NUTRIÇÃO As razões pelas quais as dietas não funcionam para todos By Revista Spot | Março 12, 2020 Abril 17, 2020 Share Tweet Share Pin Email Já pensou em quantas dietas fez em toda a sua vida? Alguma foi bem sucedida a longo prazo? Quando pergunto aos meus clientes quantas dietas já fizeram, a média é 3, incluindo “dietas da moda” e programas online que prometem resultados em x dias. Não é de censurar, tendo em conta o crescimento do mundo fitness e novas tendências na Internet. Mas o que é isso da Dieta? Na verdade, o verdadeiro significado desta palavra – em termos técnicos – alberga a comida e os hábitos relacionados com a alimentação de um determinado indivíduo. Ponto final. Contudo, associamos este termo à perda de peso e a atingir um corpo visto como “ideal”. Algo que não está 100% correto e que trouxe conotações negativas a muitas pessoas que, no passado, lidaram com desafios de imagem corporal, condições de saúde ou pressão social. Atualmente, o termo “dieta” é associado a palavras como paleo, cetogénica, desafios, detox e mais um sem fim de vocábulos ligados ao marketing alimentar e do fitness. E porque é que as Dietas não funcionam para todos? Primeiro, devemos distinguir “fazer dieta para melhorar uma condição de saúde” e “fazer dieta para atingir um corpo ideal”. Uma dieta pode funcionar como uma ferramenta temporária para quem precisa de perder peso devido a condições de saúde (hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares…). Mas, as dietas em prol de alcançar um ideal social incluem a restrição calórica por um período indefinido de tempo, levando à diminuição dos níveis de leptina (hormona da saciedade); ao aumento dos níveis de grelina (hormona da fome); à diminuição da capacidade de “queimar” calorias; a uma obsessão permanente por tudo o que seja alimentação. As 5 razões: 1 – Pensamento a curto prato (mentalidade do tudo ou nada) – pessoas que se encontram neste yo-yo acabam por fazer dietas durante anos, ao invés de tentar encontrar um equilíbrio e adquirir hábitos saudáveis e sustentáveis a longo prazo. Com o passar do tempo, deixam de ouvir o corpo, não distinguem fome/ saciedade e torna-se difícil a mudança de comportamentos. 2 – Podem levar a um ganho de peso ao longo do tempo – porque causam flutuações das hormonas da fome/ saciedade e, conforme a leptina diminui, o apetite aumenta. Além disso, quando falamos em dietas e não em mudanças de hábitos, muitas vezes há a perda de massa magra e não de massa gorda. 3 – Podem elevar o risco de desenvolver distúrbios alimentares – pondo de lado a perda de peso, existe o conceito de Ortorexia, uma condição em que o indivíduo leva a saúde ao extremo com pensamentos e comportamentos dietéticos para atingir um “ideal”. É a obsessão por comer de forma limpa, sendo a dieta a principal preocupação acima de qualquer outra coisa. Isto é considerado um distúrbio alimentar que pode aparecer após anos de dietas restritivas. 4 – Podem trazer conotações negativas – restringir grupos alimentares por um período de tempo longo ou viver obcecado com calorias pode levar, em casos extremos, ao isolamento tornando-se difícil ter uma vida social. Além da obsessão, ocorrem pensamentos como “não posso comer isto nem aquilo”. Rotular alimentos como bons ou maus pode levar a distúrbios de saúde. Em jeito de conclusão, devemos cultivar na nossa sociedade que a comida é apenas isso: comida. Algo que nos sacia e que nos ajuda a sobreviver. “Mas, Isabel, como posso atingir um peso sem fazer dieta?” Alimentação intuitiva, que envolve ouvir mais o corpo, os sinais de fome e saciedade; adquirir hábitos a longo prazo; redefinir conceitos sobre saúde e peso ideal; e, se necessário, procurar auxílio de um Nutricionista registado na Ordem dos Nutricionistas que ajude a criar uma boa relação para com os alimentos. 5 dicas de estilo por Inanna Acessórios dstgroup e zet gallery lançam “Prémio Arte em Espaço Público & Sustentabilidade”
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