Uma história de empreendedorismo no feminino

Tornou-se arquiteta do seu futuro no dia em que decidiu ser empresária. O nome Alcatea não veio ao acaso. Tal como na alcateia o lobo ‘alpha’ é uma bússola na retaguarda do seu grupo, também Liliana Alves decidiu traçar novos horizontes com a certeza de que o caminho se faz em equipa e com uma liderança humanizada. Porque na natureza, ou no mundo dos negócios, “o líder vem sempre atrás” e procura, passo a passo, liderar pelo exemplo.

Todos os caminhos vão dar ao sonho

Aprendeu cedo a descortinar o segredo do sucesso, mas estava longe de se imaginar na liderança do seu próprio negócio. Perfecionista por natureza, Liliana sempre se destacou no mundo do trabalho e esteve prestes a trocar a carreira de empreendedora pelo curso de Osteopatia, mas, como sempre, o destino acaba por escrever linhas decisivas e improváveis.

Os olhos brilharam-lhe da primeira vez que viu a sua loja vazia. Decorou-a na imaginação e projetou o seu futuro nela, longe de imaginar que se preparava para quebrar paradigmas.

Garante que o percurso de uma jovem mulher no mundo dos negócios não é fácil, mas acredita que o foco e a resiliência movem montanhas. Neste caso, fizeram nascer a Alcatea, um conceito de pastelaria disruptivo que, ao longo dos anos, conquistou centenas de seguidores.

O melhor ingrediente é o amor

Quem se cruzou com a ‘menina’ que trouxe a receita secreta dos famosos crepes da Carpe Diem da Feira Medieval de Santa Maria da Feira para Guimarães, e agora se depara com a mulher determinada que hoje coordena equipas de trabalho, percebe que esse pequeno rasgo dos grandes criadores esteve sempre presente.

Colocou toda a sua energia num projeto que fez crescer como um filho imaginário. Dedicou-lhe horas de trabalho, por vezes mais do que aquilo que seria previsto, deu-lhe amor e ‘plantou’ as sementes certas. Hoje sorri sentada numa mesa, disfarçada com o agradável ‘estatuto de anónima’, quando ouve um casal de namorados fotografar os seus pratos e comentar “está mesmo como imaginei”.

Nunca quis o estatuto de protagonista e ainda hoje continua a assumir as rédeas do ‘backoffice’ da empresa. Das viagens, continua a trazer a melhor inspiração e contagia a equipa a seguir-lhe os passos, oferecendo, ela própria, viagens ‘de incentivo’ aos colaboradores. É fácil perceber porque é que, apesar dos desafios, a Alcatea é uma empresa feliz…

No universo Alcatea

Sempre acreditou que este é um setor de sonhos, em que a principal missão passa por proporcionar novas experiências. Na Alcatea a experiência começa no sorriso que nos faz viajar por sabores nunca antes experimentados. Há sempre uma novidade e um detalhe a arrancar-nos da monotonia dos dias, num chocolate oferecido com o café, que traz uma mensagem implícita, ou numa louça nova, tão ‘instagramável’ que não resistimos a fotografar.

Guimarães vivia de uma pastelaria marcadamente tradicional até ela aparecer com os seus crepes, panquecas, tostas e um brunch que somou uma legião de apaixonados. São horas de dedicação, investigação e criação que dão origem a novos pratos, entre um ‘guilty pleasure’ guloso e um ‘healthy style’ para comer sem culpas. Os imperdíveis continuam a ser o protagonista Red Velvet, as tostas, como a de abacate com ovos escalfados, a French Toast, as bowls e as conhecidas panquecas de aveia. A nova carta com mais criações saudáveis está a ser desenhada, mas, seja qual for a escolha, há sempre um carinho ‘handmade’ que privilegia ingredientes naturais, feitos com amor, algum tempo e paciência, a receita que nunca pode faltar na cozinha Alcatea.

Já há quem não viva sem ela e ela, Alcatea ‘food & love since 2016’, não vive sem as suas pessoas, seja num pequeno-almoço, almoço, ou lanche diário, que nunca é igual. Ou numa encomenda em qualquer data especial, que tem sempre o carinho e os embrulhos da The Paperbox Loft, outra empreendedora no feminino, com quem Liliana Alves adora trabalhar.

As sinergias continuam a ser a sua paixão, quando nos conta que está neste momento a formar duas novas empresárias do setor, que a procuraram a propósito da abertura de uma nova pastelaria. “Fascina-me esta capacidade de darmos a mão a quem está a começar. O nosso mindset sempre foi crescer de portas abertas.”, conta. De tal forma, que a Alcatea sonha, agora, expandir até ao Porto.

Empresária, amiga, colega e a traçar o novo projeto desafiante de ser mãe pela primeira vez, Liliana Alves mantém a determinação e dedicação do primeiro dia. Percebe-se isso na forma como se entrega a datas especiais do calendário, como o Natal, que começa a preparar em setembro, ou qualquer momento especial, como o Dia da Mãe. “Vir à Alcatea é como mergulhar num universo de fantasia, onde tudo nos remete para um mundo paralelo sempre ‘vestido a rigor’ com vontade de celebrar esses pequenos momentos importantes da vida que, de tão frenética, quase nos faz esquecer a essência de que somos feitos.”, assegura. De uma simples colher personalizada ao sentimento que coloca no desenvolvimento de novas receitas, há uma alma desassossegada que promete não ficar por aqui. E, afinal de contas, não é assim que nascem as melhores histórias?

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