Moda/Beleza/SENIORES Isaque Dias e Daniela Gomes – Acolhimento Sénior | As estratégias de futuro para novas gerações de idosos By Revista Spot | Setembro 26, 2019 Abril 20, 2020 Share Tweet Share Pin Email Prestes a completar quatro anos, a AS Acolhimento Sénior em Prado, Braga, tornou-se uma referência na área, pelo seu modelo inovador, apostado na diferenciação, voltado para as necessidades dos idosos do futuro e para a crescente ‘humanização’ dos cuidados, mas, acima de tudo, consciente da importância dos recursos humanos neste processo diário, em que cada pequeno gesto faz a diferença. A primeira ‘réplica’ já está a funcionar em pleno em Penafiel e os projetos inspirados nesta estrutura prometem não ficar por aqui. Eis as estratégias de futuro que já inspiraram o presente… Ao fim de alguns anos de trabalho com estruturas residenciais para idosos consideraram, há cerca de quatro anos, terem ganho competências para desenvolverem uma iniciativa diferenciadora nesta área? Já trabalhamos nesta área há mais de 15 anos o que nos permitiu oferecer a este projeto uma vasta experiencia na gestão deste tipo de Organizações. A empresa AS – Serviços Sociais e de Saúde, Lda, com a marca AS – Acolhimento Sénior, nasce no início do ano de 2016 tendo como principal foco de intervenção os cuidados a utentes com Parkinson, Demências e Cuidados Paliativos. Existimos, acima de tudo, para ajudar pessoas que têm um conjunto de necessidades específicas. Uma missão que depressa quisemos inculcar em quem trabalha connosco, por isso, o nosso grande objetivo inicial passou por fazer com que as pessoas acreditassem naquilo que idealizámos. Nós não queremos um depósito de pessoas, precisamos de desmistificar essa ideia que a sociedade faz deste tipo de estruturas e construir as bases para algo diferente. “Nós não queremos um depósito de pessoas, precisamos de desmistificar essa ideia que a sociedade faz deste tipo de estruturas …” A AS Acolhimento Sénior teve, desde a sua criação, uma visão global do utente, quais são os vossos princípios-chave? Um deles é a “humanização” dos cuidados prestados. E como é que se transporta isto para a vida real? Só conseguimos uma real humanização dos cuidados se a equipa de trabalho acreditar que é pelo toque, pelo gesto, pela proximidade à pessoa que fazemos a diferença no nosso trabalho. Na nossa opinião isto é fundamental para conquistar a confiança dos nossos Residentes e isto só se consegue através de uma abordagem sincera. Outro principio que pauta a nossa ação é a corresponsabilização da equipa com a sustentabilidade do próprio projeto, uma sustentabilidade que passa por ações tão básicas como o controlo do desperdício. Só assim, podemos continuar a garantir diversidade e qualidade de serviços que desenvolvemos para os nossos Residentes. A diversidade de áreas da vossa equipa é crucial na concretização dos objetivos deste projeto? Todos os anos nos sentamos e refletimos sobre os serviços que já desenvolvemos e em que medida podemos melhorá-los, a par disto, procuramos desenvolver “novas iniciativas” que possam ajudar a melhorar o dia a dia dos nossos Residentes. O nosso modelo de gestão assenta na equipa médica e na sua capacidade e visão para a promoção da saúde dos Residentes; numa equipa de enfermagem a 24h, que para além da prestação dos cuidados específicos aos Residentes, também, ajudam na formação e comunicação interna. A equipa das auxiliares de saúde e o seu alinhamento em termos de procedimentos é outro dos “pilares” deste projeto. A estimulação física e cognitiva é a espinha-dorsal? Procuramos conceber e desenvolver planos, programas, projetos e atividades numa visão multidisciplinar, tendo em vista o bem-estar e a qualidade de vida dos Residentes, alicerçado na prestação de um serviço de excelência, de forma a prevenir ou adiar, as dificuldades associadas ao processo de envelhecimento, promovendo assim um envelhecimento ativo. Assim, a Fisioterapeuta e o Psicomotricista, o Terapeuta da Fala e as Gerontólogas são o garante de um serviço diferenciador em termos de valor no que se refere à estimulação física e cognitiva para os nossos Residentes. Neste processo destacamos também, a Psicóloga e o Terapeuta de Reiki e a Nutricionista. “ O nosso modelo inspirou investidores a convidarem-nos para fazer a gestão de uma unidade em Penafiel, que já está lotada com os utentes da nossa lista de espera.” Para além de todas as atividades que promovem, como convívios fora de portas, passeios, pequenos concertos e jantares temáticos, têm ações de sensibilização e formações, nomeadamente na área da saúde. Consideram esta consciencialização essencial? Sem dúvida. E ainda vamos mais longe, os nossos psicólogos procuram sensibilizar os residentes mais válidos para o processo de envelhecimento dos restantes Este espaço não pode ser visto como a última estação para quem aqui está, porque se o for, então estamos a andar em contraciclo com aqueles que são os nossos princípios base, a nossa missão. Outra questão muito importante é o facto de, com a institucionalização, não acontecer a separação da própria casa, do meio familiar e social… Podemos dizer que na AS Acolhimento Sénior os idosos mantêm a sua individualidade? Defendemos muito isso e temos casos em que os nossos residentes vão almoçar, jantar, passar fins-de-semana, ou