Bracicla: Por um planeta mais verde

Se de cada vez que reciclássemos, o planeta Terra nos sorrisse de volta, talvez dessemos por nós a fazê-lo com mais frequência. Um sentimento muito semelhante ao de visitar a Bracicla, uma das maiores unidades de gestão de resíduos da Europa, hoje com capacidade para processar cerca de 10 mil toneladas de resíduos por mês, nascida de um sonho com quase 50 anos, ou não fossem os sonhos o grande motor de um mundo que queremos cada vez mais verde…

O início desta história de amor pelo planeta…

Estávamos em 1972 e o tema da reciclagem era, ainda, uma realidade longínqua. Adelino Veloso, pai de António Veloso, atual responsável pela Bracicla, descobriu no negócio do papel um outro nicho importante: o resíduo em si. Foi assim que um projeto inicialmente voltado para a venda de papel, deu uma volta de 180 graus e do ‘novo’ acabou por se focar no ‘velho’, em busca de novas vidas e da armazenagem de papel usado, depressa evoluiu para a gestão de resíduos.
Com o falecimento do pai, em 2003, a coincidir com um período de estagnação da empresa, António assume as rédeas de um ideal que tomou como seu e com visão, investimento e anos dedicados ao projeto, acabou por fazer da Bracicla uma referência, hoje com quase meia centena de colaboradores divididos entre a Bracicla e a Bracargo, entretanto criada para a área do transporte e recolha de resíduos.

Pequenas mudanças, grandes diferenças

Ao longo dos anos a Bracicla, que de Amares já chega a todo o país e a diversos pontos do mundo, revolucionou a visão de centenas de empresas.
Os serviços passam essencialmente pela recolha, triagem, valorização, reutilização e encaminhamento dos resíduos para o destino final adequado, entre outras áreas mais específicas, como o serviço de destruição de arquivos.
“Disponibilizamos os equipamentos necessários para proceder ao acondicionamento dos resíduos juntos dos locais de produção, por exemplo compactadores para o cartão e plástico em grandes superfícies como hipermercados, e centros comerciais, assim como contentores para resíduos em gráficas, entre outros.”, explica António Veloso.

O processo: Tecnologia e uma vertente humana essencial

Na zona de armazenamento os fardos cuidadosamente alinhados fazem lembrar verdadeiras esculturas em altura. O destino?
Diversas fábricas de papel nacionais e internacionais, na Ásia, Estados Unidos, ou Norte da Europa.
Nas instalações da empresa, de frente para o reservatório que transformou num bonito lago e zona verde envolvente, António Veloso garante que o caminho depende do contributo de todos.
Depois da energia LED e dos campos fotovoltaicos, os próximos investimentos passam pela aposta na gestão ambiental da frota da empresa constituída por duas dezenas de viaturas. “É essencial dar o exemplo.”, assegura. Um exemplo feito de uma ‘segunda vida’ que será capaz, quem sabe, de multiplicar muitas vidas no futuro…

De um lado uma unidade de triagem e enfardamento dos fardos de papel e plástico semiautomática, onde a componente humana se revela essencial, do outro, a menina dos olhos de António, uma estação automática capaz de produzir um fardo de 1500 quilos por minuto.

Morada: Figueiredo, Rua de Santo Aleixo, 4720-427 Amares, Braga
Contacto: 253 216 931
Facebook: Bracicla
Site: www.bracicla.pt