Arquitetura “A arquitetura é um organismo vivo que, nas mãos do arquiteto, se materializa em desenvolvimento, atribuindo novos mundos ao mundo” By Revista Spot | Agosto 7, 2024 Agosto 7, 2024 Share Tweet Share Pin Email A arquitetura nunca é estática, mas um exercício contínuo de transformação, garantem Armando Amaro, Vítor Marques e Miguel Ribeiro, rostos do OFFA – Office Of Feeling Architecture. É um reflexo da sociedade em que vivemos e, ao mesmo tempo, um catalisador para o seu futuro. O que é hoje um projeto arrojado, que desafia regras rígidas e estereótipos, pode vir a tornar-se um clássico. Cada edifício construído é uma arte em constante evolução, onde o inesperado e o não convencional são celebrados, sempre com uma intenção e uma mensagem: o princípio e o fim deste atelier de Braga que continua a conquistar alguns dos mais importantes prémios internacionais de arquitetura. Novidades no universo do Atelier nos últimos meses? Nos últimos meses, o Atelier tem vindo a consolidar a sua posição no mercado. Temos sido reconhecidos com várias premiações internacionais, o que elevou o nosso prestígio e atratividade para clientes que procuram na arquitetura uma extensão do campo artístico. Que projetos estão a desenvolver atualmente? Atualmente, estamos a desenvolver uma variedade de projetos de diferentes escalas e usos, cada um com uma abordagem conceptual distinta. Entre os nossos projetos em curso, destacam-se uma unidade hoteleira no Alandroal, no sul do país, diversas unidades industriais, bem como unidades residenciais, tanto unifamiliares como multifamiliares. A arquitetura assume, cada vez mais, um papel central na transformação urbana e social de uma região? Acreditamos sinceramente que a arquitetura e tudo aquilo que a envolve é um dos principais motores na mutação e adaptação das regiões aos exigentes desafios sociais. A inserção da arquitetura no contexto urbano é também um olhar antecipado para as necessidades e constrangimentos da vivência humana e consequente impacto social no contexto urbano. Uma resposta eficiente por parte arquitetura é a garantia da adaptação a uma realidade constante em mudança, não só do ponto de vista social, mas também do ponto de vista funcional. As regiões devem entender que a manipulação do seu desenho urbano e da sua imagem arquitetónica é fundamental para um desenvolvimento articulado, sustentável e com uma visão de futuro. Há hoje um crescente mindset multitarefa na arquitetura? A arquitetura apresenta-se cada vez mais como uma área de atividade e de desenvolvimento criativo multidisciplinar. O arquiteto, no desenvolvimento do projeto, enquanto mente criativa mas também enquanto coordenador de projeto, tem de dar resposta a uma variedade de questões de ramos multidisciplinares. Cada vez mais, o arquiteto assume o papel de um neo-renascentista, necessitando de conhecimentos em diversas áreas para enfrentar eficientemente os desafios dos projetos atuais. Por outro lado, essa multidisciplinaridade não deve desviar o arquiteto do seu foco no desenvolvimento criativo. A arquitetura é um organismo vivo que, nas mãos do arquiteto, se materializa em desenvolvimento, atribuindo novos mundos ao mundo. A sustentabilidade continua a ser um tema central nos projetos atuais. Podem dar-nos exemplos concretos de como integram práticas ecológicas nas vossas obras? Além do uso de tecnologias que promovem eficiência energética e, consequentemente, uma sustentabilidade energética, procuramos sempre optar por soluções que assegurem uma gestão eficiente dos materiais e da forma como estes são aplicados. Acreditamos que a verdadeira sustentabilidade se promove através de um planeamento cuidadoso e da gestão responsável dos recursos em cada obra. A construção tradicional, nos dias de hoje, apresenta uma gestão de recursos muitas vezes descompensada e ineficaz. Por isso, no OFFA, procuramos abordar cada projeto com soluções mais eficientes e rápidas, que gerem menos desperdício e que, no seu desenvolvimento, tenham um impacto ecológico reduzido. Ao olhar para a arquitetura com esta filosofia, garantimos que a gestão dos recursos disponíveis é realizada de forma consciente e sustentável, contribuindo para um futuro mais equilibrado e responsável. Que tecnologias acreditam serem mais promissoras para o futuro da arquitetura e porquê? A robotização da construção é considerada a tecnologia mais promissora para os próximos anos. A escassez de mão-de-obra no setor da construção faz da robotização uma solução essencial. Esta tecnologia permitirá uma