CLÍNICAS OFTALMOLOGICAS/Saúde Infantil A importância da Oftalmologia Pediátrica By Revista Spot | Dezembro 1, 2020 Dezembro 5, 2020 Share Tweet Share Pin Email A Spot esteve à conversa com Ricardo Dourado Leite e Paula Bompastor, oftalmologistas pediátricos na Iberoftal, em Braga, sobre a importância de um acompanhamento precoce, como forma de prevenção de diversas patologias oftalmológicas na infância e em idade adulta… Quão importante se revela um rastreio visual precoce nas crianças? A Oftalmologia Pediátrica assume um papel importante no rastreio, diagnóstico e tratamento de diversas doenças que, condicionando a função visual, podem ter implicações no desempenho da criança e, quando se torna irreversível, na qualidade de vida na idade adulta. É essencial o rastreio oftalmológico em idade infantil, nomeadamente para a identificação de fatores de risco para a ambliopia. Nas idades mais precoces, nas quais a ambliopia se instala, as crianças podem não apresentar nenhum sinal que levante suspeita aos pais, ou educadores. Há, portanto, o risco de haver um desenvolvimento silencioso da ambliopia, que pode até ser bastante grave, e no caso de não ser detetado atempadamente pode levar a perda irreversível da visão, mais frequentemente unilateral, já que são os casos que mais facilmente passam despercebidos. Há um período crítico para o seu diagnóstico e tratamento, pelo que há uma janela que não deve ser desperdiçada. A ambliopia é uma doença da criança e que apenas tem tratamento na idade pediátrica. Idealmente, todos os casos devem ser tratados até aos 5 anos de idade, período em que a eficácia de tratamento é maior. Após essa fase, até aos 7 anos continua bastante eficaz e, normalmente e se houver colaboração por parte das crianças e dos pais, ainda obtemos excelentes resultados até aos 10 anos. A partir dessa idade, a probabilidade do sucesso terapêutico é bastante menor, mas não é impossível. Quais os tipos de patologia mais frequentes nos mais novos? Os tipos de patologia mais frequentes são os que podem levar a ambliopia, designados de fatores de risco ambliogénicos e que se dividem em três grupos. Em primeiro lugar, em termos de frequência, temos os erros refractivos, que podem ser a hipermetropia, a miopia e o astigmatismo, principalmente os casos unilaterais ou muito assimétricos. Em segundo lugar, temos o estrabismo, patologia que, para além de comprometer esteticamente, pode levar a perda de função visual, quer por uma acuidade visual mais baixa, quer pelo não desenvolvimento ou perda da visão tridimensional. Por último, mas normalmente associado a causas mais graves, temos a ambliopia de privação onde, por exemplo, se enquadra a catarata. Na idade pediátrica podemos também ter doenças das pálpebras, como a blefarite e os hordéolos (conhecidos como “terçolhos”), obstrução da via lacrimal (que é muito frequente no primeiro ano de vida), doenças da córnea e da retina, glaucoma congénito, bem como alguns tipos de tumores. Qual a idade indicada para iniciar uma primeira consulta? Não existe uma resposta consensual, mas a nossa equipa sugere que, numa criança sem fatores de risco e sem suspeita clínica, deva ocorrer entre os 2 e os 4 anos de idade, já que os estudos realizados com os nossos doentes mostram que conseguimos tratar todas as ambliopias diagnosticadas até essa idade. Baseados nessa nossa experiência de muitos anos e contando com a habitual excelente colaboração das crianças e dos pais, aconselhamos esse período como o ideal, nunca ultrapassando os 4 anos já que, sublinhamos, muitos casos podem passar despercebidos até essa consulta. Nos casos em que há fatores de risco (como a história familiar) ou suspeita clínica de má visão ou estrabismo, a primeira consulta deve ser antecipada (ou aconselhamos essa avaliação para o imediato momento em surja suspeita.) No tratamento da ambliopia, de forma sequencial ou simultânea, tratamos também a sua causa, que nos casos do estrabismo, catarata, glaucoma, ou tumores pode requerer cirurgia. Há implicações que a função visual anormal pode trazer para a idade escolar e para o futuro profissional? Claramente. Uma criança com ambliopia e/ou estrabismo pode apresentar, por exemplo, diminuição da sua velocidade de leitura, com todas as implicações que isso pode ter no seu desempenho escolar e social. Para além disso, se durante o desenvolvimento visual da criança não for possível proporcionar a visão tridimensional, essa questão pode ter inclusivamente implicações do ponto de vista profissional. Algumas profissões, como no caso dos pilotos ou cirurgiões, exigem uma visão tridimensional perfeita para o desempenho dessas tarefas. Assim, é fundamental entender a consulta de rastreio oftalmológico como um investimento altamente rentável do ponto de vista individual, mas também do ponto de vista comunitário. É por todas estas razões que atualmente já se realizam foto-rastreios a larga escala que, não dispensando a consulta presencial com um especialista em oftalmologia pediátrica, nos têm ajudado nesta desafiante tarefa do combate à ambliopia. Num país de primeiro mundo a ambliopia é teoricamente 100% evitável e esse é um dos nossos desígnios. É essencial que as pessoas percebam que não devem deixar de acompanhar determinadas patologias devido à pandemia de COVID-19? Sem dúvida. Precisamente por existir muitas vezes uma idade limite para uma primeira avaliação, ou mesmo pela necessidade premente de acompanhamento das patologias de que falámos. A Iberoftal implementou um conjunto de normas internas de forma a assegurar a máxima segurança de todos. É essencial que as consultas de Otalmologia Pediátrica continuem a acontecer pelas consequências que o não acompanhamento pode trazer. Acordos com as principais seguradoras e subsistemas de saúde NOVIDADE – ADSE Morada: Rua D. Afonso Henriques nº104 Contacto: 253 141 115 Facebook: Iberoftal – Clínicas Oftalmológicas Youtube: www.youtube.com/c/IberoftalClínicasoftalmológicas Site: iberoftal.com PEDRAS byannopei lança novas linhas de decoração em pedra natural Estúdio Fit: Um novo espaço e o espírito de equipa de sempre, com a máxima segurança
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