Cafés & Tapas/ESPECIAL MULHER/Garrafeiras “Deixar o ensino e entrar no mundo do queijo artesanal foi a aventura mais bonita da minha vida” By Revista Spot | Maio 8, 2024 Maio 8, 2024 Share Tweet Share Pin Email Há pessoas que não nasceram para seguir caminhos óbvios e a Ana Rita Lima é um exemplo disso. Nos anos em que trabalhou como animadora sociocultural, sempre se sentiu fascinada pela capacidade de ensinar às crianças as histórias e culturas do mundo. De viagem em viagem, foi dando forma a um sonho secreto de fazer nascer em Braga uma queijaria desenhada de uma ponta à outra com o amor e as histórias dos pequenos produtores que fazem da arte de produzir queijo o seu sustento. Artesanais, únicas e intemporais, estas raridades de Portugal e do mundo fizeram nascer a Corriqueijo, que junta verdadeiras legiões de apaixonados de várias línguas e culturas, que não perdem uma tábua rica e uma boa experiência. No mundo do queijo artesanal Este não é um simples desfile de nobres frescos, semicurados e curados, com as suas texturas, e personalidades distintas, é muito mais do que isso. São centenas de histórias de famílias de produtores, guardiões de tradições antigas e segredos transmitidos de geração em geração. Rita faz questão de os conhecer todos. “Ainda me recordo do início atribulado em que, com o apoio incondicional do meu marido, do meu irmão e da minha cunhada, decidi dar uma reviravolta total à minha vida. Este era o caminho que eu queria seguir e sabia que, ao fazê-lo, iria entregar-me de alma e coração. E assim foi. Partimos à descoberta de todas estas pessoas que fazem do carinho o seu maior motor. Conheci quintas, produtores que sabem os nomes dos seus animais de cor e pastagens únicas que me fizeram perceber que sempre que saboreamos um queijo artesanal, estamos, sobretudo, a absorver uma história.”, revela. Na verdade, Rita não deixou o ‘ensino’, porque continua a explicar-nos, com um brilho nos olhos, todo o percurso do queijo que temos à nossa frente, as curiosidades da região e da pessoa que o produziu e é dessa experiência que a Corriqueijo é feita. “Tudo isto é muito mais do que queijo. É sobre resgatar toda esta cultura ancestral que precisa e merece ser partilhada.”, garante. Uma viagem de sensações entre Portugal e o mundo Em seis anos, a Corriqueijo tornou-se um ponto de encontro de pessoas de todas as idades, dos apreciadores de queijo aos curiosos que desejam aprender mais sobre este mundo fascinante. E até o nome tem uma história. “Lembro-me de comentar que o meu espaço tinha de ser algo corriqueiro, um lugar muito genuíno, onde toda a gente pudesse entrar, comprar, ou simplesmente aprender dicas e curiosidades sobre o mundo do queijo.”, recorda. Atrás da grande vitrine onde repousa esta mistura de cores, formas e aromas, vemo-la, com o sorriso meigo de sempre, a aconselhar uma trilogia portuguesa de cabra, vaca e ovelha, que une a cremosidade rica do Queijo da Serra, as notas de ervas dos Queijos da Beira Baixa e a intensidade única do Queijo da Ilha de S. Jorge. Do imponente Roquefort aos surpreendentes Gouda e Alex Cheese, cada tábua para provar ao balcão, ou para levar para casa, promete viagens sensoriais para experimentar de olhos fechados e partilhar com os amigos. A experiência completa Rita não perde uma oportunidade para nos explicar aquele pequeno detalhe que ainda não conhecíamos sobre um queijo e para nos indicar o pairing perfeito com os vinhos, também eles de pequenos produtores. “Sempre me fascinou esta proximidade com as pessoas. Cada pequena escolha é feita com sentimento, posso dizer que só tenho produtos e conceitos com os quais me identifico e que partilham desta filosofia de ‘slow food’, que valoriza os métodos artesanais. Tudo o que vai do Prado ao prato encanta-me, mesmo que tudo isso implique uma gestão e uma logística desafiantes, uma vez que estamos a trabalhar com pequenas produções. Mas não troco essa essência por nada.”, partilha. “Sempre que provamos um queijo artesanal estamos, sobretudo, a absorver a sua história” A Corriqueijo trouxe a Braga uma cultura do queijo que não deixa ninguém indiferente e até já o cantor Lloyd Cole visitou o espaço. “É mesmo bonito perceber esta corrente que se cria, de pessoas de todos os cantos que partilham a mensagem e nos conhecem. A Corriqueijo é muito mais do que um negócio e é isso que me move. Saber que estamos a criar uma comunidade unida pelo amor a um produto único e a toda a cultura que o envolve. Se não for feito deste amor, então não vale a pena.”, conclui. Por ali, o tempo ainda é respeitado. O tempo para ouvir, contar, provar e partilhar memórias afetivas que nos prendem a este lugar. Morada: Rua dos Biscaínhos 89, 4700-210 Braga Contacto: 968 783 926 (chamada para a rede móvel nacional) Facebook: Corriqueijo Instagram: @corriqueijo “O tabu em torno das finanças pessoais é uma barreira na comunicação dos casais” “A alma de um negócio é como uma receita de um bolo, requer amor, paciência e coragem para arriscar”
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