SAÚDE DA MULHER “Grande parte das mulheres acreditam que a dor durante o ato sexual é normal” By Revista Spot | Fevereiro 6, 2025 Fevereiro 7, 2025 Share Tweet Share Pin Email Grande parte das mulheres acredita que a dor durante o ato sexual é normal. O transtorno da dor génito-pélvica, também conhecida como dispareunia, afeta muitas mulheres e é frequentemente ignorada, levando à normalização de um desconforto que não deveria ser parte da experiência sexual. Para muitas mulheres, esta dor está associada a condições como vaginismo, endometriose, menopausa, impacto de traumas passados — e, em alguns casos, pode surgir sem uma causa aparente. Dayana Bermudes, fisioterapeuta pélvica, acredita na importância de desmistificar a dor pélvica, abordando-a com empatia e conhecimento. “É urgente tratar estas condições e educar as mulheres sobre o seu corpo, promovendo o autoconhecimento e a confiança.”, garante. Como surgiu o seu interesse pela fisioterapia do pavimento pélvico? O meu interesse pela fisioterapia do pavimento pélvico surgiu de uma forma muito natural e até inesperada. Eu estava na faculdade, e numa palestra sobre saúde da mulher, percebi que esta área tinha um impacto direto na vida de muitas pessoas e que poderia realmente fazer a diferença. Era algo que eu não imaginava ser tão relevante e transformador, mas ali senti uma conexão imediata. Desde então, passei a aprofundar-me no assunto, comecei a atuar na fisioterapia convencional, mas a minha pós-graduação na saúde da mulher fez-me ter a certeza de que este era o caminho a seguir. Hoje, continuo a apaixonar-me por esta profissão e a procurar sempre mais conhecimento. Recentemente, fiz uma especialização em transtornos da dor génito-pélvica, uma área delicada, mas que precisa de ser abordada com seriedade, pois muitas pessoas sofrem e não sabem a quem recorrer. Quais são os sinais mais comuns de que algo pode estar errado com o pavimento pélvico? É importante estar atenta a sinais como dor durante ou após a relação sexual, secura vaginal, ardência, falta de libido e urgência para ir à casa-de-banho. Perda involuntária de urina, gases ou fezes também são sintomas que nunca devem ser desvalorizados, pois muitas vezes as pessoas convivem com esses desconfortos por acharem que é normal ou que não têm solução. A fisioterapia do pavimento pélvico ajuda a entender o corpo de forma mais profunda, identificando e tratando essas questões que impactam tanto a qualidade de vida. Muitas vezes, o que nos falta é aprender a ouvir o nosso corpo e dar-lhe a atenção que ele merece. Que tipo de disfunções do pavimento pélvico são mais frequentes entre os seus pacientes? As disfunções mais frequentes que encontro nos meus pacientes são relacionadas com transtornos da dor génito-pélvica, como o vaginismo, dispareunia e vulvodínia, que são condições que afetam diretamente a qualidade de vida sexual. Também trato dores pélvicas crónicas, muitas vezes associadas a condições como endometriose, menopausa ou até mesmo tratamentos de cancro, como a radioterapia. Outro problema recorrente são as incontinências urinárias, de fezes e até de gases, com as quais muitas pessoas, especialmente mulheres, passam a conviver depois do parto ou com o passar dos anos. E, claro, os prolapsos dos órgãos pélvicos, que antes eram conhecidos como “bexiga descaída”, continuam a ser bastante comuns. A recuperação pós-parto e até a enurese infantil noturna são outros temas que abordo com frequência na minha prática, procurando sempre um tratamento personalizado que traga qualidade de vida e bem-estar aos meus pacientes. As pessoas ainda continuam a associar problemas do pavimento pélvico apenas à incontinência urinária? Muitas pessoas ainda associam os problemas do pavimento pélvico exclusivamente à incontinência urinária, mas a realidade é muito mais ampla. De facto, há uma série de questões que podem surgir devido a alterações no pavimento pélvico. Um dos problemas mais comuns são os prolapsos dos órgãos pélvicos, que podem ocorrer devido a fatores como o excesso de peso, o pós-parto ou mesmo a obstipação crónica. Também há situações como dor durante a relação sexual, especialmente em fases da vida como a menopausa ou durante a amamentação, quando os