EMPRESAS & EMPRESÁRIOS/ESPECIAL MULHER “A empatia é a chave da felicidade corporativa” By Revista Spot | Março 9, 2024 Março 9, 2024 Share Tweet Share Pin Email O desenvolvimento pessoal e a responsabilidade social corporativa não são apenas valores a serem seguidos, mas investimentos estratégicos em prol de uma cultura de integridade, respeito e crescimento partilhado. Sílvia Arada, descobriu na Sociologia do Trabalho e no desenvolvimento pessoal uma paixão. Acredita firmemente no poder do amor e da empatia no ambiente de trabalho, defendendo que quando a felicidade corporativa é prioridade, a produtividade e a inovação surgem de forma orgânica em todos os níveis da organização. Do basquetebol feminino à gestão de pessoas Sílvia Arada tinha um grande sonho de infância: ser basquetebolista, tendo-se destacado, inclusive, como capitã de equipa da sua escola. Em determinado momento, o seu treinador, que era amigo de um ilustre atleta português que jogou na NBA, expressou interesse em levá-la para Aveiro para integrar a equipa local. No entanto, Sílvia acabou por desistir dessa oportunidade, o que a deixou frustrada por algum tempo. A experiência de Sílvia no desporto teve um impacto profundo no seu percurso, tornando-se um estímulo constante para encorajar aqueles que lidera a nunca desistirem dos seus sonhos. O ambiente desportivo, com o seu foco no trabalho de equipa e aceitação natural dos fracassos, moldou-a de forma significativa. Uma vivência que serviu de estímulo para o seu trabalho na área de gestão de pessoas. A paixão por pessoas Embora o basquetebol tenha ficado para trás, a sua jornada rumo à realização pessoal e profissional estava apenas a começar. Sílvia escolheu enveredar pelo estudo da Sociologia na Universidade do Minho, alimentando o seu fascínio pelas pessoas e pelas dinâmicas sociais. Com uma pós-graduação em Sociologia do trabalho e das organizações, mergulhou de cabeça no mundo dos Recursos Humanos, onde descobriu a importância das ‘soft skills’ e da autoconsciência no ambiente de trabalho. Desde então, Sílvia tem desbravado novos caminhos, deixando a sua marca por onde passa. Inicialmente, trabalhou na seleção de candidatos, numa empresa de recrutamento, onde percebeu a lacuna entre a formação académica e as habilidades necessárias no mundo profissional. Determinada a preencher essa lacuna, começou a dar formação na área de Recursos Humanos, focando-se não só nas competências técnicas, mas também no desenvolvimento pessoal dos futuros profissionais, percurso que a levou, posteriormente, a assumir o cargo de Diretora de um Curso Profissional na área das Energias Renováveis. A importância do desenvolvimento pessoal A sua paixão pelo desenvolvimento humano levou-a além das fronteiras da academia. Mais tarde, Sílvia iniciou um projeto cultural de reabilitação de um espaço de interesse público, que se tornou uma alavanca para a sua missão de vida atual. Esse projeto ampliou o contato com diversas pessoas e levou-a por um percurso de autodescoberta e de desenvolvimento pessoal contínuo. Hoje, Sílvia é uma líder inspiradora e multifacetada. Como diretora de um empreendimento turístico, gere uma variedade de serviços e equipas, mas promove também programas de team building e consultoria de Recursos Humanos para empresas. É organizadora de palestras na área do desenvolvimento pessoal, ministradas pelo conhecido mestre tibetano Tulku Lobsang, e dedica-se ativamente a causas sociais, fazendo parte da direção de uma instituição de apoio à deficiência mental, em Mondim de Basto, além de desenvolver um trabalho próximo de apoio a pessoas sem-abrigo. Felicidade corporativa O seu lema é claro: para se ser um bom profissional, é necessário ter-se autoconhecimento. “Para sermos bons profissionais, temos de nos conhecer bem e isso implica saber o que fazemos de melhor. Todos temos algo que fazemos bem. Aconselho as pessoas a fazerem uma viagem ao seu interior. Esta máxima aplica-se aos colaboradores, mas também aos gestores de pessoas, não consigo perceber o outro se não me