ESPECIAL MULHER “A Doce Maria transformou-se num Food Truck que leva a famosa Tripa de Aveiro com amor para onde quer que vá” By Revista Spot | Junho 9, 2024 Junho 10, 2024 Share Tweet Share Pin Email Dizem que o sonho e o mundo dos negócios estão intrinsecamente ligados e a história de Mónica Castelhano não podia ser maior exemplo disso. Ligou Aveiro a Braga para sempre com a sua Doce Maria, uma marca inspiradora que nos leva à magia da infância. Entre uma massa fina e leve coberta de sonhos e uma história que evoca moliceiros, azulejos e a herança portuguesa, a Doce Maria evoluiu de uma loja para um Food Truck que se prepara para percorrer festas, eventos e empresas do Norte do país, ensinando-os a que sabe o verdadeiro amor. A voz de uma empreendedora Nascida numa família de empreendedores, em Aveiro, a sua terra natal, Mónica cresceu no mundo dos negócios. Pais e avós inspiraram-na a ser melhor a cada dia. “Foram eles que me ensinaram que ser empreendedor é, acima de tudo, um estado de espírito, uma atitude perante a vida. É sobre ver oportunidades onde outros veem, muitas vezes, obstáculos, abraçar desafios com coragem e determinação.”, revela. Licenciou-se em Fisioterapia, área em que procurou inovar e acrescentar valor, mas a vontade de criar o seu próprio negócio falou mais alto. Depois de estudar na região de Braga, sabia que anos mais tarde haveria de voltar, e voltou. A ideia começou a delinear-se em 2020, mas foi em fevereiro de 2021 que Mónica a tirou da gaveta dos sonhos. Fez um estudo de mercado, utilizou todas as suas economias, contratou a pessoa certa para a ajudar a impulsionar o seu negócio e, em menos de cinco dias, tomou a decisão de avançar, sem olhar para trás. A 10 de junho de 2021, a Doce Maria abriu portas numa bonita homenagem às Tripas de Aveiro e a tudo aquilo que elas representam. “O nome é uma homenagem à minha filha Maria, representando a doçura que todos temos nas nossas vidas, personificada por alguém especial.”, explica. Um percurso inspirador Mais do que um negócio, a Doce Maria é um testemunho de paixão e determinação. Ao trazer as famosas Tripas de Aveiro para Braga, Mónica deparou-se com uma série de obstáculos que testaram a sua resiliência e capacidade de adaptação. “Um dos maiores desafios enfrentados foi a aceitação do produto. Em Braga, a maioria das pessoas desconhecia as Tripas de Aveiro, o que tornou a tarefa de introduzir e popularizar o produto um desafio.”, recorda. Foi assim que Mónica fez da sua Doce Maria uma experiência. Um negócio ‘desenhado à mão’, tal como o amor deve ser. Num recanto cor-de-rosa e instagramável, a Doce Maria passou a cheirar a sonhos e à massa suave e fofa da Tripa Doce de Aveiro acabada de fazer. Podia ser uma das histórias que nos contavam na infância, mas tornou-se real e atraiu centenas de curiosos à sua porta, como se estivéssemos numa das famosas barraquinhas da Costa Nova em pleno verão. Uma proposta única de valor O que faz da Doce Maria um verdadeiro deleite para os sentidos? A resposta reside na vontade incansável da sua criadora em oferecer algo único e diferenciado. Num mundo onde a competição é grande, encontrar uma proposta única de valor é fundamental. “Para começar, a qualidade é a pedra angular de cada produto. Da cuidadosa seleção dos ingredientes ao processo meticuloso de preparação, cada detalhe é tratado com o mais alto padrão de excelência. A massa, em particular, é uma obra-prima em si mesma, feita com carinho e os melhores ingredientes. Os recheios são escolhidos a dedo, baseados no meu próprio gosto pessoal, mas sobretudo no dos clientes. A Doce Maria é uma empresa que ouve o seu público. Recordo-me, por exemplo, de quando uma cliente expressou o seu desejo por coco ralado para acompanhar os ovos moles. Decidi ouvi-la e o coco passou a fazer parte da nossa lista. O resultado? Uma cliente extremamente satisfeita e um produto ainda mais cativante. É esse amor que permeia cada aspeto do negócio, elevando-o a experiência.”, assegura. De pessoas para pessoas Das redes sociais, onde Mónica Castelhano e a sua Doce Maria se tornaram verdadeiras influencers, à loja onde tudo passou a acontecer, nasceu uma comunidade de apaixonados. “Os negócios são sempre sobre pessoas. O sorriso de um cliente que acaba de provar uma Tripa doce e fofa com o seu sabor preferido é um verdadeiro barómetro do sucesso. É essa ligação humana que faz com que alguém se sinta parte de algo maior, dessa família em que quis que a Doce Maria se tornasse.”, confessa. Tudo parecia estar na fórmula certa, mas de acordo com a empresária era preciso ir mais além. “O negócio está em constante mutação. O que é hoje uma certeza, amanhã pode não ser. E nós temos de avançar como se cada dia fosse uma nova conquista, aprendendo com o percurso e evoluindo.”, revela. O ponto de viragem O ponto de viragem veio com uma decisão desafiante: o fecho da loja física da Doce Maria. “Tomar a decisão de fechar a Doce Maria foi um momento de introspeção profunda. Por vezes ficamos demasiado presos aos sonhos do passado, mas chega um momento em que temos de avançar para aquilo em que acreditamos. Aprendi que não devemos ter medo de tomar decisões. O poder está em agir e seguir em frente. É assim que crescemos, é assim que conquistamos maturidade.”, assegura. Nesta bonita reinvenção que marca uma nova etapa da marca, a Doce Maria ganha rodas e prepara-se para explorar o Norte de uma ponta à outra num Food Truck