níveis de estrogénio diminuem e isso afeta a lubrificação vaginal. Além disso, condições como a bexiga hiperativa, que leva a infeções urinárias recorrentes e urgência miccional, são também muito frequentes. E não podemos esquecer os efeitos dos tratamentos para o cancro, que podem afetar diretamente a mobilidade pélvica, gerando fissuras ou até hipertrofia do canal vaginal. Casos de histerectomia parcial ou total também são comuns e, por vezes, resultam em fraqueza muscular ou até falta de libido. Como funciona uma avaliação inicial do pavimento pélvico? A avaliação inicial do pavimento pélvico numa consulta de fisioterapia começa com uma conversa tranquila, onde o objetivo é entender o histórico da paciente e as suas queixas. É um momento de total confiança e confidencialidade, em que podemos abordar as questões sem pressa. A seguir, faço uma abordagem educativa, explicando o funcionamento do pavimento pélvico, o trato urinário e a anatomia da vulva e da vagina, garantindo que todas as dúvidas sejam esclarecidas. Esta fase é importante, pois ajuda a paciente a compreender melhor o seu corpo, e muitas vezes as pessoas nem têm noção de como tudo funciona. Só depois, se a paciente se sentir confortável, fazemos o exame físico, que não é necessariamente realizado na primeira consulta, caso ela precise de mais tempo. Durante o exame, que é feito com muito cuidado e carinho, realizo a palpação dos músculos do pavimento pélvico, avaliando as zonas de dor, sensibilidade, força, coordenação e relaxamento. Também verifico a postura, a mobilidade e a resposta a estímulos, de forma a entender como está a função pélvica da paciente. O objetivo é sempre estabelecer um plano de tratamento totalmente personalizado, baseado nas necessidades de cada pessoa, com base científica, e também orientações para prevenção e exercícios adaptados à sua rotina. Eu gosto de frisar que a avaliação não é algo que deva ser feito apenas quando há dor ou desconforto evidente. O autoconhecimento do corpo é fundamental, e isso deve começar cedo, mesmo na adolescência. A falta de educação sobre o corpo feminino acaba por criar um tabu enorme. Ensinar as mulheres a conhecerem-se e a empoderarem-se do seu próprio corpo é essencial para a saúde, e a fisioterapia tem um papel fundamental nesse processo. O que é a dor no ato sexual e quais são os principais tipos? A dor durante o ato sexual, conhecida como dispareunia, é uma condição que afeta muitas mulheres e manifesta-se como dor antes, durante ou após o contato íntimo. As dores podem variar de pélvicas a ardências intensas, e estima-se que uma em cada três mulheres em torno dos 30 anos sinta algum tipo de dor nas relações sexuais. Durante muito tempo, as dores genitais foram tratadas com rótulos, com termos como vaginismo e dispareunia, que muitas vezes criavam um estigma e faziam as mulheres sentirem-se desconfortáveis com a sua condição, achando que estavam a lidar com algo grave ou incurável. No entanto, na minha prática clínica, tento evitar esses rótulos, que acabam por sobrecarregar as mulheres. Prefiro classificar a dor de uma maneira mais ampla e acessível, sem gerar tanta carga negativa. Divido as dores genitais em dois tipos principais: dores musculares, que podem ocorrer dentro ou fora da vagina ou do ânus, e dores conectivas, que envolvem aderências ou fibroses em tecidos como fáscias ou ligamentos. A dor muscular, como as contraturas que podem ocorrer em qualquer parte do corpo, é muito comum na região do pavimento pélvico. Pode ser comparada a tensões que sentimos nas costas ou no pescoço, como as contraturas no trapézio, por exemplo. Muitas mulheres não têm noção de que o que estão a sentir é uma simples contratura muscular, o que é completamente tratável. Quais são as causas mais comuns? As causas da dor podem ser bastante variadas. Entre as mais comuns estão infeções vaginais, que geram desconforto, ou uma hiperatividade dos músculos do pavimento pélvico, que podem ficar tensos demais, dificultando a relação. A incoordenação desses músculos também pode ser um fator importante, bem como a dor neurogénica, que envolve os nervos. Além disso, traumas físicos ou psicológicos, alterações hormonais, como as que ocorrem na menopausa ou durante a