gestão mais eficiente e precisa das obras, gerando um impacto positivo não só na sustentabilidade do setor, mas também na redução dos custos de construção. Consequentemente, poderá contribuir para resolver problemas enfrentados pelas sociedades ocidentais, como a falta de habitação acessível e os elevados preços resultantes da especulação imobiliária. Na vossa opinião, quais são as principais áreas em que Braga precisa de evoluir para suportar o seu crescimento populacional e económico? Parece-nos evidente que a gestão do parque habitacional será um dos maiores desafios para o crescimento demográfico de Braga. Acreditamos que a solução passa pelo alargamento e desenvolvimento de novas centralidades urbanas, o que implicará também uma resposta eficaz aos problemas periféricos resultantes da criação dessas centralidades. Serão essenciais melhorias na comunicação, no transporte, nos serviços de proximidade e no acesso à oferta cultural. Estes são os principais desafios que Braga terá de enfrentar nas próximas décadas para responder ao aumento da população e garantir um crescimento sustentável e equilibrado. Precisamos de mais corredores ecológicos e espaços verdes? Certamente que sim. É de salientar o esforço promovido por parte da autarquia, nos últimos anos, em reabilitar e desenvolver novos espaços verdes. Com a crescente necessidade de criar Parque habitacional, a necessidade de expandir os espaços verdes é cada vez mais premente. É fundamental integrar a urbanização no contexto ecológico e criar áreas que promovam a vivência social e a qualidade de vida. Cada projeto é uma oportunidade de ir mais longe, deixando a vossa ideologia como marca? Claramente, cada projeto é potenciador da exploração da criatividade e uma oportunidade de fazer aquilo que nunca foi feito. Para nós, cada desafio é um estímulo à criatividade e uma oportunidade de inovar, sem nunca cair na repetição. A nossa filosofia passa por projetar com continuidade ideológica, mas sempre em busca de novas formas e expressões. Encaramos cada projeto como uma folha em branco, que nos desafia enquanto criadores a procurar incessantemente a identidade que desejamos transmitir. Cada projeto é único, identitário e uma forma de afirmação ideológica. Uma viagem em que os nossos clientes embarcam connosco. Braga precisa de mais projetos icónicos? Acreditamos que sim. Braga, no seu contexto urbano, precisa de mais objetos arquitetónicos capazes de serem catalisadores de projeção e de afirmação no contexto nacional e internacional. O diálogo constante de arquitetura icónica e disruptiva com a população faz com que seja criado o impacto identitário entre a cidade e o elemento construído, uma espécie de efeito Guggenheim! A arquitetura apropria-se da cidade e a sua população exalta o objeto como sendo deles, gerando um efeito social bastante interessante de orgulho de identidade e de afirmação territorial. Quais são os maiores desafios que um arquiteto enfrenta ao projetar dentro do estilo desconstrutivista? Muitas vezes, estamos condicionados por um mindset que favorece soluções construtivas convencionais, o que pode limitar a exploração de uma linguagem arquitetónica mais audaciosa e inovadora. O estilo desconstrutivista pode enfrentar resistência devido à sua natureza não convencional e provocadora. No entanto, surpreendentemente, há uma aceitação crescente e entusiástica por parte da sociedade em relação a esta abordagem arquitetónica distintiva. Que materiais e tecnologias são frequentemente utilizados em projetos deste cariz? Recorremos a todo o tipo de materiais no desenvolvimento dos nossos projetos, não vemos qualquer necessidade do condicionamento da nossa linguagem arquitetónica por força do uso de determinado material. Procuramos, sim, um controlo bastante efetivo em fase de projeto recorrendo, muitas vezes, à pré-fabricação de alto controlo para o desenvolvimento de algumas estruturas, desenvolvendo com a engenharia as melhores soluções adaptadas a cada desafio específico. Este controlo e sentido de desenvolvimento do projeto faz com que a nossa linguagem arquitetónica se mantenha relevante no contexto global da empreitada. Morada: Avenida da Liberdade nº434 piso 3 Sala 1, 4710-249 Braga Email: geral@offa.pt Contacto: +351 253 466 20 Facebook: OFFA Arquitectura Instagram: @offa_arquitectura Site: offa.pt O treino de 20 minutos, sem sair de casa, que promete revolucionar a rotina de todos “Em 18 anos o Siamo in Due acompanhou pessoas e histórias de vida”
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