Moda/Beleza/SENIORES O envelhecimento tem que ser interpretado com medidas políticas By Revista Spot | Setembro 30, 2019 Abril 20, 2020 Share Tweet Share Pin Email Imaginemos que pretendíamos juntar, numa única cidade, todas as pessoas portuguesas com 65 e mais anos, onde é que as agregaríamos? Se este encontro decorresse em 1971, bastava agregar o espaço residencial das cidades que compõem o distrito de Braga que asseguraríamos, sem qualquer dificuldade, residência para as cerca de 800 mil pessoas idosas; se tivesse sido em 2018, precisaríamos, certamente, de reunir todas as cidades do distrito do Porto, para albergar os cerca de 2,2 milhões de idosos existentes em Portugal; se adiarmos este encontro para 2080, então os idosos ocuparão todo o distrito de Lisboa, dado que ascenderão a 2,8 milhões. Perante os nossos olhos, mas de forma muito silenciosa, estamos a assistir a uma grande revolução na nossa sociedade que se pode concretizar em dois grandes factos: – o primeiro é o aumento da proporção de pessoas idosas no conjunto da população (em 1971, os idosos representavam 10% na totalidade da população, sendo que em 2018 passaram a representar 22%); ou seja, onde antes predominavam crianças e jovens (em 1971, eram 29% e 22% e, em 2018, passaram para 14% e 16%, respetivamente) agora predominam pessoas idosas; – o segundo facto prende-se com a questão política à volta do processo de envelhecimento das pessoas. Note-se que, contrariamente ao que se ouve, não são as sociedades que envelhecem, mas as pessoas que as constituem e, por isso, a atenção tem que ser sobre as pessoas, a sua autorrealização e felicidade. Que nos importa construir cidades com muita tecnologia, todas voltadas para o futuro (como Masdar, no Abu Dhabi, e Ordos, na China) se ninguém as quer habitar pela sua desumanidade? A pessoa tem que ser a razão de ser do desenvolvimento. O crescimento da longevidade tem sido extraordinário e continuará a sê-lo. Lembramos que, em 1920, a esperança média de vida em Portugal era de 36 anos e, hoje, passados cerca de 100 anos, mais do que duplicou, passando para os 82 anos. Ora, não podemos, definitivamente, olhar para o aumento das pessoas idosas como uma questão meramente demográfica. Trata-se de uma questão mais complexa, que requer mais inteligência nas medidas políticas e não me refiro somente às questões sociais, mas a muitos outros aspetos que se prendem com os direitos que devem assistir às pessoas. Então, digamos: este fenómeno, que é demográfico, tem uma expressão e um rosto político. E como o abordar? Acima de tudo, com a consciência de que não somos seres independentes, tal como nos têm ensinado desde pequenos, mas seres interdependentes e, como tal, com capacidades distintas uns dos outros que, se as soubermos partilhar, formaremos famílias mais atentas, comunidades mais desenvolvidas e sociedades mais abertas. Se conseguirmos passar esta fronteira, seremos, naturalmente, mais ricos, e este privilégio não será exclusivo, tal como hoje acontece, das pessoas funcionalmente autónomas, mas de todas aquelas que, independentemente da sua autonomia, são capazes de gerar vida independente para quem sofre de algum tipo de capacidade diminuída. Cirurgia híbrida minimamente invasiva na Doença Venosa Crónica A Medicina Interna e Prevenção Cardiovascular
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