amamentação, também podem contribuir para essa dor. A endometriose é outra condição que pode interferir diretamente, pois as lesões no útero causam aderências que, por sua vez, geram dor durante a relação sexual. A menopausa, com a queda nos níveis de estrogénio, pode diminuir a lubrificação vaginal, tornando o canal mais seco e a relação desconfortável. Essas condições podem surgir em várias fases da vida, mas o importante é que todas têm tratamento. E a fisioterapia pélvica é, sem dúvida, uma das abordagens mais eficazes e recomendadas para o alívio da dor durante o sexo. A fisioterapia não apenas auxilia na recuperação física, mas também ajuda a desmistificar essa dor, proporcionando o autoconhecimento e a confiança que muitas mulheres precisam para superar o desconforto e retomar uma vida sexual saudável. O tratamento está disponível e é fundamental, com resultados positivos para a grande maioria das mulheres que procuram ajuda. Como é feito o diagnóstico? Muitas vezes, a mulher chega muito ansiosa e com receio, e é normal que ela já traga consigo uma memória de dor, ou até um estigma relacionado com a sua condição. Algumas até partilham histórias familiares, como a mãe que passou por algo semelhante e diz que “é normal”, o que pode acabar por agravar a perceção de que a dor é algo inevitável. Essa falta de compreensão e de suporte pode fazer com que o quadro piore, transformando-se numa bola de neve. No entanto, durante a avaliação, procuro sempre desmistificar essas ideias e criar um ambiente acolhedor. Em casos mais delicados, nem toco na região pélvica imediatamente; pode ser apenas um toque no joelho, por exemplo, para criar confiança e permitir que a mulher relaxe. Explico cada passo do que vou fazer durante a consulta, porque sei que a comunicação clara é essencial para reduzir a tensão e o medo. Às vezes, é incrível como apenas um toque simples numa área como o joelho pode reavivar a memória da dor, pois o cérebro está sempre atento e conectado às nossas experiências passadas. A minha abordagem é sempre gradual: aos poucos, vamos focando na dor, identificando onde ela está, e trabalhando no alívio dela. Com o tempo e a paciência, conseguimos ajudar a mulher a perceber que as dores podem ser tratadas e que é possível, sim, voltar a ter uma vida sexual prazerosa e sem desconforto. Claro que há casos que evoluem mais rapidamente e mulheres que estão mais abertas para trabalhar nas suas questões, mas, em qualquer cenário, o processo sempre será acompanhado com muito respeito e dedicação, porque acredito firmemente que, com paciência, é possível transformar a dor em bem-estar. Em que consiste o tratamento? O tratamento é, na verdade, um verdadeiro resgate do corpo e do prazer feminino. O foco não é apenas tratar as dores, mas proporcionar uma reaproximação da mulher com o seu próprio corpo, respeitando a sua ciclicidade, as suas fases e os seus limites. A fisioterapia pélvica atua de forma global, investigando as causas subjacentes da dor e criando estratégias para que a mulher recupere a autonomia sobre o seu corpo e a sua saúde sexual. Ao restaurar essa conexão, ela pode, gradualmente, vivenciar relações sexuais sem dor, redescobrindo o prazer e o bem-estar, muitas vezes afastados por questões de dor pélvica. Durante o tratamento, a mulher é incentivada a reconectar-se com os seus músculos pélvicos, a aprender como controlar a tensão na região e a entender como o seu corpo responde a diferentes estímulos. Esse processo pode parecer lento, mas a abordagem terapêutica é sempre feita com muito respeito, paciência e cuidado, adaptada às necessidades e ao tempo de cada paciente. Isso implica, muitas vezes, um trabalho gradual, onde vamos, com muita calma, focando no corpo e na forma como ele reage, seja durante o toque, a respiração ou a movimentação. A minha missão é criar um ambiente seguro onde a mulher se sinta à vontade para expressar as suas queixas e suas dificuldades, sem julgamentos. A cada passo, ela vai entendendo melhor o seu corpo, reconhecendo as áreas de tensão e, com o tempo, conseguindo aliviar essas dores. Que técnicas ou abordagens específicas são utilizadas? O tratamento pode envolver uma combinação de técnicas, como a eletroestimulação, o laser