Arquitetura RD Arquitetos: A arte de projetar o futuro By Revista Spot | Janeiro 3, 2023 Janeiro 4, 2023 Share Tweet Share Pin Email Ser arquiteto é fazer do primeiro traço a projeção de um sonho. Ao viajarmos pelo portfólio dos 20 anos do RD Arquitetos percebemos que museus, escolas e habitações unifamiliares e tantos outros projetos são a soma de todos esses sonhos individuais e coletivos, mas principalmente esse antever de tendências e formas de viver do futuro, ou não fosse a arquitetura um caminho para novas vivências… 20 anos de projetos Le Corbusier dizia que a arquitetura é um estado de espírito e não uma profissão. Em criança o olhar curioso de Duarte Cunha já auscultava à distância as formas da cidade que o levariam a abraçar, anos mais tarde, a arquitetura. Do liceu à Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto foi um passo. Aprendeu e trabalhou com gabinetes de arquitetura de referência até abrir finalmente o seu, há cerca de 20 anos. “O arquiteto é acima de tudo um intérprete da realidade visível e não visível. Ele vê para lá do óbvio e desse exercício traz valor acrescentado para os projetos, numa fórmula entre a idealização e o pragmatismo, respondendo a cada programa e necessidade sem esquecer a importância de uma boa gestão de projeto. Um caminho que nunca deve ser solitário. Estes 20 anos são feitos sobretudo de diálogo e troca de ideias por parte de uma equipa entusiasmada e idealista de arquitetos e arquitetas do RD Arquitetos, em coordenação com todas as especialidades em obra. Só nesse acumular de perspetivas e conhecimentos se edifica o futuro.”, revela Duarte Cunha. “O edifício recorre à materialidade da região como a pedra, o xisto e a chapa, que nos remete para as antigas cubas de vinho e o percurso está construído em socalcos, lembrando a paisagem do Douro.” O concurso do Museu do Douro A cidade é feita de uma história que leva as pessoas a viajarem para conhecê-la, ponto de partida para o projeto do Museu do Douro, instalado na antiga casa da Companhia Geral de Agricultura das Vinhas do Alto Douro, na Régua. “Na altura foi um enorme orgulho vencer este concurso em que participaram alguns dos maiores gabinetes de arquitetura nacionais. Foi um desafio complexo e exigente o de converter a antiga casa num núcleo museológico. Mantivemos algumas marcas identitárias, como o antigo portão de entrada. O edifício recorre à materialidade da região como a pedra, o xisto e a chapa, que nos remete para as antigas cubas de vinho e o percurso está construído em socalcos, lembrando a paisagem do Douro. A grande ‘pièce de résistance’ é uma escada em caracol icónica em metal, verdadeiro desafio de engenharia, que separa o piso superior do piso inferior, criando um efeito cénico e a fluidez necessária para o visitante do museu. Sem perder a história tivemos de o tornar um edifício funcional e contemporâneo, adaptado às exigências dos nossos tempos.”, conta Duarte Cunha. Duas casas, diferentes identidades O trabalho da RD Arquitetos é, primeiro de tudo, um exercício de criatividade pura e as Casa JM e PMLC são a máxima materialização dessa ideia. Na primeira, a entrada da casa recebe-nos com um lance de escadas como se de um piano se tratasse, num edifício perfeitamente integrado com a natureza. Já na Casa PMLC há um jogo de formas que nos contagia e que parece guiar-nos de forma natural por todo o espaço, numa sequência de sensações curvilíneas e escultóricas e num jogo de luz fascinante que nos atrai a viver aquele espaço. “…na Casa PMLC há um jogo de formas que nos contagia…” Projetar tendências Mas há uma arquitetura de futuro que nos conquista no Empreendimento Sinçães Residências, em Famalicão e também no Empreendimento Diamante, em Guimarães. “Estes dois projetos representam o futuro da habitação na região pelas suas caraterísticas peculiares, com conceitos exteriores que seguem uma lógica de co-living, percursos pela natureza adaptados à prática desportiva e áreas comuns de lazer rodeadas de espaços verdes. Varandas amplas e uma vivência virada para o exterior, que coincide com os novos paradigmas trazidos pela pandemia. No Empreendimento Sinçães Residências tentámos criar uma ligação entre as linhas orgânicas e suaves das varandas com a fluidez da natureza envolvente. Já no Empreendimento Diamante, o elemento tridimensional remete-nos para as arestas da pedra preciosa. O futuro traz novos materiais, sustentabilidade, uma consciência ambiental acrescida e cidades mais inclusivas que recuperam a antiga vivência de bairro. A arquitetura tem um papel preponderante na qualidade de vida das gerações futuras, motivadas e inspiradas pelos espaços e lugares onde vivem.” Um ‘amanhã’ que o RD pretende continuar a desenhar, num exercício pragmático, simbólico, reflexivo, inspirador e apaixonado. “A arquitetura tem um papel preponderante na qualidade de vida das gerações futuras, motivadas e inspiradas pelos espaços e lugares onde vivem.” O desafio de projetar espaços públicos O percurso da RD Arquitetos é marcado, acima de tudo, pela diversidade e por um certo espírito camaleónico capaz de se adaptar a cada projeto. “A criação é um elemento extremamente importante nos projetos, mas só é plausível se estiver de acordo com o programa do cliente, o processo de execução e a viabilidade financeira. Temos uma grande escala de intervenção pelo impacto que um determinado projeto terá na sociedade. O arquiteto tem um papel muito importante na construção das cidades e na forma como vai gerar interação nas pessoas.”, refere. “Na requalificação da Escola Básica de Ribeirão, por exemplo, privilegiamos os espaços exteriores e a luz natural e uma interessante interligação do espaço interior com o espaço exterior.” Se por um lado a conceção do Favo das Artes – Casa da Cultura de Mondim de Basto levou o atelier a mergulhar no universo das artes cénicas e a perceber as exigências acústicas e visuais de um espetáculo e as necessidades dos artistas, existe, por outro lado, um desafio social acrescido ao projetar uma requalificação de uma escola, ou a construção de uma residência sénior. “A arquitetura influi no estado de espírito de quem vive um determinado espaço. Na requalificação da Escola Básica de Ribeirão, por exemplo, privilegiamos os espaços exteriores, ambientes interiores luminosos e uma interessante apropriação do espaço exterior como elemento, quer para os alunos, quer para os professores.”, detalha. Morada: Rua D. Paio Mendes, nº9 R/C, 4700-424 Sé, Braga Contacto: + 351 253 274 135 Facebook: RD Arquitetos Linkedin: RD Arquitetos www.rdarquitetos.com FEEL Projetos: Projetar a várias mãos Bragaled: A medida certa na valorização de um espaço
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