EMPRESAS & EMPRESÁRIOS/Sustentabilidade Recife: “É essencial investir em soluções que promovam a sustentabilidade do setor automóvel” By Revista Spot | Junho 22, 2023 Junho 22, 2023 Share Tweet Share Pin Email Reduzir o desperdício, reciclar, reutilizar e aumentar a circularidade do setor automóvel são parte das guidelines da gestão integrada de resíduos que a Recife tem vindo a implementar nos últimos anos. De acordo com Eduardo Carvalho, um dos responsáveis da empresa, os processos estão cada vez mais automatizados, tecnológicos e centrados numa política de ‘Zero Waste’. O presidente da Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN) alertou recentemente para o impacto da idade média do parque automóvel nacional. É urgente criar soluções? Sim. Investir em soluções de recuperação de veículos e promover a sustentabilidade no setor automóvel é fundamental para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, conservar recursos naturais, minimizar a poluição e impulsionar a inovação tecnológica. A Recife revê-se na estratégia internacional de aposta na economia circular, garantindo o aproveitamento integral de todos os veículos recebidos. A vossa capacidade de desmantelamento tem vindo a aumentar? A capacidade de desmantelamento tem vindo a aumentar ano após ano, mas essencialmente tem-se tornado mais eficaz. Ou seja, a melhoria na identificação das peças que estão em bom estado para serem revendidas e a análise de mercado de peças usadas, tem-nos proporcionado cada vez maior assertividade nas peças a desmantelar. O conceito baseia-se sempre no aproveitamento a 100% de todos os veículos: descontaminação do veículo, desmontagem das peças (sejam elétricas, mecânicas, chaparia, vidros, …), separação dos materiais recicláveis e depois, sim, o enfardamento como finalização do processo. O objetivo passa por caminhar de forma crescente para a recolha integral de todos os resíduos? Sim, o objetivo é mesmo esse. A Recife acompanha de perto as tendências mundiais de reaproveitamento e reciclagem dos materiais que compõem uma viatura, seja um motociclo, uma viatura de passageiros/mercadorias e mesmo veículos pesados. Hoje conseguimos reaproveitar e reciclar materiais como Metais, Plásticos, Vidros, Pneus e Fluidos. A recolha total de resíduos dos veículos envolve a desmontagem cuidadosa e a separação dos diferentes materiais presentes nos veículos. Esses materiais são, então, encaminhados para reciclagem e reutilização, de acordo com as regulamentações ambientais. A criação de mecanismos que possam tornar os materiais reciclados tão competitivos como os materiais virgens será uma das soluções para que cada vez mais empresas utilizem nas suas produções matéria-prima reciclada. A implementação de regulamentações e diretrizes ambientais tem contribuído para uma abordagem mais abrangente na gestão de resíduos? Claramente. A Recife tem procurado aumentar a taxa de reciclagem e reutilização de peças e componentes dos veículos, permitindo que partes ainda funcionais sejam recondicionadas e revendidas como peças de reposição. O objetivo final é maximizar a reciclagem, minimizar o despejo de resíduos em aterros sanitários e reduzir o impacto ambiental do setor automotivo, contribuindo para a sustentabilidade e a economia circular. Tudo o que possa ser reutilizado não tem de ser fabricado? A reutilização de peças tem uma vantagem clara para o ambiente, pois contribui para a conservação de recursos naturais, a redução de resíduos, a economia de energia, a redução de emissões de carbono e o estímulo da economia circular. Ao priorizar a reutilização, podemos minimizar o nosso impacto ambiental e trabalhar em direção a um futuro mais sustentável. Internamente, estudamos constantemente a possibilidade de reduzirmos a nossa pegada ecológica. A nossa frota automóvel é, sempre que possível, mantida com peças em segunda mão e estamos a avaliar a hipótese de tornar a empresa energeticamente autossustentável também. Consideram que são uma solução para as peças que já não se fabricam no mercado? Sim, as peças de automóveis recicladas têm inúmeras vantagens, desde a sustentabilidade ambiental, porque evitam o fabrico de novas peças a partir de matérias-primas virgens; possuem boa qualidade e desempenho, por estarem sujeitas a rigorosos processos de inspeção e testes de desempenho e segurança; além disso têm um preço mais acessível e permitem uma ampla disponibilidade e diversidade, abrangendo uma variedade de marcas e modelos de automóveis. Quantas peças dispõem atualmente em stock? A empresa