ou a sonda intracavitária. Cada uma delas serve a um propósito específico, seja para melhorar a elasticidade do tecido, seja para ajudar a relaxar os músculos tensos que podem estar a causar dor. No entanto, a técnica manual, como o trabalho miofascial, continua a ser de extrema importância. Muitas vezes, a tensão muscular na região pélvica é o resultado de padrões emocionais, e o toque terapêutico atua como um gatilho para a libertação dessas tensões, o que ajuda a eliminar a dor e a restaurar a função normal da musculatura. Os fatores emocionais, como a ansiedade e o stress, podem contribuir para a dor no ato sexual? Sem dúvida. O stress e a ansiedade, frequentemente relacionados a tabus culturais ou experiências passadas, podem causar contração involuntária dos músculos do pavimento pélvico, tornando a penetração dolorosa. Muitas mulheres têm memórias de dor que se desencadeiam com um simples toque, e é aqui que entra o papel terapêutico da fisioterapia, que, ao trabalhar com a paciente para reduzir essa memória dolorosa, permite a descontração e a libertação da tensão acumulada. Por isso, a nossa missão não é só tratar a dor física, mas também criar um espaço de escuta e respeito, onde a mulher se sinta segura para se reconectar com o seu corpo e sua sexualidade. De que forma a fisioterapia trabalha em conjunto com outros profissionais de saúde, como psicólogos ou ginecologistas, no tratamento desta condição? Cada profissional tem um papel específico, mas todos olham para a pessoa de forma global, levando em consideração não só os sintomas físicos, mas também o impacto emocional e psicológico que essas condições podem causar. O ginecologista pode diagnosticar a endometriose, enquanto o psicólogo trabalha com os aspetos emocionais da dor sexual, e a fisioterapia pélvica foca-se na recuperação muscular e na reeducação do pavimento pélvico. É essencial que todos estes profissionais colaborem para proporcionar um tratamento completo e eficaz. Como é que podemos promover a sensibilização e reduzir o estigma em torno deste tema? Acredito que a maior forma de combater este estigma é pela educação e empatia. Muitas mulheres sofrem em silêncio, acreditando que é algo isolado ou vergonhoso, mas a verdade é que cerca de metade das mulheres experienciam algum tipo de dor durante a relação sexual em algum momento da sua vida. O mais importante é perceber que essas dores têm causas específicas e, na maioria das vezes, têm tratamento e até cura. A minha missão como fisioterapeuta pélvica é criar um ambiente seguro e acolhedor, onde a mulher se sinta à vontade para falar sobre a sua dor e os seus desconfortos, sem medo ou vergonha. Faço isso com muito respeito, empatia e compromisso, ajudando cada pessoa a superar as suas dificuldades de forma leve e eficaz. Além disso, a sensibilização é fundamental, por isso promovo palestras e ações que desmistificam o tema, educando a sociedade e quebrando tabus, pois só assim conseguiremos eliminar o estigma em torno da dor na relação íntima. Existem hábitos ou exercícios que podem ajudar a prevenir problemas no pavimento pélvico e a dor no ato sexual? Existem, sim, hábitos e práticas que podem ajudar a prevenir problemas no pavimento pélvico e até a dor no ato sexual. Para começar, é importante respeitar os sinais do corpo: sentar-se de forma confortável e relaxada ao urinar, evitar fazer força excessiva para evacuar e garantir que o trânsito intestinal está equilibrado. Além disso, é fundamental ir à casa-de-banho sempre que sentimos vontade e manter uma boa hidratação, o que também contribui para a saúde da bexiga. Fazer uma avaliação pélvica anual pode ser um passo preventivo muito eficaz, pois ajuda a identificar qualquer alteração que possa surgir e a intervir antes que se torne um problema maior. Antes de iniciar a vida sexual, especialmente para quem nunca foi acompanhada de perto no que concerne à saúde do pavimento pélvico, seria interessante realizar uma avaliação para adquirir uma maior consciência do funcionamento desta musculatura e também para quebrar mitos e tabus que ainda existem em torno do tema. A fisioterapia pélvica é personalizada, ou seja, os exercícios são feitos sob medida, dependendo da avaliação individual. Estes