Cem Anos®: A equipa que transforma a longevidade numa vida com propósito

São 10h00 da manhã e as equipas da Cem Anos® estão a chegar às casas de duas mulheres extraordinárias, cujas vidas, apesar da idade, continuam a brilhar com a alegria de quem encontrou um novo propósito. A D. Palmira, em Amares, e a D. Maria de Jesus, em Braga, são exemplos vivos de como o envelhecimento não deve ser visto como um fim, mas como uma oportunidade para viver de forma plena e significativa. Entre o meio rural e o meio urbano, ajustam-se as rotinas. Entre quem prefere o conforto do lar e quem não dispensa um passeio pelo bairro e o seu habitual café, há algo em comum: a busca por um envelhecer com qualidade e carinho. A Cem Anos®, fundada pela enfermeira Patrícia Dias, reflete precisamente essa filosofia: a longevidade não se resume a viver mais tempo, mas a viver melhor, com dignidade, respeito e, acima de tudo, com o apoio necessário para que cada pessoa continue a revelar o melhor de si, independentemente da idade.

Na Casa de D. Palmira: Flores, memórias e afeto

Na casa de D. Palmira, um recanto florido que transborda memórias, o dia começa ao ritmo de quem sempre viveu ao serviço dos outros e hoje quer, finalmente, desfrutar dos seus dias. A cuidadora formal, Conceição Duarte, começa mais um dia com uma rotina que respeita o ritmo da idosa. “Ela acorda devagarinho, pelas 09h00. Se quiser continuar a dormir, deixo. Tudo é feito com calma e no tempo dela”, descreve Conceição, com um sorriso de quem entende que cuidar vai muito além das tarefas práticas — é um compromisso com o bem-estar emocional, físico e psicológico.

Mais tarde, no jardim da casa de D. Palmira, a enfermeira de reabilitação Marta Gomes entra em cena, com um plano de treino físico e cognitivo adaptado ao gosto da D. Palmira. Caminham juntas, conversando sobre as diversas espécies de flores que D. Palmira cultiva com tanto amor e carinho. O jardim é um dos lugares preferidos da idosa e é assim que a equipa da Cem Anos® adapta o cuidado ao gosto pessoal de cada utente, transformando o acompanhamento numa atividade significativa. “Este treino funcional é sempre associado ao seu amor pelas flores”, explica a enfermeira Marta, com um olhar atento ao detalhe que faz toda a diferença.

A casa, onde nasceu, cresceu e casou, é um verdadeiro refúgio — um espaço onde o tempo parece parar, mas as energias continuam a florescer, especialmente no jardim onde as orquídeas e outras flores exalam uma paz incomparável.

O testemunho de Patrícia Dias: A humanização no cuidado

Para a enfermeira Patrícia Dias, fundadora da Cem Anos®, o cuidado vai muito além da assistência básica. “Não se trata apenas de um acompanhamento clínico, mas da criação de atividades significativas, adaptadas às preferências de cada utente”, explica. Patrícia enfatiza que a missão da Cem Anos® é proporcionar uma abordagem integrada, onde a funcionalidade física, o bem-estar cognitivo, emocional e social se entrelaçam de forma harmoniosa.

“Trabalhamos a saúde biopsicossocial e até espiritual, de forma unificada, no domicílio”, menciona Patrícia, destacando a importância de respeitar a individualidade de cada pessoa. A equipa adapta-se à realidade de cada utente, seja uma senhora mais reservada ou outra que valoriza o convívio diário no café ou nas lojas do bairro. O objetivo? Combater o isolamento e reforçar os laços com a comunidade, algo essencial para uma longevidade com qualidade.

Um trabalho feito por vários rostos

O trabalho da Cem Anos® é verdadeiramente multidisciplinar e coordenado, envolvendo não só enfermeiros, mas também fisioterapeutas, nutricionistas, médicos assistentes e cuidadores formais. “Não fazemos apenas cuidados de higiene. Trabalhamos com planos integrados, com foco na prevenção e deteção precoce de alterações clínicas. Esta visão 360 é fundamental, como apoio a todo o ecossistema de saúde da pessoa que acompanhamos e da sua família”, afirma Patrícia. Um trabalho fundamentado numa observação constante das necessidades da família, respeitando a sua realidade financeira e personalizando cada plano de intervenção. 

A proximidade é um dos maiores diferenciais do serviço. As famílias sabem que podem contactar a equipa 24 horas por dia. “O que mais nos referem é a sensação de segurança”, destaca Patrícia. Esta presença constante ajuda a fortalecer o papel dos cuidadores informais, que muitas vezes precisam de apoio para continuar a prestar cuidados de forma eficaz.

