EMPRESAS & EMPRESÁRIOS Entrevista a Ramiro Brito, CEO do Grupo Érre By Revista Spot | Novembro 5, 2020 Novembro 7, 2020 Share Tweet Share Pin Email Dream, work, enjoy. É esta a máxima do Grupo Érre, um conjunto de empresas com uma filosofia muito peculiar, que diariamente procura fazer a diferença em áreas como as tecnologias de informação, ambiente, turismo, segurança, comunicação, design, branding e promoção e produção de eventos… Uma sinergia que faz nascer novas ideias ao ritmo do pensamento, com projetos arrojados a surgirem dentro de portas num ano improvável. A Spot foi conhecer um pouco melhor este universo, à conversa com Ramiro Brito, CEO do grupo. Adaptar tornou-se o verbo do ano. Tem sido assim no Grupo Érre? No grupo trabalhamos muito B2B em todas as áreas, o que permitiu uma adaptação mais simples. No entanto a pandemia teve e tem efeitos financeiros, como é evidente. Ou seja, o plano de negócio que tínhamos em dezembro de 2019 para este ano, baseado da nossa perspetiva do mercado, não se concretizou muito por culpa da pandemia. No entanto, retirámos da pandemia alguns ensinamentos: sistematizámos e adaptámos um conjunto de processos de funcionamento em todas as empresas de uma forma muito transversal, que julgo que vão influenciar a forma como o Grupo Érre vai trabalhar no futuro. Falando já de uma das vossas áreas de intervenção, considera que a pandemia veio acelerar a crescente importância das Tecnologias de Informação? Sem dúvida. Com a Érre Technology, por exemplo, trabalhamos em Portugal e à escala internacional, nomeadamente África e Europa Central, em diferentes áreas como a banca, as indústrias transformadoras, ou mesmo a petrolífera energética em Portugal e, já em contexto de pandemia, fizemos o processo de migração, instalação e manutenção de uma infraestrutura geral da GALP,que implicou ações presenciais e outras remotas, num processo bastante rigoroso e minucioso. Costumo dizer que não somos vendedores de produtos, somos consultores que desenham e criam soluções à medida das necessidades dos nossos clientes. A venda de equipamentos não é o fim, mas sim a consequência, daí trabalharmos tão proximamente com alguns dos maiores fabricantes do mundo e respetivos distribuidores nacionais. Que novidades se desenham atualmente dentro de portas? Relativamente à Érre Tecnhology a grande novidade passa, sem dúvida, pela aposta num projeto ambicioso que vai permitir uma enorme rentabilização de recursos a entidades públicas, que está nesta fase a ser estruturado para apresentação às mesmas. Na Érre LRB, área em que trabalhamos Ambiente, Turismo e implementação e manutenção de Sistemas de Informação Geográfica, temos uma área nova, que é o projeto de rede de fibra ótica FTTH. Temos também um projeto inovador, que já desenvolvemos, inclusive, para a Câmara Municipal de Lisboa, através de ferramentas de inteligência artificial ao serviço da gestão territorial, que nos permitem o levantamento tridimensional de toda a área metropolitana de uma cidade, com recurso a drones, numa modulação adaptada para a identificação do comportamento de uma cidade em situações de catástrofes, como por exemplo cheias. Para ter uma noção, nós recolhemos dados a uma precisão centimétrica e isso permite-nos um sem números de possibilidades e por isso há sempre novos projetos a nascer, porque as possibilidades são imensas. Na WFR, empresa de tecnologias de segurança, estamos a apostar imenso em tudo o que tem a ver com sistemas contactless e reconhecimento facial, domótica e controlo remoto, que, com a pandemia, registaram um incremento. “Para além de uma plataforma, a You and Arts pretende ter um projeto com uma componente física que será inovadora e diferenciadora para o que existe no mundo.” E na Érre Design & Editorial? Continuam a não existir limites para a imaginação? Completamente. A prova disso é a You and Arts, uma plataforma que vamos lançar e que pretende ser um meio de divulgação de arte, numa simbiose entre a promoção de artistas já conhecidos com novos talentos. Mas a grande diferenciação consiste, sem dúvida, no formato. É que para além de uma plataforma, a You and Arts pretende ser também uma galeria física aberta 24 horas por dia, com um sistema inovador integrado a permitir a máxima segurança e controlo de acessos por reconhecimento facial. Para já ainda está a ser estudado, mas gostávamos que esta galeria fosse em Braga. Estamos também com outra novidade relativamente à Revista RUA e à U-FIT e-magazine, um estúdio de gravação que representa um novo passo na produção de conteúdos de vídeo nas mais diversas áreas. Na U-Fit os conteúdos vão estar direcionados para o treino, com treinos monitorizados por personal trainers, mas também para a alimentação saudável, com a criação de uma cozinha em estúdio, com nutricionistas a confecionarem receitas saudáveis. No que diz respeito à Rua, esta novidade vem permitir reforçar a aposta no digital, com entrevistas em estúdio, entre outras possibilidades. Sabemos que começou precisamente na área da produção de eventos… A URock, outra das grandes novidades do grupo, é esse ‘regresso às origens’? A URock não é só uma produtora