SAÚDE/Saúde Infantil “As lentes MiYOSMART podem retardar a progressão a miopia em cerca de 60% nas crianças” By Revista Spot | Setembro 18, 2024 Setembro 21, 2024 Share Tweet Share Pin Email A miopia tem-se tornado uma preocupação crescente entre pais e especialistas, especialmente durante a infância, onde o seu impacto pode ser significativo. Estudos recentes demonstram que as lentes MiYOSMART podem retardar a progressão da miopia em até 60% nas crianças, oferecendo uma solução promissora para combater este problema visual. Com o regresso às aulas, Vânia Costa, optometrista e responsável pelo Grupótico de Real, garante que é essencial que os pais estejam atentos aos sinais de problemas de visão e adotem medidas preventivas para assegurar o bem-estar visual dos seus filhos. Quais são os principais sinais de problemas de visão nas crianças aos quais os pais devem estar atentos? A dificuldade de concentração ao realizar tarefas de perto, como ler ou escrever. Pular ou repetir linhas ao ler, trocar ou omitir palavras e dificuldades para copiar do quadro também são sinais comuns, muitas vezes relacionados com uma visão desfocada ou com a falta de coordenação ocular. Além disso, erros de organização na escrita, como letra muito pequena ou espaçamento irregular, podem ser indicativos de problemas visuais que afetam a perceção espacial. Esfregar os olhos com frequência, queixar-se de dores de cabeça após esforço visual e inclinar a cabeça ao tentar focar algo são outros sinais importantes. Crianças que fecham ou cobrem um olho para ver melhor podem ter condições como ambliopia ou estrabismo. A partir de que idade devem as crianças começar a fazer exames de visão regulares? Os exames de visão devem começar logo após o nascimento, uma vez que o pediatra pode avaliar os reflexos oculares do bebé para detetar possíveis problemas visuais através dos reflexos do fundo do olho. Este exame inicial permite identificar condições como cataratas congénitas ou outras anomalias precoces. No entanto, o acompanhamento regular com um optometrista geralmente começa entre os cinco e seis anos de idade. Nessa fase, a criança já desenvolveu algumas competências de comunicação, o que facilita a avaliação da acuidade visual e outros aspetos da saúde ocular, mesmo que ainda não saiba ler. Existem fatores de risco específicos, como predisposição genética ou tempo de exposição a ecrãs, que possam afetar a saúde ocular das crianças? Sim, a predisposição genética é um dos principais fatores: se os pais, ou outros membros da família, têm miopia, é mais provável que a criança também desenvolva este problema visual. Além disso, há diferenças associadas à etnia, sendo que crianças de ascendência asiática apresentam um risco mais elevado de desenvolver miopia e as raparigas, em geral, têm uma maior predisposição para este problema ocular em comparação com os rapazes. Outro fator importante é o tempo de exposição a atividades de visão de perto, como o uso prolongado de ecrãs (tablets, telemóveis, computadores) e a leitura de perto. Passar muito tempo nestas atividades aumenta o risco de desenvolver miopia, especialmente em crianças que ainda estão a crescer e a desenvolver as suas capacidades visuais. O estilo de vida moderno, com menos tempo ao ar livre e mais tempo em ambientes fechados, também contribui para o aumento dos problemas visuais, uma vez que a exposição à luz natural é essencial para o desenvolvimento saudável dos olhos. Que medidas preventivas os pais podem adotar para proteger a visão dos seus filhos? Uma das mais importantes é incentivar que as crianças passem mais tempo ao ar livre. A exposição à luz natural é fundamental para o desenvolvimento saudável dos olhos, e evidências científicas sugerem que pode reduzir o risco de miopia. Atividades extracurriculares ao ar livre, como brincar ou praticar desporto, são formas eficazes de promover esse contacto com o ambiente exterior. Limitar o tempo de uso de ecrãs também é crucial. O uso excessivo de dispositivos eletrónicos, como telemóveis e tablets, está associado ao aumento da fadiga ocular e ao risco de desenvolver miopia. Para mitigar esses efeitos, é recomendável que as crianças façam pausas regulares, aplicando a regra dos 20-20-20: a cada 20 minutos de uso de ecrã, olhar para algo a 20 pés de distância (cerca de 6 metros) durante 20 segundos. Garantir uma alimentação equilibrada também desempenha um papel importante. Nutrientes como vitamina A, C, E, e ácidos gordos ómega-3 são essenciais para a saúde ocular e podem ser encontrados em alimentos como cenouras, espinafres, peixe e frutos secos. Além disso, assegurar que as crianças utilizam iluminação adequada ao estudar ou ler é igualmente relevante para evitar o esforço visual. Com que frequência devem ser realizados os exames de rotina em crianças de diferentes idades? A frequência