férias, com os familiares, porque consideramos importante esta individualidade e sabemos que esta interação com a família traz também inúmeros benefícios. Vocês têm infraestruturas realmente diferenciadoras como áreas dedicadas ao exercício físico, diversas zonas de convívio. É essencial esta aposta no conforto e qualidade de vivência diária dos vossos residentes? A par de todas as atividades que desenvolvemos consideramos o conforto físico dos nossos Residentes essencial. A construção que está em curso em Prado permitirá a existência de uma nova Unidade com capacidade para mais 30 camas. Este espaço é contíguo ao existente e vai permitir uma segmentação mais adequada dos residentes muito assente naquilo que é o grau de dependência. As duas Unidades vão estar fisicamente ligadas e com vários serviços partilhados, dos quais destacamos, secretaria, cozinha, lavandaria entre outros. “Só conseguimos uma real humanização dos cuidados se a equipa de trabalho acreditar que é pelo toque, pelo gesto, pela proximidade à pessoa que fazemos a diferença…” Podemos afirmar que foi o vosso modelo de negócio está já a inspirar novos conceitos, como o que nasceu recentemente em Penafiel? Cada vez mais dependemos e somos fruto das parcerias e redes e das pessoas que trabalham no projeto. Este modelo suscitou curiosidade e originou, inclusive, algumas visitas por parte de investidores que consideraram interessante o facto de não pensarmos isto de uma forma descaraterizada, ou com base no que os outros fazem. Acabámos por criar práticas que são muito nossas, o que nos permite ter outros a olhar para nós e a dizer que gostavam de ter o modelo de trabalho que temos. Claro que o nosso modelo não é perfeito, ainda tem muito para crescer e pedimos frequentemente o feedback aos familiares dos utentes, aos residentes mais válidos e aos nossos colaboradores. Por isso, quando somos visitados por investidores que têm estruturas, ou pensam fazer estruturas dentro desta área, eles acabam por considerar o nosso modelo inspirador, e, fruto disso, convidaram-nos, em 2018, para fazer a gestão de uma unidade em Penafiel. Levamos para lá a marca e mais uma vez o modelo de gestão. Esse projeto teve início em 2019 e está completo em termos de lotação. Podemos dizer que isso é muito fruto da referenciação, 50% dos residentes faziam parte da lista de espera de Braga. Isso é, para nós, um indicador de sucesso. O aumento da esperança média de vida e o consequente envelhecimento da população coloca novos desafios à sociedade, entre os quais à saúde e à prestação de cuidados? A mudança tem de começar por uma maior abertura do Estado enquanto legislador, é necessário legislação que suporte isto, ou, pelo menos, abertura em termos legislativos para estas respostas diferenciadoras que se pretendem criar. É necessário olhar para os bons exemplos daquilo que já se pratica lá fora. Idosos diferentes requerem soluções diferentes? Estes são utentes cada vez mais exigentes? Temos uma residente cujos hábitos são completamente diferentes dos demais e nós adaptamo-nos ao seu ritmo. Ela vai descansar às 18h00, acorda às 2h00, faz o pequeno-almoço a essa hora, lê das 3h00 às 7h00 e depois faz o dia normal dela até às 18h00, quando volta a descansar. Isto só é possível com muita logística da nossa parte, é quase um fato à medida. Cada vez mais vão aparecendo pessoas com necessidades diferentes, com ritmos de vida totalmente diferentes, porque assim se habituaram. Algo que também acontece a nível de alimentação, adaptamo-nos a cada regime alimentar específico. É essencial haver cada vez mais formação de todos os profissionais, não apenas dos gerontólogos, no sentido de assegurar uma cada vez maior humanização e cuidados? É preciso mais atenção àquilo que as pessoas querem? Ouvi-las? Não podemos apostar na humanização dos cuidados se não tivermos uma equipa de recursos humanos com número de colaboradores suficiente para dar resposta. É aceitável que 60% daquilo que é a capitalização ou os fundos de uma estrutura destas sejam imputados aos recursos humanos, porque se baixarmos essa fasquia, baixamos automaticamente a qualidade de serviço. Talvez um dia a robótica consiga fazer esse trabalho. Para personalizar serviços têm de existir pessoas e é preciso criar motivação nestas equipas, para que elas percebam que é preciso tocar, sentir, ouvir. E da parte da AS Sénior, o que é que ainda há por fazer? Várias coisas. Temos de fazer uma aposta muito maior nas novas tecnologias, encontrar bases que nos permitam fazer mais e melhor estimulação, porque também os novos residentes vêm com outra apetência. Em termos físicos, procuramos encontrar bases para uma estrutura funcional, nunca descurando o contacto com a natureza. Em termos financeiros, não nos conseguimos descolar daquilo que dissemos há pouco. Precisamos de continuar a canalizar parte do nosso investimento nos recursos humanos, por acreditarmos que as pessoas são a base e a essência de tudo. “ As pessoas têm necessidades diferentes, com ritmos de vida totalmente diferentes” Neuroreabilitar | Os novos caminhos da Fisioterapia Neurofuncional Entrevista a Sameiro Araújo, Vice-Presidente da CM de Braga, Responsável Pelos Pelouros do Desporto, Juventude, Saúde e Bem-estar | Os caminhos da saúde em Braga
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