Colina Saúde: O sucesso da Terapia EMDR aplicada em Psicoterapia

Reprocessar memórias e experiências negativas e transformá-las numa experiência racional e apreendida, é a principal missão da Terapia EMDR, uma técnica de Psicologia Clínica, praticada na Colina Saúde, em Braga, por Ana Raquel Lopes, psicóloga clínica com especialização em EMDR. Uma terapia ancorada nos estudos da neurociência, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e recomendada pela Associação Americana de Psicologia (APA) como um dos métodos mais aconselhados para o tratamento do stress pós-traumático, entre outras perturbações.

Procedimento da Terapia EMDR

EMDR é a sigla de “Eye Movement Desensitisation and Reprocessing”, ou seja, dessensibilização e reprocessamento de memórias/experiências traumáticas e foi desenvolvida por Francine Shapiro (Ph.D.) nos Estados Unidos, em 1987, aplicada de forma ampla em psicoterapia há cerca de 10 anos. Realizada por psicólogos clínicos ou psiquiatras com formação específica na abordagem, a Terapia EMDR focaliza-se nos elementos da memória traumática (pensamentos, sentimentos, imagens visuais e sensações corporais) e na estimulação bilateral dos hemisférios cerebrais, cujo objetivo é a dessensibilização e reprocessamento do trauma emocional. “É conseguida através da utilização do movimento alternado dos olhos, podendo ser combinado com o uso de estímulos sonoros e/ou tácteis.”, explica Ana Raquel Lopes. Esta ação ativa uma capacidade natural e intrínseca do sistema neurofisiológico humano para processar experiências emocionais e adotar insights adaptativos, recriando um estado semelhante a um período de sonho, ou um estado semelhante à fase do sono REM (Movimento Rápido dos olhos), embora o paciente se encontre sempre consciente de si. “Com a intervenção terapêutica a pessoa consegue ter uma sensação de maior distanciamento da memória traumática e reunir recursos para reavaliar a experiência. Reforça-se, assim, o processamento das experiências de forma adaptativa, transformando a forma de a pessoa experienciar a memória traumática, promovendo a construção de narrativas coerentes e a resolução de conflitos emocionais atuais resultantes de memórias passadas. Os resultados são verdadeiramente satisfatórios e quase imediatos.”, revela a psicóloga.

A promoção de um estado de saúde integral

Prática Clínica, Educação e Investigação Científica são os grandes pilares da Colina Saúde, um espaço multidisciplinar na área da saúde, com uma equipa integrada nas mais diversas valências médicas e terapêuticas, como Medicina Geral e Familiar, Medicina Tradicional Chinesa, Acupuntura, Fisioterapia, Psicologia Clínica, Nutrição funcional, Fitoterapia, Osteopatia e Terapia Dermatofuncional. “Avaliamos sempre o paciente como um todo, procurando perceber as causas da sua patologia. Isto permite criar um plano de tratamento que passa pela terapêutica adequada, muitas vezes multidisciplinar e de forma integrada. Um exemplo são os casos de dor, cuja existência tem múltiplas etiologias. Podemos ter uma dor por um trauma físico, ou um problema puramente biomecânico. Neste caso, a acupuntura, osteopatia, fisioterapia e tecnologia de vanguarda, como o laser de alta intensidade e ondas de choque radiais, têm magníficos resultados. Por outro lado, disfunções metabólicas e endócrinas, assim como a doença autoimune, podem despoletar quadros de dor (muitas vezes crónica). Nestes casos a nutrição funcional e a fitoterapia têm um papel importante. Por fim, alterações de base psicológica também podem causar dor, pelo que a psicoterapia, e particularmente o EMDR teriam, nestes casos, um papel fundamental. Ou seja, dispomos de diferentes perspetivas através de uma rede de profissionais com a missão de promover uma completa recuperação ou a melhoria da qualidade de vida do paciente.”, revela Daniel Ribeiro, responsável pelo projeto.

“Uma visão clínica e científica experiente que avalia o indivíduo no seu todo, rumo a um estado de saúde integral…”

Caso prático

“Uma dor cervical pode ser vista numa perspetiva puramente física (postura incorreta, alterações biomecânicas, etc) e, tratada como tal. Mas essa cervicalgia pode ter uma origem em elevados estados de ansiedade, criando tensão muscular e, consequentemente, as referidas alterações biomecânicas e posturais, resultando em dor, necessitando da intervenção da psicoterapia, integrada com as restantes terapêuticas. Por fim, se essa dor tivesse adicionalmente um quadro degenerativo associado, muitas vezes associado a doença autoimune, disfunção osteometabólica ou endócrina, mais uma vez a nutrição funcional e a fitoterapia seriam terapêuticas a integrar no plano de tratamento para garantir os melhores resultados.”, conclui.

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