Além disso, a equipa da Cem Anos® oferece formação contínua aos cuidadores informais e promove atividades de sensibilização sobre envelhecimento e longevidade. “Envelhecemos desde o momento em que nascemos. Não devemos ver o envelhecimento como algo distante, mas como uma parte contínua da vida”, salienta a enfermeira Patrícia. 

O amor chega sob a forma de Lanche: O testemunho de D. Palmira

As bolachinhas chegam à mesa enfeitada com o bonito ramo oferecido pela cuidadora no dia anterior e o sorriso tímido de Dona Palmira já revela a sua simpatia e a serenidade com que vive. “Adoro flores”, exclama com entusiasmo, ao falar das plantas que a rodeiam. A sua casa, rodeada de flores, é o seu paraíso. Os filhos visitam-na e telefonam frequentemente e D. Palmira nunca se sente só. “É muito melhor do que estar num lar”, revela com um tom de gratidão, referindo o apoio constante de Conceição, que é mais do que uma cuidadora: é uma amiga.

Conceição Duarte, cuidadora dedicada, descreve o seu trabalho como uma missão de amor e empatia. “Cuidar não é apenas fazer tarefas. É estar presente, ouvir, e respeitar o ritmo da pessoa”, explica. Para Conceição, cuidar de D. Palmira é uma verdadeira paixão, especialmente após a experiência de cuidar do seu próprio pai. “O verdadeiro cuidado envolve atenção, respeito pela autonomia e, sobretudo, muito amor”, garante.

Manuela Sá, filha da D. Palmira, partilha a sua experiência com a Cem Anos®. “Tem sido uma enorme mais-valia. A minha mãe foi operada ao fémur e foi um enorme desafio. Numa fase inicial, o serviço era apenas de acompanhamento, com a enfermeira a visitar para verificar como é que estava a correr o processo. Hoje em dia, temos um acompanhamento diário, com a presença da equipa que apoia a minha mãe a tempo inteiro. O serviço tem sido excelente, com muito respeito e atenção, o que tem contribuído para a boa recuperação da minha mãe. Sabemos que está sempre alguém especializado e de confiança a cuidar dela, o que nos transmite muita tranquilidade”, afirma.

Na Casa de D. Maria de Jesus cuida-se da memória e da história

Em Braga, a história de D. Maria de Jesus é também um percurso de afeto, cuidado e gratidão. A ligação com a equipa da Cem Anos® começou com o seu marido, já falecido, e desde então a presença das cuidadoras nunca cessou. “Foi uma bênção de Deus”, diz, emocionada, ao falar da equipa que, além de cuidados médicos, trouxe também companhia e carinho para os seus dias.

A ligação que se criou vai muito além do serviço prestado. “É tudo tão próximo, considero-as como família”, afirma. Os cuidados respeitam o seu ritmo e as suas rotinas, como sair para tomar o pequeno-almoço no café da zona – onde todos a conhecem e perguntam por ela quando não aparece. “Quando não apareço, já estão a perguntar por mim”, conta, divertida. 

A sua história é também a de muitas famílias que emigraram em busca de um futuro melhor. O marido foi para África com apenas 14 anos. “Fez os 14 anos no barco, a caminho de lá”, conta. Mais tarde, regressaram a Portugal graças a uma licença do Estado, e foi cá que decidiram ficar, depois das dificuldades que começaram a surgir no país de origem.

Hoje, a D. Maria de Jesus vive acompanhada, cuidada e acarinhada. “Às nove da manhã já estão a bater à porta, não me deixam descansar!”, brinca. E mesmo nos dias em que a vontade é ficar na cama, lá está quem a incentiva a sair, com firmeza, mas sempre com amor.

“São pessoas exemplares, muito carinhosas. Desde o meu marido… não fizeram mais porque não puderam.” O brilho nos olhos e a ternura com que fala de quem a acompanha são testemunho de um cuidado que é muito mais do que assistência: é laço, é família, é presença.

Os rostos diários da D. Maria de Jesus

Elsa Barbosa, cuidadora formal da Cem Anos®, é a presença diária ao lado de D. Maria de Jesus. Descreve o seu trabalho com um sorriso no rosto, dizendo que trabalha num ambiente onde se sente realizada e identificada com os princípios da empresa. “Cria-se uma relação de proximidade. Às vezes, acaba por não ser um trabalho. É uma ligação de afeto, de amor”, explica, enfatizando que o cuidado da Cem Anos® vai além das tarefas diárias e se transforma numa verdadeira relação de cumplicidade.

O dia-a-dia ao lado da Dona Maria de Jesus é pautado por gestos simples, mas cheios de significado. Acompanhá-la nas suas rotinas, conversar, caminhar, ouvir as suas histórias – tudo isso faz parte de um cuidado que respeita e valoriza quem ela é. “Vamos acompanhando os ritmos dela. E às vezes, vamos sugerindo outras coisas, com cuidado. A nossa ideia não é impor nada, é deixar que seja ela a dar o primeiro passo. E quando isso acontece, é tão gratificante. Vemos aquele sorriso… e isso vale tudo.”