de eventos. Para além de ser uma empresa organizadora, promotora e produtora de espetáculos que coloca em evidência o melhor de todas as performances artísticas, a URock surge também como uma agência de meios, parceira e consultora na produção das mais variadas formas de negócio, prometendo dar uso a todas as potencialidades dos meios disponíveis para corresponder às expectativas de quem confia em nós. Vamos trazer no dia 6 de março o Campeonato do Mundo de Trial Indoor ao Altice Forum Braga, entre outros eventos dos mais variados formatos e, claro, também na área do entretenimento, com músicos conhecidos do panorama nacional, num formato mais intimista do que o habitual. Diferentes áreas, diferentes realidades, equipas distintas… Gosta de colocar um bocadinho de si em cada uma delas? Eu só tenho um papel aqui: o de ‘idiota’ (risos). O meu modelo empresarial não tem nenhum segredo, nem ciência oculta, é muito simples: eu tenho ideias. Julgo que aquilo que sei fazer bem é organizar, estruturar e, depois deixar o resto com quem domina a área em questão, aprendendo sempre alguma coisa pelo caminho. Costumo dizer na brincadeira que o Grupo Érre sobrevive seguramente sem mim, porque a nossa maior riqueza são, sem dúvida, as pessoas. Temos uma dinâmica interna incrível, é muito interessante perceber quantos universos distintos se juntam aqui dentro e não é invulgar termos, por exemplo, alguém da área editorial a trocar impressões com uma pessoa da área das tecnologias da informação, ou do ambiente. ‘Liberdade máxima, responsabilidade máxima’, é essa a principal máxima interna? Na verdade, a ‘liberdade máxima, responsabilidade máxima’ nasce de uma limitação minha. Eu sou o pior controlador do mundo e jamais seria capaz de trabalhar num sítio criado por mim onde eu não me sentisse em casa. Aqui sinto-me, sem dúvida, em casa e acredito mesmo que só assim, em liberdade, se atingem bons resultados. “Para além de ser uma empresa organizadora, promotora e produtora de espetáculos que coloca em evidência o melhor de todas as performances artísticas, a URock surge também como uma agência de meios.” Neste momento trabalham a nível nacional e internacional. Sair de Braga nunca foi uma hipótese? Boa pergunta. O grupo resulta curiosamente de uma fusão de duas empresas do Porto e duas de Braga, acabámos por nos sedear em Braga e sair daqui não está nos nossos planos. Braga é uma cidade com enorme qualidade de vida e tem uma dinâmica empresarial incrível, por isso acho que podemos, e devemos, contribuir para o seu crescimento. Esperam fazer a diferença em Braga? Eu espero que possamos fazer a diferença em muitos aspetos. Tenho duas filhas e, no futuro, quero deixar a minha cidade melhor. Mas isto não é só romântico, há uma parte racional. Braga é um sítio excelente para qualquer empresário se posicionar, porque é perto de tudo e longe de tudo. Tem todos os recursos de uma grande cidade, mas está suficientemente longe para permitir alguma paz. Depois, é caracteristicamente uma cidade de pessoas empreendedoras, seja em que área for. No seu entender o que é que define um bom empresário? Em três palavras: ideia, perseverança e resiliência. Todo o negócio tem de nascer de uma ideia. A perseverança é a capacidade de colocar a ideia em prática, porque vão surgir mil dificuldades e a perseverança é essencial no kickoff da ideia em si. A resiliência é necessária ao longo de todo o negócio, porque o mercado não é estático e as regras do jogo podem mudar repentinamente e exigir uma readaptação. A resiliência vem da capacidade de impormos uma disciplina a nós próprios que nos obrigue a seguir as correntes, ou a correr contra a corrente e criar uma tendência. Quando seguimos a corrente, sabemos em que rio estamos. Quando criamos uma tendência, entramos no escuro. E isso é o que nós mais fazemos por cá. A URock, por exemplo, nasce para ocupar um lugar vazio no panorama da promoção privada da cultura. Acreditamos que o papel das entidades privadas é ser motor que potencia o investimento público para democratizar a cultura. “Quando seguimos a corrente, sabemos em que rio estamos. Quando criamos uma tendência, entramos no escuro. E isso é o que nós mais fazemos por cá.” O futuro é feito de ideias? Das mais simples às mais complexas (risos). E voltando a falar de Braga, acho que a nossa cidade nos cria as condições ideais para concretizarmos o que idealizamos. Tem este Eixo Atlântico, esta proximidade com Galiza, com o Porto, etc. Além disso é uma cidade que está na moda, mas isso não vai durar para sempre e por isso, ou aproveitamos este boom para nos afirmarmos e, quando a moda passar, temos efetivamente algo construído, ou a oportunidade passa. Temos uma dinâmica única e por isso temos de aproveitá-la. Uma frase… Não aponte defeitos, aponte soluções. Qualquer um se sabe queixar. Morada: Centro Empresarial de Braga, Lote D2, 4700-319 Ferreiros, Braga Contacto: 253 196 093 Facebook: Grupo Érre Instagram: @grupoerre.pt Site: grupoerre.pt A Alcatea: Esta receita tem bowls, panquecas, crepes, tábuas e muito amor Isis Body & Wine: A essência dos sentidos
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