente Medicina Estética: Hábitos ou genética, o que influencia mais o envelhecimento da pele? By Revista Spot | Julho 31, 2023 Agosto 4, 2023 Share Tweet Share Pin Email Fatores ambientais e comportamentais podem ter influência no cronoenvelhecimento e no fotoenvelhecimento da pele. Médica de formação, com pós-graduação em Medicina Estética, Joana Parente explica a diferença entre estes dois conceitos e alerta para a importância da prevenção e da sensibilização para os cuidados com a pele desde os primeiros anos de vida… O que distingue cronoenvelhecimento e fotoenvelhecimento da pele? Há dados que demonstram que cerca de 80% dos sinais de idade na nossa pele estão relacionados com fatores externos e que apenas, cerca de 20% ou menos, se devem a fatores intrínsecos. O fotoenvelhecimento é o envelhecimento da pele causado pela exposição repetida à radiação ultravioleta (UV), principalmente do sol, mas também de fontes artificiais de luz. Um produto indispensável numa rotina de skincare anti-aging é o protetor solar que deve ser um hábito diário, 365 dias por ano e não apenas no verão. Além do protetor solar, outro grupo de ativos fundamental são os antioxidantes com a capacidade de neutralizar os efeitos nefastos dos radicais livres na nossa pele. Já o cronoenvelhecimento tem a ver com o envelhecimento intrínseco da pele, relacionado essencialmente com a nossa genética e o nosso estilo de vida. Uma ação contra o cronoenvelhecimento depende essencialmente da adoção de estilos de vida mais saudáveis, uma alimentação equilibrada, prática de exercício físico e uma boa higiene do sono. A skincare é uma das grandes aliadas para uma pele saudável? Sem dúvida. Recebo pacientes de todas as idades com preocupações estéticas, mas, cada vez, mais de saúde. Para além de promover uma pele mais saudável, a skincare potencia a ação de qualquer procedimento estético. Existe imenso marketing associado à dermocosmética e o resultado disso é, muitas vezes, a desinformação. As pessoas compram produtos em excesso e não os aplicam da forma correta. A saúde é sempre o melhor padrão a seguir. É preferível uma pele com um aspeto saudável, do que uma pele ‘massacrada’ com produtos anti-aging. Uma rotina minimalista deve seguir, pelo menos, três passos: lavar o rosto de manhã e à noite com um produto adequado, hidratar de manhã e à noite com um creme adaptado às necessidades de cada tipo de pele e utilizar e reaplicar protetor solar durante o dia. Numa primeira consulta, criamos toda uma rotina adequada ao tipo de pele e à patologia de cada pessoa. Os cuidados com a pele devem ser iniciados numa idade precoce numa ótica preventiva? Acompanho ao longo do ano os grandes congressos e formações na área da Medicina Estética e no último em que participei, falava-se do cronoenvelhecimento na gestação. Ou seja, durante a gravidez, tudo aquilo a que a mãe se expõe vai influenciar toda a formação do feto, condicionando, inclusive, o tipo de pele, a sensibilidade a determinados produtos, alergias, etc. Os cuidados de skincare devem começar na infância com a hidratação e a aplicação protetor solar. Devemos incutir nas crianças estes hábitos saudáveis para com a pele. A prevenção permite-nos chegar a uma idade mais avançada com mais saúde cutânea. Porque devemos usar um protetor solar adequado ao nosso tipo de pele? Cada tipo de pele tem os seus requisitos, mas a nossa pele varia também ao longo do ano. Por esse motivo, devemos ir adequando o protetor solar não só ao nosso tipo de pele, mas também ao estado e às necessidades da nossa pele no momento. Hoje em dia encontramos protetores solares com ação anti-aging, anti-manchas, oil-free, ou adequados, por exemplo, a peles sensíveis. O fator de proteção solar deverá ser sempre FPS 50 para corpo e rosto. Atualmente, existem também protetores solares, que protegem contra a luz invisível e a luz azul dos ecrãs à qual estamos diariamente sujeitos. Que cuidados devemos ter com a pele no Verão para além do protetor solar? O protetor solar é fundamental. Mas tão importante como a aplicação de protetor solar é a sua reaplicação, não só no rosto, mas em todas as zonas expostas. Existem hoje imensas soluções no mercado, desde brumas, sticks, pincéis com FPS 50. É fundamental reforçar a proteção no Verão, altura em que aumentam os índices de raios UV. Outra dica boa é o uso de água termal, porque hidrata e baixa a temperatura da pele, proporcionando mais conforto. A não esquecer nesta checklist de verão está também o aumento da ingestão de água nos dias de maior calor. Por onde passam as grandes tendências de anti-aging da atualidade? Vamos evoluir no futuro no sentido de investigar desde o DNA até o metabólito, ou seja, a minúscula molécula produzida pela atividade da célula, revertendo os sinais da