Elsa fala com brilho nos olhos, como quem está exatamente onde deveria estar. E talvez seja por isso que a D. Maria de Jesus a vê não apenas como cuidadora, mas como família. Na Cem Anos®, é mesmo assim: cuidam como se fossem da casa.

Rosa Maria de Jesus Araújo, filha de D. Maria de Jesus, também conhece bem a importância dos cuidados humanizados da Cem Anos®. “Eles são uma equipa muito humana. Já tinham acompanhado o meu pai, infelizmente falecido devido a um cancro da próstata, e o acompanhamento foi de excelência. A Patrícia, a enfermeira responsável, é um ser humano muito acima da média.”

Para Rosa, que é professora, o contacto com a Cem Anos® reforça algo que ela própria transmite aos seus alunos: a importância da humanização nas relações, o olhar atento para o ciclo da vida.

“A Cem Anos® não é um projeto qualquer. É um projeto fora de série. A Patrícia dá um acompanhamento total, personalizado, humano. Está em contacto com todos os profissionais envolvidos — do enfermeiro do centro de saúde ao médico de família, passando por fisioterapeutas e cuidadores… é uma rede completa, que nos dá uma paz enorme. Para quem trabalha é uma mais-valia gigante saber que o pai ou a mãe estão entregues a pessoas assim”, assegura.

Marta Gomes, enfermeira na Cem Anos® – “É no domicílio que conseguimos fazer um trabalho mais completo”

A enfermeira Marta Gomes integra a equipa da Cem Anos® desde o início deste ano, mas a ligação ao cuidado no domicílio vem de longe. Atualmente a concluir a especialidade em Enfermagem de Reabilitação, Marta encontrou na Cem Anos® o espaço ideal para desenvolver aquilo que verdadeiramente a move: promover a autonomia, prevenir complicações e melhorar, de forma concreta, a qualidade de vida dos idosos.

“O meu percurso aqui ainda é recente, mas identifiquei-me desde o primeiro dia. É no domicílio que conseguimos fazer um trabalho mais completo. Podemos atuar diretamente na realidade da pessoa, adaptar os cuidados ao seu contexto, à sua história, à sua casa, à sua família.”

Para Marta, esta abordagem faz toda a diferença. “Há muitos idosos em casa sozinhos, com doenças crónicas, várias comorbilidades e sem o acompanhamento que deveriam ter. O risco de quedas, de erros na medicação, de isolamento… é tudo real. No domicílio, conseguimos perceber e antecipar esses riscos, educar, ajustar, e sobretudo estar presentes.”

Um dos aspetos que mais valoriza é a possibilidade de criar planos de cuidados personalizados e trabalhar todas as dimensões da pessoa: a física, a emocional, a social. “O ser humano não é só corpo. E no domicílio temos essa liberdade – e responsabilidade – de olhar para tudo. Desde estimular a cognição até promover atividades com significado para aquela pessoa. Se for cuidar de um utente que gosta de plantas e quer ir ao jardim, então vamos ao jardim. Isso também é cuidar.”

Mas não é só do utente que se cuida. “No domicílio, entramos no universo daquela família. E isso é fundamental. A forma como a família vive a saúde, como se organiza, tem um impacto direto no bem-estar da pessoa. E muitas vezes, ao cuidarmos de um idoso, acabamos também por cuidar da família.”

Para Marta, é urgente repensar a forma como a sociedade olha para o envelhecimento. “Envelhecer não tem de ser o fim. Pode e deve ser uma fase de descoberta, de novas oportunidades, de qualidade de vida. As pessoas encaram muito esta fase como declínio, mas não tem de ser. Podemos viver muitos anos – mas queremos vivê-los bem. Com dignidade, com gosto, com autonomia.”

E é aí que a abordagem multidisciplinar faz toda a diferença. “Ninguém cuida sozinho. Cada profissional tem uma visão, uma especialidade, uma perspetiva. Quando conseguimos juntar essas visões todas, conseguimos criar planos de cuidados que são verdadeiramente completos e ajustados à realidade de cada utente. E isso é extraordinário.”

O que mais a apaixona no seu trabalho? Marta responde com um sorriso: “É isto mesmo. Cuidar com proximidade. Trazer qualidade de vida, de forma real, humana e personalizada. Estar ao lado, fazer parte, fazer diferença.”

Rosa Ferreira: Cuidar com amor, viver com apoio

Rosa Ferreira é cuidadora da sua mãe, D. Clementina. Cuida dela a tempo inteiro — com dedicação, com amor, com entrega total. É daquelas pessoas que fazem da palavra “cuidar” um verdadeiro ato de vida. Mas, como a própria Rosa partilha, nem sempre é fácil. “As pessoas não têm noção do que é”, partilha com sinceridade.

