SENIORES Fragilidades nos cuidados à pessoa idosa By Revista Spot | Outubro 1, 2020 Outubro 8, 2020 Share Tweet Share Pin Email A pandemia veio não só mostrar as fragilidades que existem no cuidado às pessoas idosas, mas também as fragilidades no sistema social, de saúde e judicial que não souberam adaptar-se à crise. Quando, apôs uma carreira contributiva significativa, os idosos precisaram de uma resposta efetiva por parte do Estado, ela não existiu, ou se existiu, falhou em muita coisa: falharam as consultas médicas regulares e de especialidade, os tratamentos, as cirurgias, o apoio aos lares, os testes, e discutia-se a gestão de ventiladores a favor de um ou outro grupo etário mais jovem. Durante o período de confinamento, um grande número de idosos, apesar de ser vítima de abusos e maus tratos, não apresentou queixa nos órgãos próprios de polícia e Ministério Público, tornando-se o acesso ao direito ainda mais difícil. É certo que ninguém imaginava a magnitude deste surto pandémico e tudo parecia desconhecido, contudo, poderíamos ter sido mais ágeis, céleres e coordenados nas tomadas de decisão e organização das respostas no quadro da prevenção e combate. Uma nova geração de respostas sociais Há um longo caminho a percorrer em várias dimensões, saúde, acão social, no campo dos direitos, mas mais que melhorar os cuidados há uma outra necessidade absoluta que é mudar o paradigma do cuidar. Isso implica deixarmos de ver a pessoa idosa como um sujeito a quem são prestados cuidados numa base caritativa e assistencial, para um sujeito ativo portador de plenos direitos com capacidade de tomar decisões empreender novos projetos e reger a sua própria vida. Passa, portanto, por uma revalorização do conceito de pessoa idosa na sociedade. Todos sabemos que os lares de idosos, ultimamente designados por ERPIS – Estruturas Residenciais para Idosos, são equipamentos de alojamento coletivo, de utilização temporária, ou permanente, em que são desenvolvidas atividades de apoio social e prestados cuidados de enfermagem que contribuam para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida destas pessoas (Portaria 12/2012 de 25 de Fevereiro). Todavia, as suas práticas, estão maioritariamente associadas a modelos assistencialistas com fraca atividade física, social e cultural, onde os espaços não foram dimensionados de acordo as necessidades individuais, não conferindo, portanto, a privacidade e a autonomia daqueles que lá residem. Bons exemplos Os avanços no âmbito da geriatria e gerontologia, apontam claramente para ganhos significativos na qualidade de vida da pessoa idosa nas instituições onde se implementou o modelo ACP (Abordagem Centrada na Pessoa). O ACP é uma abordagem reconhecida internacionalmente com elevada expressão, geralmente usada em relação aos cuidados para pessoas com dependência, designadamente lares de idosos. Dependendo dos contextos, significa atendimento individualizado e de qualidade ou uma abordagem mais uma baseada nos valores. Em qualquer caso, a atenção focada na pessoa implica reconhecer a sua singularidade, perspetivando as suas capacidades face ao que a torna dependente, apoiando a sua autodeterminação. O lema é: adaptar a Residência às pessoas e não as pessoas à Residência, o que implica respeitar as suas decisões, preferências e opções. Cirurgia Plástica | Vale Realmente a Pena? Queridos Pais,
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