encantador que leva a essência aveirense para todo o lado: festas, eventos, empresas e onde o coração a levar, com a certeza de que cada quilómetro percorrido há-de levar o melhor de si a cada pessoa. Um mundo com muitos mundos dentro Ser gestora, mãe e marketeer pode parecer um feito hercúleo para muitos, mas para Mónica, é uma dança cuidadosamente coreografada entre múltiplos papéis. “O que me move é ser 100% em todos os papéis. Acordar e saber que todos os dias são diferentes, entre muito trabalho, estudo e investigação. A vida é um malabarismo constante e o segredo está em encontrar o equilíbrio onde quer que esteja.”, sublinha. Num mundo onde a pressão para ser perfeito é constante, Mónica lembra-nos gentilmente que a perfeição está na autenticidade de dar o nosso melhor. Para ela, a abertura da loja foi o ponto alto, o concretizar de um sonho que parecia inatingível. “Ver-me em Braga, no centro, com uma loja própria, foi como alcançar o pico do Everest. De seguida, veio o boom da Doce Maria, com o reconhecimento em Braga e oportunidades que foram surgindo naturalmente, como a nossa ida à televisão. Guardo com carinho cada evento, festa e romaria e esta ligação única às pessoas da região que se transformou em muitas amizades e em pessoas que me acompanham para a vida. É toda esta energia que me move.”, garante. O futuro Após um rebranding que lhe trouxe uma nova identidade visual e conceito e com esta nova aposta num novo segmento de negócio, a Doce Maria renasce ainda mais dinâmica e próxima do seu público. “O percurso empreendedor está intimamente ligado ao teste e à experimentação. Devemos agir, testar as nossas ideias e estratégias. É como acertar num alvo a cada mil tentativas. Por isso, é fundamental manter uma postura de constante aprendizagem e adaptação ao longo do caminho.”, evidencia. A outros potenciais empreendedores deixa uma mensagem importante: “Não adianta deixar um grande projeto adormecido à espera do momento perfeito, pois essa conjuntura ideal raramente chegará. Vão sempre surgir imprevistos e obstáculos no caminho. É preciso agir com coragem, trazendo a ideia para a realidade e acreditando no seu potencial de sucesso. Mesmo que o início seja desafiador, com persistência e compromisso, os resultados positivos tornam-se evidentes ao longo do percurso. Além disso, um dos pilares fundamentais para o sucesso é o networking, encontrar as pessoas certas, os parceiros adequados e aqueles que já estão onde desejamos estar. É importante não subestimar o poder dos relacionamentos sólidos no meio empresarial. Ninguém nasce empresário ou gestor, são papéis que aprendemos ao longo do caminho. Estudar, olhar para a concorrência como uma oportunidade de aprendizagem faz parte do caminho. Ao contrário do que muitos pensam, partilhar conhecimento não nos torna vulneráveis, mas sim especiais. Recordo-me de um episódio engraçado em que um concorrente veio à minha loja e ficou surpreendido com a minha capacidade de abertura e de troca de ideias. Mais tarde, perante a minha postura, ajudou-me no que precisei. A troca de informações e experiências beneficia tanto quem partilha como quem recebe, fortalecendo a comunidade empreendedora como um todo.”, assume. Uma ligação emocional à marca Seja presencialmente, ou no digital, há uma ligação emocional das pessoas à Doce Maria. As fronteiras esbatem-se e, de repente, achamos que conhecemos a Mónica e a sua marca desde sempre. “A ligação com a marca vai muito além do produto em si, inclui os valores, a visão e a identidade da pessoa que a representa. Essa ligação genuína com o público é essencial.”, refere. Incansável, Mónica promete continuar a surpreender. “Pesquiso bastante, investigo todos os nichos de mercado na minha área, frequento eventos, formações, ouço podcasts. Tento acompanhar o que se passa no mundo para fazer nascer novas ideias e estimular a criatividade. O mundo é vasto, não é verdade? Por exemplo, um croissant pode ser algo simples, mas pode tornar-se num produto muito mais valorizado no mercado se o apresentarmos de forma diferente. Recentemente, vi essa abordagem em Istambul, onde servem croissants com gelado e Nutella, algo que teve uma repercussão enorme. Não devemos ficar presos à ideia de que o produto nasceu e cresceu de uma determinada forma. Podemos manter a tradição e a qualidade, mas também podemos inovar, diferenciar-nos. É disso que se trata, sermos capazes de evoluir.”, reconhece. Três anos depois a Doce Maria é feita desta maturidade e a história reinventa-se com a transição para um logótipo que reflete as caraterísticas das casas da Costa Nova e a cor amarela dos ovos moles. Em caso de dúvida, é só seguir o rasto perfumado a canela, baunilha e açúcar. As mãos mágicas de Mónica Castelhano prometem continuar a concretizar desejos em forma de Tripa Doce. Dizem os entendidos, e mesmo aveirenses de gema, que esta receita é uma das melhores. Caseira, natural, portuguesa orgulhosa e feita com amor, o ingrediente chave das melhores histórias, a Tripa mais famosa de Braga continua a ser uma das histórias mais bonitas que ouvimos até hoje. Facebook: Doce Maria Braga Instagram: @doce.maria_braga Site: docemaria.pt “A produção de eventos é um caleidoscópio de experiências e sensações em constante evolução” “Os primeiros produtos na rotina da Saúde Materno-infantil são fundamentais para garantir o bem-estar da mãe e do bebé”
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