A verdade é que ser cuidadora 24 horas por dia exige não só força física, mas também uma enorme resiliência emocional. E é por isso que, sempre que precisa de um momento para si — para ir a uma festa, jantar fora, tratar de algum assunto ou, simplesmente, respirar —, a Rosa recorre ao apoio da Cem Anos®, solicitando o serviço de Substituição do Cuidador.

Esse apoio tem sido essencial. “É muito importante. Porque cuidar de alguém não deve significar deixar de cuidarmos de cuidar de nós”, sublinha.

A Cem Anos® permite à Rosa esse respiro. Uma pausa merecida, mesmo que breve, para que possa continuar a cuidar da sua mãe com o mesmo amor de sempre, mas também com mais equilíbrio.

Num mundo onde tantas vezes o trabalho dos cuidadores passa despercebido, a história da Rosa é um lembrete de que o cuidado é um ato nobre — e que ninguém devia cuidar sozinho.

Patrícia Dias, Fundadora da Cem Anos® – “Queremos ser um verdadeiro centro de apoio à longevidade”

A enfermeira Patrícia Dias é o coração e a mente por detrás do projeto Cem Anos®. Especialista em cuidados ao domicílio, Patrícia criou um modelo de intervenção centrado não só na pessoa idosa, mas também na realidade concreta das suas habitações, da sua autonomia e da rede familiar que a rodeia.

“O nosso serviço base é o Apoio Domiciliário Integrado, mas percebemos desde cedo que as casas onde os cuidados acontecem não estão preparadas para a longevidade”, destaca.

Foi com esta constatação que surgiu o projeto de Adaptação de Infraestruturas à Dependência — uma resposta concreta e premiada (1.º lugar no Festival de Inovação Social de Braga), que alia saúde, arquitetura e engenharia. A proposta é simples e transformadora: adaptar o espaço físico à realidade de cada utente, promovendo a autonomia e a segurança. Isto pode passar por remodelações ligeiras, como mudanças na disposição dos móveis, remoção de tapetes ou instalação de barras de apoio, até intervenções mais profundas, sempre com o envolvimento de uma equipa multidisciplinar.

“Nós trabalhamos com técnicos de remodelação, arquitetos, engenheiros e, claro, enfermeiros. Cada intervenção é pensada para aquela pessoa e para aquela família, respeitando a sua história e as suas necessidades”, partilha Patrícia.

Um exemplo vivo deste trabalho é o caso de uma utente que, após um pós-operatório, está em reabilitação com a enfermeira Marta e conta com apoio diário no domicílio. A casa de banho desta senhora foi adaptada à medida para lhe permitir recuperar com segurança e dignidade.

“Ela já era nossa utente. Quando precisou de apoio adicional após a cirurgia, nós já conhecíamos o contexto, e isso fez toda a diferença. Agimos rapidamente para promover a sua autonomia”, sublinha.

A Cem Anos® acredita firmemente na importância da prevenção. Patrícia destaca que muitas vezes as famílias só procuram apoio em fases já complexas, quando muito poderia ter sido feito antes. No entanto, mesmo nesses casos, os resultados surpreendem: há ganhos reais de funcionalidade e bem-estar, tanto para os idosos como para os seus familiares.

“Queremos ser um verdadeiro centro de apoio à longevidade — não importa a fase da vida ou do nível de dependência. Queremos intervir nas barreiras arquitetónicas, mas também nas barreiras sociais”, afirma.

Outro aspeto essencial do trabalho desenvolvido é a articulação com o Sistema Nacional de Saúde. Garantir que os mais diversos profissionais de saúde do Sistema Nacional de Saúde que acompanham o utente recebam um retrato fiel da realidade do domicílio é uma preocupação da equipa da Cem Anos®.

“O que o médico prescreve em consultório pode não se aplicar tal e qual à realidade do contexto domiciliário. Cabe-nos a nós recolher dados concretos e ajudar na adaptação correta e segura da terapêutica, da alimentação, das rotinas. Isso faz toda a diferença.”

Para Patrícia Dias, cuidar é mais do que tratar: é olhar para a pessoa no seu todo, respeitar o seu espaço, a sua história e dar-lhe meios para viver melhor. Esse é o verdadeiro significado de apoiar a longevidade.

Conclusão: O cuidado como ato de amor

Cada dia de trabalho é uma oportunidade de construir laços fortes e significativos com aqueles de quem cuidam, respeitando as suas memórias, as suas rotinas e os seus desejos. O cuidado não é apenas um ato de assistência, mas um gesto de amor e respeito que atravessa gerações, promovendo uma vida mais plena, rica em significado e conexão. O envelhecimento não é o fim, é o início de uma nova fase cheia de possibilidades — e a Cem Anos® nasceu para fazer dessa fase a mais bela de todas. 

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