dos exames de rotina para crianças varia consoante a idade e o desenvolvimento visual. Logo após o nascimento, o primeiro exame é feito pelo pediatra, que avalia a saúde ocular para identificar possíveis problemas congénitos. Entre os dois e três anos, é aconselhável uma consulta com um oftalmologista para realizar uma avaliação mais detalhada, pois, embora ainda não consigam comunicar plenamente, os exames podem detetar condições como o estrabismo ou a ambliopia. A partir dos cinco ou seis anos, quando a criança já tem uma maior capacidade de comunicação, os exames podem ser realizados de forma mais objetiva, permitindo avaliações mais precisas da acuidade visual e da necessidade de correção com óculos, se necessário. Durante esta fase, é recomendável que as crianças façam exames de rotina pelo menos uma vez por ano, especialmente antes de iniciarem a vida escolar, para garantir que problemas visuais não comprometam o desempenho académico. Se a criança tem antecedentes familiares de problemas visuais ou se apresenta sintomas como dificuldade em ver ao longe ou perto, dores de cabeça frequentes, ou queixas sobre a visão, os exames devem ser feitos com maior regularidade, conforme a orientação do profissional de saúde visual. Em casos em que se detetam erros refrativos, como miopia ou hipermetropia, a frequência dos exames pode aumentar para monitorizar o progresso e adaptar as correções, quando necessário. Como é feito um exame de visão em crianças mais pequenas, que ainda não sabem ler ou expressar dificuldades visuais? O exame de visão em crianças pequenas, que ainda não sabem ler ou expressar claramente as suas dificuldades visuais, é realizado de forma adaptada à sua idade e capacidade de comunicação. Utilizamos imagens e símbolos apropriados para a faixa etária, como figuras e logotipos, que são apresentados em tamanhos variados para avaliar a acuidade visual da criança. Uma técnica comum é a retinoscopia, que pode ser realizada de forma dinâmica ou estática. A retinoscopia é uma abordagem objetiva que permite avaliar a refração ocular da criança sem depender das respostas verbais dela. Utiliza-se um instrumento chamado retinoscópio para observar como a luz é refletida na retina, ajudando a identificar erros refrativos como miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Além disso, em alguns casos, pode ser necessário encaminhar a criança para um oftalmologista para uma avaliação mais detalhada. O oftalmologista pode utilizar dilatadores oculares para obter uma visão mais clara da retina e estruturas internas do olho. Embora o uso de aparelhos para medir a refração também seja comum, estes podem apresentar limitações em crianças pequenas devido à dificuldade em manter o foco e à acomodação ocular que pode variar. De que forma os exames de rotina podem ajudar a identificar problemas relacionados com a exposição prolongada a ecrãs? Se, num exame inicial, a criança não apresenta dificuldades visuais, mas num exame subsequente, após um período de elevado uso de ecrãs, se deteta uma miopia, isso pode indicar que o problema foi agravado pelo tempo passado em atividades de visão próxima. A deteção precoce através de exames regulares permite não só corrigir o problema, como também adotar medidas preventivas, como a redução do tempo de exposição a ecrãs e a promoção de atividades ao ar livre, protegendo assim a saúde visual da criança a longo prazo. Estudos demonstram que, ao começar o tratamento adequado o mais cedo possível, é possível diminuir a progressão rápida da miopia e evitar complicações graves. Portanto, é fundamental que as crianças sejam avaliadas regularmente e que qualquer problema visual seja tratado de forma apropriada para garantir o melhor desenvolvimento da visão e prevenir problemas futuros. Quais são os problemas de visão mais comuns nas crianças? Cerca de 20% das crianças enfrentam problemas de visão que podem prejudicar o seu rendimento escolar. Entre os problemas mais comuns estão a miopia, que dificulta a visão de objetos à distância e a hipermetropia, que afeta a visão de perto. O astigmatismo, que causa visão distorcida devido a uma curvatura irregular da córnea ou do cristalino, e o estrabismo, onde um olho pode desviar-se para dentro, fora, para cima ou para baixo, são também condições frequentemente observadas. Outro problema é a ambliopia, ou ‘olho preguiçoso’, onde a visão de um dos olhos não se desenvolve corretamente, geralmente devido a estrabismo ou a diferenças significativas na acuidade visual entre os dois olhos. A deteção precoce e o tratamento adequado destes problemas são essenciais para minimizar o impacto na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças. Qual o impacto da miopia progressiva em crianças e adolescentes, e como pode ser tratada ou controlada? A miopia progressiva é uma preocupação crescente, com