EMPRESAS & EMPRESÁRIOS Maria José Fernandes, Presidente do IPCA: Em linha com as necessidades do tecido empresarial da região By Revista Spot | Julho 26, 2021 Outubro 5, 2021 Share Tweet Share Pin Email A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, elogiaram, numa recente visita ao IPCA, o potencial desta instituição para a criação de valor e de inovação na região. Maria José Fernandes, recém eleita presidente do IPCA para o segundo mandato, falou à Spot das grandes apostas e desafios para o próximo quadriénio… O relacionamento do IPCA com o tecido empresarial da região tem vantagens recíprocas? Eu diria que esta sinergia é fundamental e cada vez mais importante, pela inovação, pela criação de talento e pelo desenvolvimento económico e social da região. Procuramos ajustar a nossa oferta formativa às necessidades das empresas da região, através de um profundo trabalho de terreno. Alguns dos nossos cursos são, inclusive, promovidos em parceria com empresas, decorrendo a componente prática nas instalações destas, tal como acontece com o CTeSP em Soldadura Avançada, cujas aulas práticas são lecionadas na bysteel, do dstgroup. Por isso esta ligação à nova AEMinho surgiu de forma tão natural? Completamente. Aliás esta entrevista está a ser na sede da recém criada AEMinho, instalada na futura Escola Técnica Superior Profissional do IPCA, em Braga. O Minho precisava de uma associação desta natureza que tornasse a região mais unida e coesa, tenho a certeza de que sairemos todos a ganhar com este trabalho em rede. Quais as grandes expetativas para o arranque do novo ano letivo aqui em Braga? Em 2018 o IPCA adquiriu este edifício, antigas instalações do Idite-Minho, e depois de um período de requalificação, que o transformou num edifício totalmente novo, sustentável, inovador do ponto de vista da eficiência energética, estamos prontos para arrancar. A Escola Técnica Superior Profissional prepara-se para ser inaugurada em Setembro deste ano, recebendo mais de mil alunos, neste primeiro ano. Queremos também ter uma forte componente pós-laboral, em linha com aquilo que são as metas de qualificação do pais. Os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) são precisamente definidos a partir das necessidades diagnosticadas junto do tecido empresarial da região? No ano letivo 2021-2022, o IPCA vai contar com nove novos cursos, totalizando uma oferta 1462 vagas para 32 CTeSP. Os CTeSP são uma formação de nível superior com uma forte componente prática, têm a duração de dois anos letivos, que incluem seis meses de estágio assegurado numa empresa. Os Cursos Técnicos Superiores Profissionais estão pensados para promoverem a rápida integração dos estudantes no mercado de trabalho e assegurarem que as empresas encontram profissionais com o perfil desejado. A partir do próximo ano letivo a Escola Superior de Tecnologia oferece um novo curso de mestrado inovador, focado na inteligência artifcial. Estes são passos essenciais rumo ao futuro do mercado de trabalho? São. Se olharmos para aquilo que são as bandeiras do futuro do pais, está tudo centrado na questão da inteligência artificial que serve as mais diversas áreas e setores de atividade. O Mestrado em Inteligência Artificial Aplicada, em horário laboral, será lecionado totalmente em língua inglesa, de forma modular e com uma metodologia de ensino baseada em projeto. Em paralelo com a atividade letiva, os alunos terão oportunidade de colaborar com os investigadores do centro de investigação 2Ai (Applied Artificial Intelligence Laboratory) do IPCA, colocando os seus conhecimentos em prática em áreas como a medicina, indústria, ambiente e segurança. Terão também a possibilidade de realizar os seus trabalhos de investigação em parceria com o Athlone Institute of Technology, na Irlanda, promovendo a cooperação internacional Foi recém eleita presidente do IPCA pelo Conselho Geral. A que se propõe para o quadriénio 2021-2025? Tenho uma ligação de 25 anos ao IPCA. É uma instituição que vi crescer e que acompanhei, em diversas funções, fui professora coordenadora principal da Escola Superior de Gestão, diretora do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade da Escola Superior de Gestão, até que surgiu a oportunidade de me candidatar à presidência da instituição, iniciando agora aquele que será o segundo e último mandato. Será um mandato completo, pelos desafios trazidos pela pandemia que veio acelerar uma mudança, trazida pela digitalização e pelas novas formas de ensinar. Temos de saber transformar todas estas dificuldades em oportunidades e aproveitá-las. Esse é o caminho. A sustentabilidade ambiental continua a ser um dos focos da instituição? Sem dúvida. Todos os edifícios que estamos a construir, ou a reabilitar, estão assentes em projetos que seguem práticas altamente sustentáveis. Uma das nossas marcas é o Campus Verde puro e saudável, alinhada com aquilo que são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Vamos apresentar uma candidatura, no âmbito do PRR, para a consolidação das infraestruturas que o IPCA ainda não tem enquadradas na questão da sustentabilidade, linhas que serão obviamente transpostas também para as nossas unidades curriculares. Neste momento expandido pelos quatro concelhos do quadrilátero, o IPCA quer estar cada vez mais ligado à região em que se insere? Completamente. Pretendemos estar onde formos precisos, sempre num trabalho articulado com as restantes instituições da região. Dando seguimento à sua estratégia de expansão e de servir o território, o IPCA estende a sua atividade letiva a Esposende, já no próximo ano letivo 2021/2022, ainda em instalações provisórias. No entanto a Câmara Municipal de Esposende, aprovou o concurso público para a construção da extensão do IPCA a título definitivo, naquele concelho, onde irão funcionar os CTeSP´s e ficará instalada a futura Escola de Verão. Quais as grandes novidades e desafios para os próximos tempos? Imensas, desde a expansão do campus de Barcelos, um projeto com uma área de 14 mil metros quadrados de construção, num terreno adquirido pelo Município de Barcelos, que vem permitir a construção do Collaborative Research and Innovation Center (CRIC), um auditório e uma residência de estudantes. Temos ainda a futura Escola-Hotel do IPCA, que fcará sediada em Guimarães e o Município de Esposende aprovou recentemente o projeto de execução e abertura de um concurso para a construção do Laboratório de Inovação e Sustentabilidade Alimentar do IPCA. O polo de Famalicão será também intervencionado em breve e elevará para 800 o número de estudantes no próximo ano letivo, com um aumento da oferta de CTeSP. Todos estes passos vêm permitir um salto qualitativo incrível para a instituição. “Os Cursos Técnicos Superiores Profissionais estão pensados para promoverem a rápida integração dos estudantes no mercado de trabalho e assegurarem que as empresas encontram profissionais com o perfil desejado.” Forte Store: Revolução de vendas online e novas lojas físicas ainda em 2021 Roriz: Mais de um milhão de torneiras por ano para mais de 50 países
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