tem trabalhado ao longo dos anos para aumentar o número de produtos em stock físico, sendo que atualmente dispomos no nosso portfólio mais de 135.000 peças catalogadas e fotografadas. Para isso necessitamos de criar sistemas de gestão de inventário sofisticados e automatizados de forma a garantir que todos os produtos são geridos eficientemente. Em breve, vamos realizar mudanças estruturais de forma a implementar a combinação de Tecnologia Avançada com Análise de dados e melhorias na prática de Gestão dos nossos quatro armazéns, espalhados pelo Norte do país. A procura por peças online aumentou? Sem dúvida, e o nosso site HYPERLINK “http://www.recife.com.pt”www.recife.com.pt é exemplo disso. Todos os produtos de que dispomos estão associados ao nosso número de Alvará onde consta uma prova exata de que viatura foi desmantelada determinada peça, qual o estado do produto apresentado, qual a marca e referência, entre muitos outros elementos. Quantos colaboradores tem atualmente a Recife e em que áreas? Neste momento, a família Recife conta com 61 colaboradores, distribuídos pela secção da venda de peças usadas e de gestão de resíduos. O vosso backoffice é uma importante ‘ponte’ com o consumidor? Sim, pretendemos informar cada vez melhor o consumidor e oferecer um bom suporte pós-venda. Manter o comprador informado permite que este faça escolhas informadas e tome decisões mais sustentáveis na compra de produtos ou serviços. Por outro lado, a relação de confiança é e mantida com base num bom suporte pós-venda. É para nós vital garantir a satisfação do cliente e fornecer soluções rápidas e eficientes para problemas ou dúvidas. Isso inclui informações sobre o uso adequado do produto, orientações sobre manutenção e reparo, e um canal de comunicação aberto para feedback e reclamações. Um suporte pós-venda eficiente demonstra o compromisso da empresa em atender às necessidades do cliente ao longo do tempo. O investimento contínuo em tecnologia e equipamento continuam a ser a vossa imagem de marca? Sim e pretendemos manter essa aposta no futuro. É essencial em prol do aumento da produtividade, melhoria da qualidade, redução de custos operacionais e por último, pela segurança e bem-estar dos nossos colaboradores. Estamos sempre atentos às tendências do mercado em que estamos inseridos. Nenhum projeto da Recife é dado como concluído, pois, acreditamos que existe sempre espaço para melhorar em todos os nossos processos. A plataforma de gestão de stocks é um desafio contínuo? O nosso processo está sempre em constante avaliação. A gestão do stock é um dos maiores desafios que este setor traz a quem o gere. Estamos sempre em busca permanente do equilíbrio entre satisfazer a procura de quem nos visita nos balcões físicos e o constante aumento da procura online. O futuro que desenhamos passa por conseguir ter o máximo de produtos desmontados, informatizados e fotografados, até porque temos bastante procura online e cada vez mais os custos de venda associados a peças ainda equipadas na viatura são elevados. A ARAN e outras associações do setor defendem a criação de um novo programa de abate de veículos, para retirar os carros mais velhos e mais poluentes de circulação. Concordam com esta decisão? A implementação de um programa de abate de veículos poderá promover a inovação tecnológica e a competitividade no setor automotivo, estimulando a produção e venda de veículos com tecnologias mais limpas e avançadas, como carros elétricos, híbridos e veículos com baixas emissões. Além disso, incentiva a economia circular, a reciclagem e a recuperação de materiais dos veículos em fim de vida útil, permitindo que os materiais sejam reutilizados e reintroduzidos na cadeia produtiva. E, por fim, mas não menos importante, carros mais antigos e poluentes tendem a ter tecnologias menos eficientes e sistemas de escape menos avançados. Retirar esses veículos de circulação por meio de um programa de abate pode ajudar a reduzir as emissões de gases poluentes, como dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e partículas finas. Isso contribui para melhorar a qualidade do ar e reduzir os impactos negativos na saúde humana e no meio ambiente. Morada: Rua do Regueiro Lote 5 – Zona Industrial de Sobreposta, 4715-553 Braga Contacto: 253 690 662 Facebook: Recife Peças Usadas Instagram: @recifepecasusadas www.recife.com.pt Volt-e: Tornar a mobilidade elétrica uma realidade ao alcance de todos Hoko Sushi: Quando o verdadeiro Japão nos eleva os sentidos
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