previsões que indicam que até 50% da população mundial pode ser míope até 2050. A pandemia contribuiu para o agravamento da situação, uma vez que muitas crianças passaram a fazer mais atividades de visão de perto, como o uso de ecrãs. A miopia tende a progredir mais rapidamente durante a adolescência, o que pode levar a dificuldades em atividades diárias e a um aumento do risco de complicações graves, como descolamento da retina e baixa visão em idades mais avançadas. Para tratar e controlar a miopia progressiva, são usados óculos ou lentes de contacto, e métodos como lentes de contacto ou lentes específicas para retardar a progressão da miopia têm mostrado eficácia. Além disso, é importante adotar hábitos visuais saudáveis, como fazer pausas regulares durante atividades de visão de perto e promover tempo ao ar livre. É especialista na tecnologia MiYOSMART. Pode explicar-nos como funcionam estas lentes e de que forma ajudam no controlo da miopia? A tecnologia MiYOSMART representa uma solução inovadora no controlo da miopia, sendo comprovada por estudos científicos e amplamente reconhecida pela sua eficácia. As Lentes MiYOSMART são desenvolvidas com a inovadora tecnologia de desfocagem periférica DIMS (Defocus Incorporated Multiple Segments). O design das lentes MiYOSMART inclui várias pequenas zonas de desfocagem na lente, que ajudam a reduzir a progressão da miopia ao alterar a forma como a luz entra nos olhos. Essas zonas fazem com que a luz se concentre diretamente na retina, em vez de diretamente sobre ela. Esse ajuste no foco visual ajuda a reduzir o alongamento do globo ocular, que é um dos principais fatores responsáveis pelo agravamento da miopia. Ao criar esse padrão de desfocagem, as lentes contribuem para estabilizar o crescimento do olho e, assim, desacelerar a progressão da miopia. Ou seja, as lentes MiYOSMART não só corrigem a visão existente, mas também desempenham um papel crucial na desaceleração da progressão da miopia? Estudos clínicos demonstraram que o uso regular das lentes MiYOSMART pode ter um impacto positivo na gestão da miopia, mostrando que as crianças que as utilizam frequentemente apresentam uma taxa reduzida de progressão da miopia comparadas com aquelas que usam lentes convencionais. Em termos práticos, se a miopia de uma criança aumenta em mais de 0,75 dioptrias por ano, a tecnologia MiYOSMART pode oferecer um suporte adicional, com a possibilidade de substituir a lente sem custo extra se o aumento for superior a 0,75 dioptrias. Isso garante que a lente continue eficaz na gestão da miopia. Por exemplo, houve casos em que crianças com miopia elevada, como seis dioptrias, tiveram um aumento de duas dioptrias em um ano, mas, com o uso das lentes MiYOSMART, conseguiram estabilizar a sua condição. Para que crianças é recomendada a MiYOSMART e quais são os benefícios a longo prazo deste tratamento? As lentes MiYOSMART são especialmente recomendadas para crianças a partir dos 6 anos que apresentem miopia progressiva. Este tratamento é mais eficaz quando iniciado precocemente, antes que a miopia se torne muito elevada. Além dos benefícios funcionais, as lentes são projetadas para serem confortáveis e estéticas, o que pode ajudar a garantir que as crianças as usem regularmente sem desconforto ou constrangimento. O que é que todos os pais deveriam saber sobre as MiYOSMART? A miopia ocorre quando o globo ocular é mais longo do que o normal ou a córnea é mais curva, fazendo com que as imagens se foquem antes da retina. As lentes MiYOSMART utilizam uma tecnologia avançada para corrigir este problema, ajustando não só o foco das imagens para a retina, mas ajudando também a controlar a progressão da miopia. Essas lentes têm registado resultados positivos em vários estudos, demonstrando que podem reduzir a progressão da miopia em cerca de 60%. São projetadas, como já referi, para crianças entre os 6 e 18 anos e são acompanhadas por um protocolo de seguimento, tanto para os pais como para os profissionais de saúde, para monitorizar a evolução e ajustar o tratamento conforme necessário. Além disso, estudos sugerem que passar tempo ao ar livre pode ajudar a abrandar a progressão da miopia e as lentes MiYOSMART agora incluem lentes de sol com tecnologia de transição que escurecem com a intensidade da luz. Estas lentes de sol são polarizadas, proporcionando uma proteção adicional contra os raios ultravioleta, ajudando a proteger a saúde ocular das crianças de forma inovadora e eficaz. Morada: Avenida São Frutuoso, nº8 Real 4700-291 Braga Contactos: 253 331 528 Facebook: Grupotico Real Instagram: grupoticodereal A nova revolução Eat Fit que leva refeições saudáveis, criativas e prontas a comer a todo o país Anna Walker: A marca que trouxe para Braga os sapatos que conquistaram as estrelas de Hollywood
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