perceber a mim.”, refere. Sílvia acredita firmemente no poder do amor e da empatia no ambiente de trabalho, defendendo que as empresas devem promover a produtividade, mas também o bem-estar e a felicidade dos seus colaboradores. “Barack Obama dizia que as pessoas não são amadas simplesmente por serem competentes, elas tornam-se competentes quando são amadas. Isso sublinha a importância de criar um ambiente de conforto e harmonia, onde cada pessoa possa prosperar e crescer com confiança, sabendo que tem apoio. Atualmente, é encorajador observar um aumento na discussão sobre o amor e a empatia nas relações de trabalho.”, afirma. Sílvia garante que quando os colaboradores se sentem valorizados e amados, isso não só os faz sentirem-se mais confortáveis, mas também os capacita a expandirem os seus horizontes e a alcançarem o seu potencial máximo. “Um estudo realizado no Reino Unido revelou que pessoas felizes podem ser até 20% mais produtivas. Isto tem implicações significativas na gestão de Recursos Humanos, porque permite captar e reter talento, dar mais margem ao crescimento interno e aumentar os níveis de produtividade.”, esclarece. A gestora de recursos humanos destaca, ainda, a importância de compreender e respeitar os diferentes perfis e personalidades das pessoas nas equipas de trabalho, promovendo um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. No seu trabalho, procura ainda enfatizar a importância da responsabilidade social empresarial, incentivando as organizações a envolverem-se em projetos que promovam o sentido de pertença e a colaboração entre as equipas. “Uma das estratégias que adoto é integrar formas simples de ajudar o próximo no dia-a-dia. Recentemente, conduzi um projeto numa multinacional italiana em Portugal, direcionado a uma equipa de comerciais. Eles partilhavam comigo que lidar com clientes pode ser uma experiência solitária e desafiante, especialmente quando enfrentam conflitos e negociações difíceis. A pressão para atingir metas de vendas, resulta, muitas vezes, em tensões tanto para os clientes como para os comerciais. Inspirada pelo filme ‘Favores em Cadeia’, decidi aplicar um conceito semelhante a este projeto. Cada consultor teve a liberdade de escolher uma instituição para apoiar e a estratégia envolveu solicitar ajuda aos clientes em prol dessas causas. Com uma rede de cerca de 80 clientes cada, os comerciais mobilizaram-se numa campanha solidária mensal, procurando doações em géneros em vez de se focarem apenas em vendas. Esse esforço conjunto não só reduziu conflitos e resistências, mas também humanizou as relações entre os comerciais e os clientes.”, conta. De projeto em projeto, Sílvia mantém-se focada num propósito maior: fazer a diferença num contexto global. Com a sua dedicação às pessoas e à transformação positiva, promete continuar a inspirar aqueles que têm o privilégio de cruzar o seu caminho, deixando um legado de empatia, compaixão e progresso. “Como diz ‘O Principezinho’, somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos. Só quando estamos bem, podemos verdadeiramente cuidar do bem-estar dos outros e contribuir para tornar o mundo um lugar melhor.”, conclui. “Há uma força feminina a redefinir o setor imobiliário” “A beleza e a arte têm o dom de inspirar mudança”
EMPRESAS & EMPRESÁRIOS / Sustentabilidade “Empresas financeiramente sustentáveis tendem a investir em práticas ambientais e sociais responsáveis” No cenário atual, a sustentabilidade financeira destaca-se como um pilar fundamental para as organizações, refletindo a sua capacidade de manterem…
EMPRESAS & EMPRESÁRIOS / Moda/Beleza “A Janes é, sobretudo, uma experiência” A Janes vive para lá de todos os fashion statements. É um somatório de viagens onde moda, arquitetura e arte…
EMPRESAS & EMPRESÁRIOS / Sustentabilidade “O armazenamento de energia solar e a integração com a mobilidade elétrica já são uma realidade nas casas e empresas portuguesas” Nos últimos anos, a energia solar fotovoltaica passou de uma opção de nicho para uma solução amplamente adotada e altamente…