SAÚDE & BELEZA “Quem vê caras, não vê depressões” By Revista Spot | Novembro 2, 2020 Novembro 2, 2020 Share Tweet Share Pin Email A expressão ocorreu-me recentemente quando o tema do suicídio voltou a ganhar visibilidade. Poucos dias antes, tinha recebido no meu telemóvel o SMS mais difícil da minha carreira, informando que um paciente meu se suicidara. Naquele instante de pouco me serviram as cartilhas da intervenção psicológica. À esposa, consegui ligar e dar uma palavra de conforto. Mas em casa de psicólogo o espeto foi de pau e não pude deixar de sentir que falhei para com ele. Devia saber mais, mas acho que naquela hora fui mais pessoa do que profissional e sim, senti muito aquela perda. E quando o coração serenou para que a razão voltasse a tomar a rédea, só me ocorria que era preciso falar disto. É preciso falar mais e melhor sobre saúde mental. E neste momento singular que vivemos, face ao fraturante contexto da pandemia, falar de saúde mental é não só necessário, como urgente. Têm sido meses de particular desafio para todos. Profissionais de saúde, que passaram a prestar cuidados em circunstâncias adversas, tendo simultaneamente que gerir o risco acrescido de contágio pelo coronavírus para si e para os seus. Crianças e jovens, forçados à dinâmica anti natura do confinamento, da escola e do trabalho à distância. Trabalhadores e empresas que viram a sua subsistência ameaçada. Pessoas em situação de pobreza, particularmente desprotegidas face ao vírus. Doentes cujo acesso a cuidados de saúde foi limitado. Famílias que perderam entes queridos sem direito aos rituais fúnebres tão necessários para um luto mais adaptativo. A perda do sentido de controlo e organização sobre as nossas vidas. A incerteza face ao futuro. A privação da expressão de afetos. O compromisso da comunicação não-verbal que se perde atrás das máscaras. Não será difícil intuir a medida em que esta conjetura ameaça a integridade psicológica dos indivíduos. Impõe-se por isso, falar de saúde mental. Quebrar tabus. Promover a empatia. Estar atento ao próximo e também a si próprio, sabendo que ninguém está imune. Que os problemas de saúde mental são culturalmente transversais e afetam homens e mulheres, de todas as idades. Que quem vê caras não vê depressões porque o sofrimento psicológico se manifesta num largo espectro, pelo que se atuarmos no ligeiro desconforto, no sintoma inicial isolado, na dificuldade de adaptação a um stressor ou mudança, podemos talvez travar o curso da doença prevenindo psicopatologias graves e até o suicídio. No rescaldo do 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental. No transcurso da pandemia. Todos os dias. Falar de saúde mental pode salvar vidas. OPT Lda: Soluções tecnológicas de Braga para o mundo Entrevista a António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais
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