Saúde Infantil Queridos Pais, By Revista Spot | Setembro 30, 2020 Outubro 28, 2020 Share Tweet Share Pin Email Hesitei em escolher um tema, quando me foi proposto escrever sobre Pediatria. Nem um ano passou; parece uma eternidade, viver em fase de pandemia. Nova definição de rotinas, mudança do paradigma da liberdade, um certo medo latente sentido por dentro: o vírus, invisivelmente escondido nas esquinas do mundo, em cada momento deste novo presente. Na verdade, não existem certezas absolutas sobre nada na vida. Na situação que vivemos, já todos sabemos o mais importante: cuidados básicos de prevenção e agir responsavelmente, para tentarmos controlar a infeção. Evito por isso escrever sobre o vírus maldito, que nos invade o dia a dia. Escrevo em forma de carta, abertamente, sem termos médicos ou os habituais floreados, de quem gosta de brincar com as palavras. Sou Pediatra e Mãe. Sempre quis ser Mãe. A decisão de ser médica de crianças surgiu inesperadamente, durante o curso, na enfermaria de Pediatria, perante a magia dos meninos internados, mas sorridentes, mesmo assim. Até quando muito doentes, o brilho nos olhos era persistente, e tocou em mim. A inocente alegria infantil contagiante, o coração a bater a mil, e a palavra vocação (ainda abraçada à paixão pela escrita) a crescer de outro jeito no meu peito, enquanto aprendia como cresciam as crianças desde que nasciam, estudava a forma de lhes tratar doenças, e me encantava com as diferenças de cada idade e de cada fase de desenvolvimento. A decisão a ser repensada algumas vezes revoltada com a impotência da ciência, que infelizmente, não permitia curar todos os meninos. O sofrimento pela morte de uma criança no internamento pairava no ar durante algum tempo. Nessa altura, já eu descobria a felicidade de ser Mãe, e sabia bem como doía quando a Sofia adoecia, mesmo com uma febre ligeira ou doença passageira. A minha admiração pela determinação e coragem dos colegas dos Cuidados Intensivos, e a aprendizagem de como amparar anseios e semear sorrisos, seja na doença que passa depressa, seja na que não se vai embora, a reafirmar solidamente a decisão que assumi então, pela vida fora. Já passaram vinte anos agora, desde o começo, e não me arrependi. Não é fácil. Nem ser Pediatra, nem ser Mãe. Primeiro a Sofia, depois o Pedro e a seguir o João, tripla maternidade e o tempo a mostrar como a realidade nem sempre condiz com o ABC da Pediatria dos livros. Atualmente vivo acompanhada por 3 adolescentes, o destino assim quis, nunca há monotonia, muito cansaço, mas ainda mais alegria depois de cada abraço. Vós, Pais, sabeis bem como de vez em quando nos preocupamos sem necessidade. E ter segurança para vos transmitir confiança e tranquilidade, implica muita calma e assertividade. E muita experiência, também, aprendida não só nos livros, mas no dia a dia como Mãe, e no que vós Pais também me ensinais enquanto os vossos Filhos me vão passando pelas mãos, e partilhamos as vivências ao longo dos anos. Cada menino é diferente, a Medicina não é uma ciência exata, não há receitas mágicas nem universais para curar as doenças rapidamente (o tempo também as trata…), nem um plano formatado para os bebés crescerem e se desenvolverem, porque não existem neste planeta seres humanos iguais. E ainda bem. Estarei por perto, para vos ajudar, se quiserem, na viagem da parentalidade. É, na realidade, uma aprendizagem constante. Mas vale a pena! Felicidades, e coragem! Abraço, Vânia Mesquita Machado O Hibiscus mudou e quer ser cada vez mais lugar de todos… Clínica Rio Este: Mais motivos para sorrir
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