exercícios podem trabalhar tanto a força e resistência dos músculos do pavimento pélvico como a sua capacidade de relaxamento e coordenação, e cada caso é tratado de forma única, focando nas necessidades específicas de cada mulher. Como é que a fisioterapia pode ajudar mulheres no pós-parto que sentem dor ao retomar a vida sexual? Através de técnicas específicas, conseguimos fortalecer o pavimento, tratar possíveis cicatrizes de episiotomia ou cesariana e lidar com as lacerações que possam ter ocorrido durante o parto. O objetivo é proporcionar uma recuperação segura, eficaz e suave, permitindo à mulher recuperar a confiança e o bem-estar para retomar a sua vida sexual e as atividades do dia-a-dia com qualidade e segurança. Além disso, a fisioterapia também oferece apoio emocional, ajudando as mulheres a lidar com o impacto psicológico que um pós-parto pode trazer, criando um ambiente de acolhimento e compreensão. Quais são as inovações mais recentes na área da fisioterapia do pavimento pélvico? As inovações mais recentes na fisioterapia do pavimento pélvico têm trazido avanços significativos, tanto em termos de tecnologia como de abordagens terapêuticas. Um exemplo notável é a neuromodulação sacral, que utiliza estímulos elétricos para tratar distúrbios do pavimento pélvico, oferecendo uma opção eficaz para quem não responde a tratamentos convencionais. Outra inovação que tem ganhado espaço é a gamificação, que combina o uso de tecnologia com o eletromiógrafo, permitindo ao paciente visualizar em tempo real a contração dos músculos do pavimento pélvico, ajudando a melhorar a intensidade da contração e a torná-la mais eficiente. Através dessa abordagem lúdica e interativa, conseguimos aumentar gradualmente o grau de dificuldade e monitorizar os progressos de forma mais objetiva. Contudo, é importante lembrar que, por mais que a tecnologia tenha um papel crescente, a fisioterapia pélvica baseada em evidências científicas, com uma abordagem personalizada e global do utente, continua a ser a base para o sucesso no tratamento. Técnicas miofasciais, por exemplo, são essenciais para garantir que estamos a tratar não apenas a musculatura do pavimento pélvico, mas também as estruturas envolventes, como a fáscia, que pode influenciar a função muscular. Combinando essas ferramentas tradicionais com inovações tecnológicas, conseguimos otimizar os resultados e oferecer um tratamento mais eficaz e individualizado. Que mensagem gostaria de deixar a quem sofre de dor durante as relações sexuais, mas ainda não procurou ajuda? A minha mensagem para todas as mulheres que sofrem de dor durante as relações sexuais, mas ainda não procuraram ajuda, é simples: não ignorem a dor, ela tem tratamento. A dor na relação sexual tem cura e a fisioterapia pélvica pode ser a chave para recuperar o prazer e a saúde íntima, com técnicas baseadas em evidências científicas. Quero que entendam que fisioterapia pélvica não é um luxo, mas uma necessidade fundamental para a nossa saúde íntima. A nossa anatomia não deveria ser um impeditivo para o prazer; pelo contrário, é importante aprender a conhecer o nosso corpo e, assim, recuperar o controlo sobre ele. É normal que, muitas vezes, as mulheres sintam que a dor é uma caraterística pessoal, como se fosse algo natural ou inevitável. Mas isso não é verdade. A dor tem tratamento, e muitas vezes é mais simples e rápido do que se imagina. Quando nos permitimos conhecer o nosso corpo, percebendo cada área, e procuramos ajuda, podemos descobrir onde está o problema e como resolvê-lo de forma eficaz. A fisioterapia pélvica é a primeira linha de tratamento para a dor nas relações, e ela é considerada o “padrão ouro” no tratamento desse tipo de dor. Não há vergonha em procurar ajuda, muito pelo contrário. É um ato de empoderamento e amor próprio. Morada: Endereço: Rua Padre Armando Lira 76, 4705-672 Braga Contacto: 937 240 999 (chamada para a rede móvel nacional) Instagram: @fisiopelvicadayanabermudes O psicólogo português que leva a psicologia positiva aos Caminhos de Santiago e a ‘caminhadas com propósito’ ao ar livre “A celulite é uma questão multifatorial entre genética, saúde hormonal e estilo de vida”
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