idade. Em termos de procedimentos minimamente invasivos, os lasers, ultrassons e a radiofrequência microagulhada têm vindo a conquistar resultados cada vez mais interessantes na base da prevenção, antes de avançarmos para tratamentos mais invasivos. Quais são os tratamentos médico estéticos mais procurados? Claramente o Discovery Pico, gold standard no tratamento eficaz das manchas, verdadeira referência a nível mundial, assim como os bioestimuladores de colagénio, quer em injetável, quer em ultrassom. Outro dos grandes aliados tem sido o Ulthera, uma tecnologia de ultrassom microfocado, totalmente não invasiva, capaz de tratar todas as camadas da pele, incluindo as mais profundas, promovendo um efeito lifting. Nos tratamentos menos invasivos, capazes de revelar resultados muito bons, temos o microagulhamento, fios PDO (polidioxanona), peelings e microinfusão de vitaminas, aplicação de toxina botulínica, preenchimentos com ácido hialurónico e ainda tratamentos corporais, como a mesoterapia abdominal. Seja qual for o procedimento, o princípio é mesmo: é na combinação da ação médica e de um estilo de vida saudável que reside a essência dos resultados harmoniosos que se prolongam no tempo. O rosto começa a dividir protagonismo com outras zonas do corpo nos cuidados anti-aging? Há uma procura transversal dos 20 aos 70 anos que não se limita apenas ao rosto. Cada vez mais pacientes procuram procedimentos em zonas como pescoço, decote, mãos e o corpo no geral. O tratamento da papada é um bom exemplo dessa preocupação. As causas mais comuns da papada são a acumulação de gordura, a flacidez cutânea e o retrognatismo mandibular – quando o osso da mandíbula não acompanha o osso maxilar, o que visivelmente se traduz no queixo para trás com ausência de suporte da zona submandibular -. De acordo com a causa, o tratamento da papada é diferente, variando entre agentes lipolíticos, bioestimuladores de colagénio, ultrassom microfocado (Ulthera) e preenchimento com ácido hialurónico na zona mandibular e mentoniana (queixo). Que impacto têm os procedimentos estéticos na autoestima e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes? São imensos os casos que vou acompanhando ao longo do tempo, com enormes repercussões na autoestima e na qualidade de vida dos pacientes, desde simples correções a intervenções um pouco mais invasivas relacionadas, por exemplo, com acidentes ou cirurgias. Realçar a beleza, retardar o envelhecimento, corrigir pequenas imperfeições, sim. Alterar a fisionomia e desrespeitar o corpo, seguindo padrões irreais de beleza, não. E é também por esta minha forma de estar na Medicina Estética que as pessoas me procuram. Acredito na harmonia das formas e nos resultados naturais. A verdadeira autoestima passa por aceitar e respeitar as nossas caraterísticas. Uma das nossas maiores missões enquanto profissionais é alertar para esta gestão de vontades e expectativas e, em conjunto com a paciente, chegar às melhores escolhas Existe hoje mais literacia em Medicina Estética? As pessoas estão mais informadas e consciencializadas? Acredito que existe hoje mais informação e pessoas informadas, fazem as melhores escolhas. Dos cuidados das patologias de pele em diferentes idades, ao diagnóstico, avaliação e tratamento de dismorfias faciais e corporais e de status de envelhecimento são muitas as áreas em que a Medicina Estética intervém. A Medicina Estética é uma subespecialidade médica e por isso deve ser praticada por um médico com formação em Medicina Estética. Devemos pensar na Medicina Estética como uma forma de responder com cuidado e naturalidade, às necessidades de determinada pessoa, com o máximo respeito pela sua anatomia e fisiologia, e fazendo sempre as melhores escolhas dos equipamentos utilizados. No meu consultório utilizo apenas equipamentos sujeitos a estudos científicos e aprovados pela Comissão Europeia e pela FDA. A abordagem em Medicina Estética deverá acontecer sempre numa lógica integrativa? Esse é um dos nossos princípios base. Cada caso clínico é antecedido por uma rigorosa avaliação que determina o protocolo de intervenção individual. A especialização conduz a resultados de excelência e por isso contamos atualmente com uma equipa multidisciplinar que permite abordar as necessidades do paciente como um todo, integrando, por exemplo especialidades como Ginecologia, Medicina Interna, Oftalmologia, Anti-aging e também Fisioterapia Especializada. O futuro da saúde passa por uma Medicina cada vez mais integrativa. Morada: Avenida da Liberdade, 424 Piso 5 – Sala 2, Braga Contacto: 961 343 974 Facebook: Clínica Drª Joana Parente Instagram: clinicadrajoanaparente A Dança que se reinventou com Lumière A Favorita de 1935 regressou à sua cidade
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