“É fundamental cultivar uma cultura corporativa mais humana e próxima, não apenas no Natal, mas ao longo de todo o ano”

Nascido em França, Jorge Cunha cresceu num ambiente familiar onde os valores eram profundamente enraizados e as tradições, embora simples, estavam carregadas de significado. Esses momentos tornaram-se alicerces fundamentais na sua formação. Atualmente, como empresário, destaca a importância de perpetuar esses valores ao longo de todo o ano. “A verdadeira essência do Natal não deve estar restrita a uma data no calendário, mas sim refletir-se no quotidiano, nas relações e nas decisões que tomamos. O sucesso está na capacidade de transformar os valores familiares em ações que toquem e inspirem a vida das pessoas ao nosso redor.”, sublinha.

A importância das memórias que nos definem
Os Natais da sua infância eram vividos de forma peculiar, com as tradicionais idas ao monte para colher pinhas, que mais tarde dariam os preciosos pinhões, e as brincadeiras à volta do presépio feito com musgo apanhado na natureza. Os presentes chegavam na manhã do dia 25 de dezembro, como se o tempo de espera fosse parte da magia do Natal.
Para Jorge, o Natal de antigamente tinha uma essência pura, distante do materialismo que carateriza muitas celebrações hoje em dia. “O espírito de dar é muito mais do que as trocas de presentes; é o gesto simples, a lembrança de quem fez bem ao longo do ano, um presente simbólico que carrega carinho e consideração.”, partilha.
Ao longo dos anos, continua a manter tradições que lhe são queridas. “O mais importante é estar com a família, com os amigos e até com aqueles que, por algum motivo, não têm um lugar para passar as festas. As tradições passam sempre por eventos como ‘O pai natal motard’, em Braga, o Bananeiro e a habitual Parada de Natal.”, refere.
Como empresário, Jorge Cunha procura incutir esses valores de união no seu ambiente de trabalho. “É fundamental criar uma cultura corporativa mais humana e próxima, onde todos se sintam parte de algo maior. O Natal, mais do que uma época, deve ser um reflexo do que se deve praticar ao longo do ano, tanto na vida pessoal como profissional.”, reflete.

O 2024 da Tacóminho
O setor da mobilidade está a viver um momento de transformação, impulsionado pelo avanço tecnológico e pela necessidade de maior segurança, eficiência e sustentabilidade no transporte rodoviário. Este cenário dinâmico trouxe novas exigências tanto para condutores e motoristas profissionais como para as entidades responsáveis pela regulamentação e fiscalização. A Tacóminho, recentemente qualificada pelo Instituto Português da Qualidade (IPQ) como Organismo de Verificação Metrológica (OVM), é um exemplo notável de como as empresas estão a adaptar-se e a inovar neste contexto de mudança.
Segundo Jorge Cunha, a qualificação da Tacóminho como OVM surge num momento de transformação regulamentar significativa no transporte rodoviário. “As novas normas portuguesas, que incluem a introdução da segunda geração do tacógrafo inteligente e a obrigatoriedade de emissão de faturas digitais pelos taxímetros, estão a transformar a fiscalização e a segurança no transporte rodoviário.”, refere.

A segunda geração do tacógrafo inteligente traz uma série de inovações focadas na segurança e na conformidade no transporte rodoviário. Este modelo avançado incorpora tecnologias sofisticadas, como a autenticação de sinais de satélite e sensores internos independentes, que aumentam a resistência à manipulação e garantem a precisão dos dados registados. O novo tacógrafo é capaz de registar automaticamente a passagem de fronteiras e detetar com exatidão a localização dos veículos durante as atividades de carga e descarga, registando a posição do veículo a cada três horas. Estes recursos facilitam a fiscalização e ajudam no cumprimento das regulamentações de transporte.
Estas medidas procuram não só melhorar a segurança dos motoristas e a eficiência das fiscalizações, mas também assegurar um equilíbrio justo entre os operadores de transporte na UE.
“A partir de 31 de dezembro de 2024, todos os veículos de transporte internacional com peso igual ou superior a 3,5 toneladas, devem passar a utilizar a segunda geração de tacógrafos inteligentes para uma melhor localização e estradas mais seguras. Estão incluídos nesta obrigatoriedade veículos equipados com tacógrafos analógicos ou tacógrafos digitais ‘não inteligentes’. O tacógrafo inteligente de segunda geração representa um grande avanço na tecnologia de transporte rodoviário. Este dispositivo melhora a recolha de dados e a segurança, estabelecendo novos padrões para a gestão de veículos comerciais.”, sublinha
As novas normas europeias também exigem que os taxímetros passem a emitir faturas digitais. Os taxímetros deverão, assim, passar a estar conectados ao sistema de faturação eletrónica, numa medida que tem como objetivo modernizar o processo de faturação, proporcionando maior transparência e garantindo que todas as corridas sejam devidamente registadas e documentadas.
“Estas mudanças exigem formação contínua da nossa parte, de forma a informarmos e apoiarmos a nossa rede de clientes. Trabalhamos para empresas líderes de mercado, com uma equipa altamente especializada, uma rede de parceiros de referência e um investimento contínuo em novos equipamentos e tecnologia de ponta. O futuro do transporte rodoviário exige, acima de tudo, antecipação e 2024 foi, sem dúvida, um ano de grandes mudanças.”, conclui.

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